VOLTA REDONDA
Nesta segunda-feira, dia 27, os presidentes da Câmara de Dirigentes Lojistas de Volta Redonda (CDL-VR), Gilson de Castro; e da Associação Comercial, Industrial e Agropastoril de Volta Redonda (Aciap-VR), Luís Fernando Soares Cardoso, participaram de uma reunião com os secretários municipais de Desenvolvimento Econômico, Rogério Loureiro; e de Projetos Especiais e Captação, Joselito Magalhães, para discutir a reabertura do comércio. Na reunião, os secretários apresentaram a proposta da prefeitura, que traz a flexibilização a partir do dia 4 de maio para alguns setores e o dia 11 de maio, para o comércio varejista.
Segundo Gilson de Castro, as entidades reforçaram a importância de reabrir de forma consciente as lojas até o dia 5, por causa do Dia das Mães, a segunda melhor data para o comércio em vendas. Ele disse ainda que o que vem acontecendo hoje não é um isolamento social, porque as filas em bancos e correios e o próprio movimento nas ruas tem sido grandes, o que mostra que existe apenas um isolamento varejista e não da população.
A flexibilização seria feita por período de seis horas de funcionamento. “Além de antecipar essa reabertura para o dia 5 apresentamos a opção de três horários, que consideramos viáveis: de 9 às 14 horas; de 10 às 15 horas, ou de 11 às 17 horas. São horários alternativos que a prefeitura pode escolher entre eles e que não batem com a entrada e saída de outros setores, como o da indústria e escritórios, por exemplo, evitando aglomerações”, explicou.
Gilson disse que Rogério Loureiro entendeu a preocupação das entidades e se dispôs a levar a contraproposta das entidades para o prefeito Samuca Silva, com todas as considerações feitas durante a reunião. “Sentimos que ele se mostrou interessado em fazer essa ponte favorável com a prefeitura para que haja uma conciliação entre o Governo Municipal e o Ministério Público. Nossa preocupação é garantir vidas e empregos. A economia precisa voltar a andar”, acrescentou.
Luís Fernando , da Aciap-VR, lembrou que desde o início das negociações para flexibilizar a reabertura do comércio, as entidades têm sido defensoras das medidas preventivas para evitar a disseminação do novo coronavírus. “Não queremos abrir de forma irrestrita. É preciso manter as ações protetivas como usar máscaras, álcool a 70%, higienização das superfícies de contato e manter em casa os funcionários com mais de 60 anos, gestantes, portadores de doenças crônicas e que apresentem algum sintoma de síndrome gripal. Precisamos voltar a funcionar, com todas as precauções necessárias. E o Dia das Mães é essencial para que se consiga recuperar esse fôlego do comércio”, reafirmou.
SAMUCA PEDE APOIO DA POPULAÇÃO
O prefeito Samuca Silva fez neste domingo, 26, novo pronunciamento em uma live comentando sobre a flexibilização do isolamento social, o que em sua opinião só será possível mediante o comprometimento de todos. A assinatura do acordo entre prefeitura e Ministério Público ocorrerá nessa semana e, a partir de 4 de maio, alguns setores já começarão a abrir, culminando no dia 11. O prefeito disse que será feito monitoramento a cada dia e se algum eixo dos seis elencados não for atingido, tudo fechará novamente e todos voltarão ao isolamento no dia seguinte.
Samuca disse que não tem visto nas ruas o comprometimento das pessoas para prevenção do coronavírus. Mesmo assim, segundo números apresentados ontem, se a flexibilização já estivesse em vigor, a cidade poderia continuar com atividades. Ele frisou que seu comprometimento é na preservação de vidas. “O Brasil tem quatro mil mortos. O que estamos vendo aqui em São Paulo, há 3h30min de distância de nós, são famílias não tendo oportunidade de fazer o funeral dos entes. A questão é seria. Não haverá em Volta Redonda flexibilização sem controle e rigidez. Vi uma frase hoje que beira o absurdo de que são os CNPJs das empresas que fazem o dia a dia do Brasil. Sem CPF não há empresas, sem gente não há comércio. Compete ao governo federal, ao invés de entrar em tragédia política, pensar nas empresas”, destacou o prefeito.