Amado por uns, odiado por outros, polêmico para todos, sempre foram essas as imagens de Eurico Miranda no mundo do futebol. Mas, de todos os adjetivos, o mais apropriado é dizer que Eurico sempre foi, no seu tempo, o mais respeitado dirigente do futebol brasileiro. E o mais autêntico também.
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Como presidente do clube, vice-presidente, ou apenas diretor de futebol, na defesa do Vasco da Gama, Eurico Miranda era capaz das decisões mais inacreditáveis. Em 2001, jogando em São Januário contra o São Caetano, na final da Copa João Havelange, a partida foi interrompida pela queda de um pedaço do alambrado.
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Furioso com o adiamento da partida, ordenado pelo governador Anthony Garotinho, e com a cobertura do acidente feita pela Rede Globo, Eurico Miranda chamou o governador de “frouxo” e se vingou da Globo de maneira inédita. No dia do jogo remarcado para o Maracanã, por sinal vencido pelo Vasco por 3 a 1, estampou no uniforme vascaíno enorme logomarca do SBT.
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Exclusiva na transmissão, mas surpreendida com o inacreditável uniforme do Vasco e sem poder alterar as posições, ângulos e distâncias já programadas para suas dezenas de câmeras, a Globo foi obrigada a exibir para todo Brasil, durante todo o jogo e a custo zero, a publicidade da TV Silvio Santos.
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Eurico Miranda considerava o Flamengo o maior desafeto, dele e do Vasco. Chegava a dizer “Não sei se tenho mais prazer numa relação sexual ou se quando ganhamos do Flamengo”. Numa partida no domingo de Páscoa, final da Taça Guanabara, quando o Vasco goleou o Flamengo por 5 a 1 alardeou: “Eu dei os ovos de Páscoa para a torcida do Vasco e o chocolate para eles – Flamengo”.
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Eu gostava do Eurico Miranda e com ele tive algumas passagens. O conheci pessoalmente em Barra Mansa, através do saudoso comentarista e ex-vereador de Volta Redonda Sebastião Carlos Gama. Eurico e Antonio Soares Calçada pretendiam fazer a Faculdade de Direito do UBM.
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Em 1989, em Salvador, na cobertura da Copa América, fui acometido por dolorosa tendinite no ombro esquerdo. O tratamento consistia em injeções anti-inflamatórias e fisioterapias. Mas a capital baiana vivia um caos na área médica. Gentilmente, Eurico Miranda, chefe da delegação brasileira, autorizou o Dr. Lídio Toledo e equipe a me oferecerem toda assistência necessária.
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Na última vez que estive com Eurico Miranda ele estava bem debilitado, mas mantinha acesa sua saga de líder vascaíno. Fui visitá-lo com meu neto Marco Antonio Nora Cianni, no Raulino de Oliveira, no dia 12 de fevereiro de 2017, durante a partida Volta Redonda 1 x 0 Vasco.
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Com dificuldade para ficar em pé, sentado no interior do camarote, Eurico não assistia ao jogo. Um acompanhante o informava sobre os lances, detalhando o que acontecia quando o ruído da torcida era mais forte. Naquele momento, tive a sensação de estar vendo pela última vez o grande comandante da nau vascaína.
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Começou ontem e termina sábado a etapa quatro estrelas de Doha (Qatar) válida pelo Circuito Mundial de vôlei de praia 2019. Cinco duplas do naipe masculino representarão o Brasil no torneio que é o primeiro da corrida para os Jogos Olímpicos de 2020. Doha é a segunda de dez etapas do nível quatro estrelas programadas para o Circuito Mundial em 2019. A corrida olímpica, porém, segue até fevereiro de 2020. No final, as duas duplas com maior pontuação em cada naipe estarão classificadas para os Jogos de Tóquio.