SUL FLUMINENSE
O mês de janeiro está no início marcando o novo ano e com ele já será possível projetar as datas de paralisação nas vendas em virtude de feriados e pontos facultativos. Segundo dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio) do Estado de São Paulo, o varejo seguirá com perdas devido às inúmeras datas comemorativas do calendário brasileiro, sem contar com o dia 1º de janeiro que praticamente foi contabilizado à parada de réveillon na transição com 2018.
Os números com abrangência no cenário nacional no setor varejista expressa perda de R$ 7,6 bilhões em 2019 por conta dos feriados, finais de semana prolongados e pontos facultativos. Apesar de alto, esse montante é 32% menor do que os R$ 11,2 bilhões estimados em 2018. De forma geral, os feriados e pontos facultativos prejudicam toda a estrutura de negócios, segundo os empresários. “É um prejuízo para muitos comerciantes fechar durante vários dias, sofremos com isso em 2018 e o calendário e 2019 parece ameno, mas ainda assim terá esse impacto. Todo setor varejista procura o lucro, portas fechadas como no Carnaval é complicado, apesar do apelo cultural e até de segurança da data”, comenta o empresário Ricardo da Silva, de Resende.
Seja nos feriados ou pontos facultativos, praticamente todo o comércio tem as lojas fechadas. “É tudo muito favorável para manter as portas fechadas, infelizmente. O brasileiro está habituado com fim de semana estendido, feriadões. Em 2018, com a Copa do Mundo, a greve de caminhoneiros e tudo mais, registrei perdas significativas. Torço para 2019 ser diferente, ao menos no calendário são menos dias úteis de paralisação”, frisa Priscila Rodrigues, de Volta Redonda.
Segundo a Fecomércio, o prejuízo será reduzido neste ano pelo fato de os feriados coincidirem aos sábados ou domingos, reduzindo os dias de folga e emendas geralmente praticados em dias úteis. Em 2019 serão seis feriados em dias úteis, incluindo o primeiro deles ocorrido na terça-feira, dia 1º de janeiro Dia Mundial da Paz. E, depois seguido da Sexta-feira da Paixão, dia 19 de abril; Dia do Trabalho, em 1º de maio, numa quarta-feira; Proclamação da República, dia 15 de novembro, em uma sexta-feira, que por sua vez antecederá o Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, quarta-feira. Por fim, o Natal será numa quarta-feira, 25 de dezembro.
Os feriados de Páscoa/Tiradentes (21 de abril), Padroeira Nossa Senhora Aparecida/Dia das Crianças (12 de outubro) e Finados (2 de novembro) serão todos aos finais de semana. Por outro lado, ocorrerão ainda paralisações do setor de varejo em datas que não são consideradas feriados, como no dia 5 de março (Carnaval) e no dia 20 de junho (Corpus Christi). A esta lista, o trabalhador deve verificar ainda a data que celebra sua categoria, como o dia 28 de outubro, por exemplo, Dia do Servidor Público, que cai numa segunda-feira.
Segundo a Fecomércio, o chamado setor de outras atividades é o que deve contabilizar a maior perda, cerca de R$ 3,16 bilhões, queda de 32% em relação a 2018. Nesse grupo predomina o comércio de combustíveis, além de joias e relógios, artigos de papelaria, dentre outros. A atividade de supermercados perderá cerca de R$ 1,93 bilhões em 2019 e também deve ter retração de 32% em comparação a 2018. Os demais segmentos que devem deixar de faturar com os feriados e pontos facultativos são: farmácias e perfumarias (-31%), com perda de faturamento de R$ 1,1 bilhão; seguido de vestuário, tecidos e calçados (-32%), com R$ 801 milhões; e móveis e decoração (-33%), com montante atingido de R$ 620 milhões.