SUL FLUMINENSE
O Comitê das Bacias Hidrográficas dos rios Guandu, da Guarda e Guandu-Mirim vai contratar uma empresa para realizar um levantamento de dados geoespaciais, o diagnóstico, a hierarquização e os projetos básico e executivo do Plano de Saneamento Rural. A ação atenderá sete municípios do Sul Fluminense. O objetivo é buscar soluções de execução da obra e operação do sistema com a utilização de tecnologias de esgotamento sanitário adequadas às peculiaridades e realidades locais.
O projeto, baseado no Programa de Investimentos do Plano Estratégico de Recursos Hídricos do Comitê Guandu-RJ, pretende recuperar e promover a qualidade ambiental, levando saneamento às zonas rurais e periurbanas – de transição ou que mesclam áreas rurais e urbanas – de Barra do Piraí, Engenheiro Paulo de Frontin, Itaguaí, Japeri, Mangaratiba, Mendes, Miguel Pereira, Nova Iguaçu, Paracambi, Piraí, Queimados, Rio Claro, Rio de Janeiro, Seropédica e Vassouras. A previsão é que os estudos para a implementação iniciem neste ano.
Podem participar do processo de seleção e contratação qualquer pessoa jurídica interessada, ou consórcios, que atendam às exigências do Ato Convocatório disponível no site da secretaria executiva do Comitê, a Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, a Agevap. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (24) 3355-8389 ou www.agevap.org.br.
SAÚDE PÚBLICA
Um relatório divulgado no ano passado pelo Instituto Trata Brasil mostra que 35 milhões de pessoas não têm acesso a água potável e 49,8% da população do país não tem coleta de esgoto. Na maioria dos casos, a precariedade do saneamento rural e urbano é agravada pela falta de atendimento e conhecimentos básicos para o tratamento de água e destinação de resíduos. Nas áreas rurais a situação é ainda pior. Isso acaba expondo essas pessoas a um risco de saúde tanto a doenças gastrointestinais, como diarreia, quanto a doenças diversas como dengue, zika, cólera e hepatite, além dos danos socioambientais, como a poluição de recursos hídricos e a contaminação de alimentos.
Nas áreas rurais o número de domicílios dispersos é maior, o que contribui para a não existência de rede coletora de esgotos. Isso leva as famílias a recorrerem a alternativas de esgotamento sanitário, como fossas rudimentares, valas e disposição direta no solo. Esse cenário sobre o esgotamento sanitário, coloca em risco a saúde da população, em especial as crianças.
COMITÊ GUANDU
Sediado em Seropédica (RJ), na Baixada Fluminense, o Comitê Guandu-RJ é um órgão colegiado vinculado ao Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERHI), com atribuições consultivas, normativas e deliberativas, integrante do Sistema Estadual de Gerenciamento e Recursos Hídricos (SEGRHI), nos termos da Lei Estadual n° 3.239/99. O Comitê visa a promover a gestão descentralizada e participativa dos recursos hídricos na bacia hidrográfica.
A área de atuação do Comitê engloba as bacias dos rios Guandu (1.385 km²), da Guarda (346 km²) e Guandu Mirim (190 km²), totalizando uma área de drenagem de 1.921 km². A área representa cerca de 70% da área total da bacia hidrográfica contribuinte à Baia de Sepetiba. Essa Região Hidrográfica engloba o território de 15 municípios fluminenses: Itaguaí, Seropédica, Queimados, Japeri, Paracambi, Engenheiro Paulo de Frontin, Rio de Janeiro, Miguel Pereira, Vassouras, Piraí, Rio Claro, Mangaratiba, Mendes e Barra do Piraí.
Dentre as ações desenvolvidas no comitê, estão: estudos, programas de educação ambiental, de mobilização social, projetos e obras que visam a melhoria da quantidade e qualidade das águas, que abastecem cerca de 9 milhões de habitantes da Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ) e municípios citados anteriormente, possuindo assim uma posição vital em um dos maiores sistemas de captação, tratamento e distribuição de água do mundo.