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Ainda há romance em tempos modernos e digitais?

Por Franciele Aleixo
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BARRA MANSA

Alguns toques na tela do celular, alguns minutos para abrir uma lista de potenciais parceiros (as), alguns segundos para o GPS verificar se ele ou ela estão próximos e pronto: o caminho está aberto para marcar um encontro. Bem-vindo ao moderno e prático mundo dos aplicativos de relacionamentos, as páginas que conectam solteiros em busca de conexão, seja por uma noite, um affair de seis meses ou, quem sabe, uma união para a vida toda.

O primeiro site criado para ajudar o usuário a combater a solteirice, o Match.com, estreou nos Estados Unidos em 1995. De lá para cá, sites desse tipo se multiplicaram. No Brasil, 124 milhões de pessoas participam de plataformas de relacionamento. Reflexo do tempo atual, uma tendência inevitável decorrente das redes sociais e da variedade de aplicativos, cada vez mais segmentados. O crescente movimento registrado nos sites revela uma busca mais objetiva pelo parceiro, deixando em segundo plano o clima de conquista e romance?


De acordo com o psicólogo Renan M. Souza, as redes sociais e os aplicativos hoje dia se somam às mais tradicionais opções de interação com outras pessoas. “É que às vezes pensamos que a roda foi inventada novamente, mas não foi, porque antes essas interações já aconteciam (como ainda continuam acontecendo) em festas, bailes, local de trabalho, escola, faculdade, praça, cinema. Internet, redes sociais e aplicativos podem ser de diversos tipos diferentes e inovadores e supostamente oferecer novas formas de se relacionar, mas no fim das contas são apenas ferramentas de comunicação, como uma carta ou um ainda existente telefone fixo. O que isso significa? Basicamente que existem pelo menos duas pessoas ali se comunicando. Pessoas! Essa é a regra de ouro para qualquer tipo de relacionamento através da internet”, destaca, explicando que no ambiente virtual, se deve tratar as pessoas de forma similar à presencial. “Obviamente com específicas daquela ferramenta, mas o respeito, os objetivos, a forma de se expressar, etc. são atos feitos por pessoas. Até os crimes ditos virtuais são cometidos por pessoas”, citou.

Ele destaca que redes sociais e outros aplicativos mais específicos para paquera são formas bastante válidas de tentar encontrar alguém que nos pareça interessante. Mas quero chamar a atenção para duas coisas. “A primeira é que nem sempre aquela pessoa é na realidade como aparenta ser na rede social, por isso é importante saber que tipo de gente de fato eu estou procurando, com quais características, e quais valores, e dar uma certa investigada no perfil da pessoa com um pouco mais de atenção. A segunda é que a gente tem que se observar e se analisar com esses questionamentos: como eu estou me apresentando nas redes sociais? Porque não adianta reclamar que só atrai as pessoas erradas se o problema estiver na forma como você se apresenta”, conclui.

A frequentadora em aplicativos de paquera a administradora, Paula Peres cita que os relacionamentos iniciados em aplicativos podem dar certo, basta o usuário saber o que procura, vivenciar o momento e não desistir no primeiro fracasso. “Outros poderão vir até que a pessoa com o perfil desejado apareça. Persistência é a palavra mágica. Se o relacionamento irá ou não prosperar depende dos parceiros. Mas, tenha certeza de que as chances serão muito maiores do que o tropeção”, conta, acrescentando que o saldo é positivo em suas conquistas virtuais.

 

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