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Instagram tira likes do ar visando criar um espaço menos tóxico

Por Franciele Aleixo
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SUL FLUMINENSE

Se você entrou em seu Instagram e notou algo de diferente, não se assuste. Seu aplicativo não está quebrado e não se trata de um bug escabroso. É que, na semana passada, a plataforma anunciou que o Brasil se tornou o segundo país no mundo a participar de um teste que esconde as curtidas das fotos no feed. Ou seja, agora só os próprios usuários poderão saber se suas fotos floparam ou bombaram.

Ainda que tenha deixado uma série de influencers e empresas de marketing angustiados, a mudança não foi feita pensando neles, mas sim nos usuários. De acordo com a rede social, a decisão é parte de uma série de ações que buscam transformar a plataforma em um espaço menos tóxico para a saúde mental de quem a usa. A discussão não é nova. Boa parte das críticas mais duras a rede social e as outras, fala sobre a criação de uma espécie de realidade de faz de conta, onde todos projetam imagens irreais de sua rotina para se destacar no meio do algoritmo. “É um excesso de pressão social, numa estética do que alguns teóricos chamam de felicidade tóxica ou imperativo da felicidade. No seu extremo, ela passa a ser prejudicial à saúde emocional das pessoas, gerando mal-estar, baixa autoestima e desconforto”, explicou o psicólogo Rodrigo Nejm.

O resultado é a insegurança generalizada e baixa autoestima, que flutuam constantemente de acordo com o número de curtidas em cada postagem. E não precisa ser assim. “A plataforma pode fazer bem às pessoas, desde que a gente consiga usá-la com critérios que não sejam unicamente de competição, comparação e imperativo de felicidade. Não existe vida perfeita sem momentos de tristeza, derrota e fragilidade. Se começamos a fingir que isso não existe, não é saudável”, destacou Nejm, acrescentando que a situação se torna ainda mais grave se considerarmos que a maioria esmagadora dos usuários do Instagram é jovem. “É um público com a personalidade em formação e mais sujeito a quadros de depressão e vícios em tecnologia”.

Redes sociais são mais viciantes


Uma pesquisa feita realizada pela instituição de saúde pública do Reino Unido, Royal Society for Public Health, em parceria com o Movimento de Saúde Jovem afirmou que as redes sociais são mais viciantes que álcool e cigarro. E, dentre elas, o Instagram foi avaliado como a mais prejudicial à mente dos jovens.

Diante desses dados, e com o intuito de minimizar esses danos, a rede social decidiu tomar uma medida importante. Quem digitar as hashtags #ansiedade ou #depressão na aba ‘Explorar’ (clicar na lupa), vai ver uma tela, com três opções de clique. Nesta página, a plataforma também faz um alerta: ‘Publicações com as palavras ou tags que você está procurando muitas vezes incentivam um comportamento que pode fazer mal a uma pessoa ou até levá-la à morte. Se você está passando por uma situação difícil, gostaríamos de ajudar’.

Ao clicar em ‘Fale com um amigo’, vem o conselho de uma conversa franca com alguém com quem você tenha intimidade e que possa ajudar. Ao clicar em ‘Falar com um voluntário da linha de apoio’, o Instagram fornece os contatos do Centro de Valorização da Vida (CVV), uma rede especializada em oferecer apoio emocional gratuito e em sigilo – por telefone, chat ou e-mail. A última opção, ‘Receba dicas e apoio’ traz ideias práticas e sugestões de relaxamento para acalmar o coração e a mente.

app para ajudar contra a depressão

O youtuber Whindersson Nunes vem falando abertamente em suas redes sociais sobre a depressão que tem enfrentado. Ele entende o fato de as pessoas questionarem como é que um dos jovens mais influentes do país, com tantas campanhas publicitárias, shows e, consequentemente, uma conta bancária recheada, pode enfrentar uma doença como a depressão. Por isso, o youtuber decidiu criar um aplicativo para auxiliar pessoas que enfrentam a depressão e precisam de ajuda psicológica e/ou psiquiátrica. A intenção do aplicativo é conectar gente que precisa de ajuda com gente que pode ajudar. As pessoas que querem ajudar são profissionais, voluntários. O aplicativo ainda não tem data confirmada para ser lançado.

 

 

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