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Sassaricando – Oscar Nora – 17 de junho de 2020

Por Andre

Foto: Comunicação Suderj

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Hoje, quarta-feira – um sábado em 16 de junho de 1950 – foi, de fato, o dia do nascimento do Maracanã como templo do futebol. A inauguração no dia anterior serviu apenas para os discursos políticos, “prá inglês ver” como se chamavam as “fakes news” da época. Irreverente, como seria um mês depois diante dos uruguaios, e em 2014 diante dos alemães, o Maracanã pregou sua primeira peça aos donos da casa logo no primeiro duelo: Seleção Paulista 3 x 1 Seleção Carioca.
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Mais de 200 mil torcedores dividindo espaço com centenas de andaimes de madeira do estádio inacabado, milésimo gol de Pelé, dribles de Garrincha, gol de Barriga de Renato Gaucho, Cocada, Zico, Roberto Dinamite, Romário, Frank Sinatra fazem parte da gigantesca e emocionante linha do tempo dos 70 anos do Maracanã. Entre eles, em instantes próximos, dois protagonistas da nossa região.
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Foto: Divulgação

O jornalista e político Carlos Lacerda, nascido em Vassouras, odiava apaixonadamente Mendes de Moraes e no seu jornal Tribuna da Imprensa desceu a lenha na obra do Maracanã que o prefeito pretendia erguer para a Copa do Mundo de 1950. No lado oposto Mário Filho, dono do Jornal dos Sports, defendia ardentemente Mendes de Moraes. O estádio foi construído e grato, ao irmão de Nelson Rodrigues, Mendes de Morais batizou o Maracanã com o nome de estádio Mario Filho.
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Foto: Divulgação

O craque e boa praça Jair Rosa Pinto, nascido em Quatis então distrito de Barra Mansa, era uma das figurinhas carimbadas da seleção brasileira. Ao lado de Zizinho e Ademir Menezes, os três formavam o ataque mais demolidor da Copa de 50. De saco cheio com a tempestade de políticos incomodando o descanso da equipe na concentração, eles e os companheiros entraram em campo e surpreendentemente foram engolidos pelo ferrolho uruguaio. No último minuto da partida, Friaça cobrou um escanteio. A bola veio na direção de Jair que subiu firme certo de marcar o gol de empate, o gol do título. Não deu. O zagueiro Eusébio Tejera pulou mais alto, desviou e escreveu a história do maracanaço.
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Foto: Divulgação

No local da construção do Maracanã vivia o papagaio Maracanã-Guaçu, dono de um barulho parecido com o de chocalho, idêntico ao choque do rio com as pedras do seu leito. Atualmente, o rio está poluído, os papagaios não são mais vistos na região e a tesouraria do hipódromo que existia por lá já não paga mais a poule de dez.
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Será que teremos Flamengo x Bangu amanhã? A última reunião da Federação do Rio prevê o reinício no próximo sábado, mas permite antecipação de dois dias para quem desejar. Flamengo e Bangu querem. No final da semana a previsão é para os jogos Vasco x Macaé, Madureira x Resende, Portuguesa x Boa Vista, Botafogo x Cabofriense e Fluminense x Volta Redonda.
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O futebol, especialmente no Rio, está num vai-e-vem de fazer ciúme ao fole da sanfona de sertanejo. Neste momento em que escrevo – 17h e 42 minutos de 16 de junho – o governador do estado, prefeito do Rio e autorizam o reinício das atividades esportivas. Os clubes querem disputar o campeonato. Mas o Botafogo é contra e o Fluminense, até com ameaça velada de entrave judicial, também. Como será o desfecho?

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