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Guerra Comercial: entenda como as tarifas de Donald Trump afetam o mundo e o consumidor

Momento é de tensões econômicas entre países marcadas por tarifas e barreiras, além de impactos globais

Por Franciele Aleixo
06 08 2024 movimento de rua, comercio volta redonda 1 iam martins
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BARRA MANSA

O temor de uma guerra comercial ampla, que poderia elevar a inflação global e provocar uma recessão em diversos países, voltou a assustar o mundo nas últimas semanas e nas bolsas mundo afora com tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O receio por parte de investidores aumentou em razão da China, União Europeia e outros países optarem pelo caminho da retaliação aos EUA. A moeda norte-americana chegou a bater mais de R$ 6 e fechou nesta quarta-feira em queda, cotado a R$ 5,84. A mudança seria devido o recuo de Trump ao tarifaço de maneira temporária.

O republicano anunciou que reduzirá para 10% as taxas recíprocas a outros países, 180 no total, por 90 dias. Menos com a China, que agora terá taxas de importação de 125%, após retaliações aplicadas. O fato de o mercado estar em xeque sobre o que pode acontecer com possíveis mais altas do dólar é um problema. Essa alta tem impacto direto nos preços dos produtos no Brasil, especialmente nos bens essenciais. Quando a moeda norte-americana sobe, itens importados ou que dependem de insumos internacionais, como combustíveis, eletrônicos e até alimentos, sofrem aumento.

Mesmo produtos nacionais, como a soja, podem ficar mais caros: os produtores preferem exportar, recebendo em dólar, e isso encarece o abastecimento interno. Especialistas alertam que o efeito pode se intensificar nos próximos meses, resultando em maior pressão inflacionária.

A economista Sônia Vilela explica como tudo isso pode afeta o consumidor fluminense. “Estamos numa região exportadora e produtora de Commodities (aço, petróleo). Essa guerra comercial mexe com muitas empresas do setor, gerando demissões, o que prejudica o comércio. E muito difícil à economia conviver com tantas incertezas. Pois investimentos empresariais são feitos com previsões para um horizonte de tempo significativo. Mudar as regras do jogo em um espaço de tempo pequeno, impedem saídas rápidas. Daí, precisamos ter cautela e não fazer movimentos bruscos. É melhor manter o que temos”, disse.


Vilela ainda destaca que tudo em nosso cotidiano é gerido pelo valor dos combustíveis, dos fretes e esses preços dos produtos administrados sofrem pela variação do dólar. “Esse ambiente de negócios difuso e hostil leva a uma variação significativa do câmbio e das ações. Dependendo do aumento de preços no mercado americano e da inflação que poderá ocorrer lá. Haverá aumento da taxa de juros, impactando o valor da moeda (dólar), reverberando em todas economias. Ou seja, se o câmbio subir teremos aumento de preços. Porém, por outro lado, o petróleo tem caído de preços, o que pode significar redução dos preços dos combustíveis. Caso haja a recessão prevista, os preços tendem a baixar por conta da redução da demanda”, avalia.

Para o brasileiro comum, um dólar alto significa um aumento nos preços de produtos como alimentos, combustíveis, eletrodomésticos e até passagens aéreas. Com a inflação pressionada, o poder de compra diminui e, muitas vezes, consumidores recorrem a produtos de marcas mais baratas ou reduzem gastos não essenciais. O setor de supermercados, por exemplo, já observa uma preferência crescente por itens de marca própria, como alternativa para driblar os preços elevados.

piores crises PÓS-PANDEMIA

O economista Hugo Meza, destaca que a situação é uma das piores crises pós Covid 19. “A guerra tarifária representa o aumento dos custos de todos os produtos, principalmente os que derivam desses países mais desenvolvidos como informática, tecnologias, carros. Com o aumento, disso vem o aumento dos preços, espera-se aumento da inflação no mundo todo, grande parte dos insumos que consumimos, farinha, gasolina, são em dólar. O choque tarifário só pode ser resolvido com negociações entre os principais países. Os custos de logística também aumentam”, cita.

Os desafios para se conter tudo isso é a educação financeira, aponta o economista. “O consumo consciente, evitar juros, cortar supérfluos, são situações que podem contribuir para que sobre mais dinheiro no fim do mês. Nunca se foi tão relevante ter consciência econômica, proteger dinheiro em uma renda fixa cita.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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