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Ginecologista dá dicas de como aliviar cólicas menstruais

Por Franciele Aleixo
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A tensão pré-menstrual (TPM) que aflige a maioria das mulheres em idade fértil é incômoda, ainda mais se vier acompanhada das temidas cólicas. Nesse período, podem ocorrer dores pélvicas, no baixo ventre. Se a dor for muito forte ou persistir após o final da menstruação, as causas devem ser investigadas pelo médico. Cerca de 50% das mulheres podem sentir cólica menstrual em algum momento da sua vida, e as dores podem ser de fraca a forte intensidade, interferindo negativamente na qualidade de vida.

Segundo a ginecologista e obstetra LaisValente, a cólica menstrual é uma dor aguda que vai e volta. Quando é muito forte, pode estar associada a outros sintomas como náuseas, vômitos e dor de cabeça. “A dor é causada pela produção de prostaglandina, um hormônio responsável pela contração do útero nessa fase. Em algumas mulheres esse processo de contração é mais intenso e o fluxo menstrual maior”, explica.

A cólica menstrual pode ser primária ou secundária. No primeiro caso, o mais comum, trata-se apenas de uma condição normal do ciclo menstrual, produzida pelas prostaglandinas. Já a secundária ocorre devido a alguma patologia como miomas uterinos, alterações no ovário, cistos, infecção pélvica, endometriose, uso do dispositivo intrauterino (DIU) e pólipos, entre outras doenças que podem afetar o sistema reprodutivo.

Geralmente, quando as cólicas são mais intensas, provocam outros males. Na maioria dos casos, a dor pode estimular o enjoo e a diarréia porque o trânsito intestinal aumenta. Quando esses sintomas se tornam constantes é preciso ser feita uma avaliação médica mais precisa, pois a dor forte pode significar outras doenças, principalmente, a endometriose.

Sinal de alerta para a endometriose

A mulher deve ficar atenta à intensidade da cólica menstrual, principalmente, as adolescentes, já que as dores costumam incomodar mais entre 17 e 34 anos.

“Trata-se de uma doença que pode ocorrer em qualquer momento da fase fértil, da primeira até a última menstruação. Algumas mulheres só descobrem que tem a doença quando tentam engravidar e não conseguem. Por isso, é importante consultar o ginecologista sempre que sentir fortes dores no baixo ventre”, avisa Lais.

É uma doença caracterizada pela presença do endométrio – tecido que reveste o interior do útero – fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve: trompas, ovários, intestinos e bexiga.

Todos os meses, o endométrio fica mais espesso, para que um óvulo fecundado possa se implantar nele. Quando não há gravidez, no final do ciclo ele descama e é expelido na menstruação. Uma das teorias para explicar o aparecimento de endometriose é que um pouco desse sangue migra no sentido oposto e cai nos ovários ou na cavidade abdominal, causando a lesão endometriótica. As causas desse comportamento ainda são desconhecidas, mas sabe-se que há um risco maior de desenvolver endometriose se a mãe ou irmã sofrem com a doença.

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Como aliviar a cólica menstrual

1 – Aplique calor na região


Uma forma bem simples e caseira de aliviar a dor pélvica é aplicar uma fonte de calor na região do baixo-ventre (entre o ‘pé da barriga’ e a pélvis). Pode ser uma bolsa de água quente, uma compressa ou até mesmo um banho quentinho. “O importante é aquecer a região uterina. Isso estimulará a dilatação dos vasos sanguíneos e facilitará a metabolização das prostaglandinas, aliviando a contração muscular”, informa.

2 – Mantenha uma alimentação saudável

Uma dieta balanceada faz maravilhas ao nosso organismo e pode ajudar, inclusive, durante o ciclo menstrual. Uma simples mudança na dieta pode reduzir as dores da menstruação.

Reduza o consumo de alimentos gordurosos, sal, açúcar refinado e bebidas alcoólicas. Vale, ainda, ingerir alguns alimentos como peixes, grãos, ovos, frutas e vegetais.

3 –  Pratique exercícios físicos

As atividades físicas aceleram a liberação de endorfina, o que melhora o fluxo sanguíneo pélvico e ajuda a amenizar os sintomas de dor.

4 – Aposte nas terapias alternativas

Além de muito relaxantes, algumas terapias alternativas, como a massagem e a acupuntura, são de muita ajuda para aliviar os sintomas da menstruação. “Elas podem agir diretamente no foco da dor, estimulando a circulação sanguínea e ativando as terminações sensoriais da pele, o que ajuda a reduzir a percepção de dor”, destaca.

5 – Medicamentos para alívio da cólica

A mulher, pode contar, ainda, com o auxílio de remédios para cólica, que possuem ação analgésica e anti-inflamatória. Esse princípio ativo é um dos mais indicados para o tratamento da dismenorreia primária, pois inibe a produção de prostaglandinas no endométrio e alivia a dor de forma rápida e eficaz.

 

 

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