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Espírito de solidariedade é destaque nos últimos dias do ano

Por Franciele Aleixo
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BARRA MANSA

A solidariedade é uma das características mais marcantes do Natal. Ceias solidárias para pessoas em situação de vulnerabilidade e distribuição de brinquedos para crianças de baixa renda são exemplos de ações comuns que se observa nessa época do ano. Mas segundo o filósofo Fabiano de Abreu, essas são medidas que precisam se perpetuar durante todo ano.

Estatisticamente, existem dois tipos de pessoas solidárias segundo a leitura do filósofo: as que ajudam para se beneficiar perante a sociedade, se valendo de descontos nos impostos, por exemplo, e as que fazem porque desejam contribuir para uma sociedade melhor. “Esse último grupo é o mais inteligente. De que adianta ter uma casa bonita, com um quintal arrumado e limpo, se a casa do vizinho está desmoronando ou a rua está toda esburacada? De nada vale fazer por si mesmo o ano inteiro e não fazer para o outro. Não resolve tapar os olhos e fingir que não vê. A simetria do que se vê revela quem você é”, destaca.

Agir com solidariedade e promover a confraternização durante o ano todo é um princípio básico de quem tem inteligência porque funciona como um fator natural de bem-estar. “Se ajudo, vou estar no meio daquilo que posso transformar em algo melhor, seja para mim ou para o outro. Esse conceito que está tão presente no Natal é o valor que há em viver bem em sociedade, em conjunto, em harmonia, dando e recebendo”, aponta Fabiano.

Além do bem ao próximo, ações como esta promovem benefícios à saúde, pois é provado cientificamente que, ao ser solidário, o hormônio da satisfação é liberado no corpo. Fabiano reitera que esse benefício não se aplica à pessoas que pensam que fazer o bem ou estar junto está atrelado a algum interesse financeiro ou material em termos de tirar alguma vantagem.

COMPORTAMENTO DURANTE AS FESTAS

O psicólogo Renan de Moraes destaca que nas semanas que antecedem e que sucedem as festas de fim de ano despertam algumas crises. Isso acontece porque os encontros familiares muitas vezes trazem à tona alguns rancores e medos que em geral a gente evita enfrentar. “Não vou passar para você um conjunto de regrinhas, é comum encontrar isso nas revistas e jornais, quando o assunto são as festas de fim de ano, mas não é isso que eu quero ensinar a vocês. Quero é ensinar a regra de ouro, a matriz que vai guiar a consciência, o bom senso de cada um. Por mais incrível que pareça, o fator mais importante no relacionamento familiar é seguir a Autoridade, e sem dúvida entender isso é fundamental para um bom relacionamento familiar nas festas familiares de fim de ano. Autoridade é o que permite uma família ser uma família de fato, com sentido real”, observa.


Renan explica o conceito de Autoridade. “Não é poder e não tem a ver com relação de medo. Tem Autoridade a pessoa em que a gente enxerga a realização de uma vida com sentido, uma vida experimentada na verdade, a bondade e a beleza. Portanto essa pessoa ‘é uma autoridade’, não por ter papel ou discurso de Autoridade. Os encontros diante daquela pessoa que tem Autoridade são encontros onde temos maior sensação de conforto e liberdade. Os encontros e festas de família que acontecem diante dessa pessoa com autoridade tendem a ser mais ordenados e as pessoas experimentam uma maior sensação de conforto e liberdade, porque intuitivamente vão perceber as regras que devem ser seguidas”, cita.

Conseguiu identificar quem é a pessoa com Autoridade na sua família? Se você não encontrou, então torne-se você mesmo a Autoridade da sua família. Quer saber como? Duas dicas rápidas: Não se preocupe em aturar os outros, não se preocupe em suportar as situações, mas proporcione você a chance para os seus familiares viverem melhor.  Identifique alguém com autoridade, dentro ou fora da sua família, uma personalidade pública ou privada, do qual você vai se inspirar e aprender como ser essa autoridade.

Passou o Natal, foco nas metas de Ano Novo

Estabelecer metas e não cumprir é uma experiência pela qual todos nós já passamos, seja quando vamos planejar o ano novo, seja por qualquer outro objetivo. Mas por que falhamos mesmo quando temos metas que são muito boas e que queremos muito atingir? E como não falhar desta vez? Vamos entender rapidamente agora!

De acordo com Renan, se você falhou porque provavelmente você não tem claro na sua mente quais são suas vontades e seus objetivos, pode estar se confundindo achando que quer uma coisa, quando na verdade quer outra. “A falha pode acontecer ainda se você estabeleceu metas vagas e imprecisas. Mas e se não era isso? Então ok, você tinha uma meta precisa e realmente tinha certeza de que era o que realmente queria conquistar, mas mesmo assim falhou… então é porque você não desistiu da meta, e sim do caminho que existe até a meta”.

Vamos aprender a fazer da forma certa falando desses três pontos. Pegue um pedaço de papel, uma caneta e vamos começar agora, uma meta de cada vez. Leia tudo primeiro e depois comece a responder a essas perguntas, uma de cada vez: (1) Qual é a sua meta? (2) O que você de fato ganha com essa meta? (3) Em quanto tempo pretende alcançar essa meta? Trabalhe com datas. (4) Por qual razão concreta você escolheu esse prazo? Já viu alguém fazer parecido? Acredita que o tempo escolhido será o suficiente? (5) O que te impede de alcançar essa meta? Se já tentou no passado, o que atrapalhou? (6) De que forma sua vida será impactada quando atingir essa meta? (7) Quais são as competências e recursos que você possui ou que precisa desenvolver para concretizar a meta?

“Agora pare, leia tudo e, com a meta bem mais clara na sua mente, pergunte-se: depois que essa meta estiver atingida, eu realmente vou me tornar a pessoa que gostaria de ser? Eu vou gostar do impacto que isso vai ter na minha vida e na vida das pessoas de quem eu gosto? Se você achar algo estranho ou indesejável, refaça o processo, porque há uma grande chance de você desistir no meio do processo, por não ter estabelecido uma meta que expresse a autenticidade do seu desejo, do sentido da sua vida”, descreve.

 

 

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