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Do outro lado do amor; efeitos colaterais de estar apaixonado

Por Franciele Aleixo
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SUL FLUMINENSE

Para a maioria das pessoas, estar apaixonado é sinônimo de felicidade e plenitude. Além disso, estar em um relacionamento romântico pode trazer inúmeros benefícios para a saúde – comprovados pela ciência -, como diminuição da pressão arterial, alívio do stress e da ansiedade, redução de dores e melhoria da saúde cardiovascular. No entanto, existem aspectos do romance – nem tão famosos e apreciados – que podem ter efeitos físicos e psicológicos prejudiciais, incluindo aumentar os níveis de stress, induzir pensamentos suicidas (que podem ou não culminar em morte) e causar vício.

Para explicar melhor essas associações, o site especializado Medical News Today preparou uma lista com as três principais consequências negativas do amor.

  1. Amor e stress

Se por um lado, pesquisadores afirmam que o amor ajuda a reduzir os níveis de stress – o que de fato faz -, estudos mostram que dependendo da fase do relacionamento, os níveis de cortisol, também chamado de hormônio do stress, podem estar elevados.

Estar apaixonado desencadeia a liberação de uma série de substâncias químicas no cérebro, incluindo a ocitocina, chamada de hormônio do amor, que costuma ser liberada durante o sexo ou toque físico. Essa substância tem efeito calmante, mas especialistas dizem que os níveis de ocitocina só começam a subir de forma considerável (a ponto de trazer benefícios à saúde) depois do primeiro ano de namoro.

De acordo com o resultado, indivíduos que estão apaixonados a menos de seis meses apresentam altos níveis de stress, que só declinam e voltam aos níveis normais depois que o relacionamento se prolonga. No entanto, como o cortisol circula pelo corpo por quase um ano, ele pode deixar suas marcas no organismo. Altos níveis de cortisol podem prejudicar o sistema imunológico, aumentando o risco de infecções. Além disso, em excesso, esse hormônio pode elevar a probabilidade de desenvolver hipertensão e diabetes tipo 2, assim como prejudicar a função cerebral e até mesmo reduzir o volume do cérebro.


  1. Amor e vício

Além da ocitocina e do cortisol, outra substância poderosa é liberada quando estamos apaixonados: a dopamina, também chamada de hormônio do prazer, já que só é liberada quando a pessoa se envolve em atividades que considera prazerosa. No entanto, essa substância tem a capacidade de provocar vícios.

Uma pesquisa de 2010 mostrou que esse vício pode surgir porque o amor ativa áreas do cérebro associadas à dependência de cocaína, ganhos e perdas (como durante apostas), desejo, motivação e regulação emocional.

Apesar de ser uma preocupação, outros cientistas acreditam que estar ‘viciado’ em alguém não é uma doença e pode ser explicado como resultado de uma capacidade fundamental do ser humano que, às vezes, é exercida em excesso. Ainda assim, eles acreditam que se o excesso de amor for prejudicial deve, sim, ser tratado da mesma forma que qualquer outro vício.

  1. Amor e limerência

De acordo com a psicóloga Dorothy Tennov, autora do livro ‘Amor e Limerência: a experiência de estar apaixonado (1979)’, apaixonado pode causar sentimento de limerência – caracterizado por um desejo romântico associado à necessidade intensa, avassaladora e obsessiva de ter esse sentimento correspondido. Para a especialista, o amor nem sempre gera limerência e a limerência nem sempre está relacionada ao amor.

Segundo Dorothy, há aspectos negativos da limerência que não recebem a devida atenção, mas podem ter graves consequências, como a criação de situações em que o indivíduo provoca uma lesão em si mesmo para receber a atenção do objeto de limerência, suicídio em que um bilhete é deixado diretamente para o objeto de limerência, além de homicídios cometidos em prol do objeto de limerência.

 

 

 

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