BARRA MANSA
A Secretaria Municipal de Saúde está promovendo a vacinação contra febre amarela de porta em porta na região dos bairros Bocaininha, Siderlândia, Vila Ursulino, Colônia e no distrito de Rialto. A medida ocorre logo após a confirmação do vírus em um macaco encontrado morto em meados de janeiro, na Bocaininha. A confirmação ocorreu no último sábado, dia 3.
A vacinação ocorre ao longo da semana. Dados da prefeitura apontam que mais de 132 mil pessoas já foram vacinadas em Barra Mansa. Somente no último domingo, dia 4, foram 407 pessoas. Nesta segunda-feira, dia 5, foi a vez da autônoma Edilaine Rosa se imunizar. Ela revelou que não havia se vacinado anteriormente pelas longas filas de espera nos postos de saúde.
“As pessoas ficaram muito apavoradas, (o posto de saúde) estava sempre muito cheio, fila de madrugada, então eu preferi esperar. E eu fiquei meio indecisa de tomar, porque a gente lê tanta coisa na internet. Vi até médico falando para não vacinar, mas como a vacinação está aqui hoje decidi me imunizar de uma vez”, falou.
Queli Cristina Portela é moradora do Village Primavera e também se vacinou na ação volante da secretaria. “Não havia me vacinado antes, mas agora que está aqui vou me imunizar” garantiu ela.
A equipe da secretaria de Saúde orientou que os maiores de 60 anos procurem atendimento médico para serem avaliados e assim receberem autorização para tomarem a vacina. Além disso, os moradores foram orientados a procurar atendimento médico a qualquer reação à vacina, principalmente febre, e fazer o uso de repelentes para afastar o mosquito transmissor da doença. Outra medida a ser adotada é evitar o consumo de bebida alcoólica, para que as reações à imunização não sejam confundidas.
De acordo com a prefeitura, a ação é preventiva já que os bairros ficam rodeados por uma densa região de mata. A febre amarela é transmitida através da picada de mosquitos Haemagogus e Sabethes, que vivem em matas e vegetações à beira dos rios. A febre amarela urbana é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, porém desde 1942 não há registro de casos de febre amarela urbana registrados no país.