PARATY
Durante quatro meses, os moradores e visitantes de seis cidades do Interior do Estado do Rio de Janeiro vivem uma experiência única: a oportunidade de assistir 12 obras de diretores consagrados, que se inspiraram na questão ambiental, com temas relacionados à água, ar, energia, lixo, agrotóxico, povos originários e desmatamentos. O Projeto teve início em Teresópolis, na região serrana, e depois passou pelas cidades de Casimiro de Abreu, Duas Barras, Carmo e Mangaratiba. Agora, será a vez de Paraty dias 14 e 15 de junho
O “Interior na Cena” apresenta em praças públicas filmes como “Saneamento básico” e “Ilha das Flores”, de Jorge Furtado, “Narradores de Javé”, de Eliane Caffé, “Xingu”, de Cao Hamburger, “Ruivaldo – O Homem que Salvou a Terra”, de Jorge Bodanzky, “Amazônia Sociedade Anônima”, de Estevão Ciavatta, e “O Sal da Terra”, de Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado, entre outros.
A entrada é franqueada ao público e, antes das sessões, há um bate-papo com a participação de atores, diretores, críticos de cinema e ambientalistas. A exibição dos filmes é numa grande tela inflável, de 10m x 6m, a partir de um projetor de 10k, de alta definição.
Idealizado e concebido pelo produtor e pesquisador Leonardo Conde, o “Projeto Interior na Cena” foi aprovado pela Lei Paulo Gustavo RJ, e conta com a realização do Governo Federal, do Ministério da Cultura e do Rio de Janeiro, através da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.
Hoje, o meio ambiente está na pauta do dia, e o tema reflete nos filmes, na música, na literatura e em acalorados debates, que mobilizam diversos segmentos da sociedade.
Veja a programação completa:
Dia 14 de junho, sexta-feira: Cinema da Praça
17h – “Para onde foram as andorinhas” (2015), de Mari Corrêa. Produzido pelo Instituto Socioambiental (ISA) e pelo Instituto Catitu e apresentado durante a Conferência do Clima de Paris (COP 21) em dezembro de 2015, o documentário mostra as dificuldades pelas quais passam os povos tradicionais na região do Xingu nos últimos anos. O curta venceu o Prêmio Refúgios e Mudanças, no Festival Entretodos de Direitos Humanos, em 2016.
17h 30 – Roda de bate-papo com a participação do cacique Pataxó Apohinã
19h – “O Sal da Terra” (2014), com direção e roteiro de Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado. O filme conta um pouco da longa trajetória do renomado fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado e apresenta seu ambicioso projeto “Gênesis”, expedição que tem como objetivo registrar, a partir de imagens, civilizações e regiões do planeta até então inexploradas. Wenders, por trás de obras primorosas como “Paris,Texas”, “Asas do Desejo”, “Buena Vista Social Club” e, mais recentemente, “Pina”, conseguiu capturar o espírito de Salgado e sua obra. Prêmios: César de Melhor Documentário (2015), Um Certo Olhar – Prêmio Especial (2014), Grande Prêmio do Cinema Brasileiro – Melhor Filme (2016) e Platino Award for Best Documentary (2015).
Dia 15 de junho, sábado: Parque da Mangueira, no Centro Esportivo Mario Siqueira
18h – “Tainá – Uma Aventura na Amazônia” (2018), de Tânia Lamarca e Sérgio Bloch. Tainá vive na Amazônia com o avô, é perseguida por defender a floresta dos caçadores, e precisa se mudar para uma vila. Lá, ela conhece Joninho, um menino da cidade grande. Juntos, a dupla aprende a lidar com os valores da cidade e da floresta. Premiado no Festival de Cinema de Natal, em 2000, nas categorias Melhor Filme e Melhor Fotografia (Marcelo Corpanni).
19h30 – “Amazônia Sociedade Anônima” (2019), de Estevão Ciavatta. Diante do fracasso do governo brasileiro em proteger a Amazônia, índios e ribeirinhos, em uma união inédita liderada pelo Cacique Juarez Saw Munduruku, enfrentam máfias de roubo de terras e desmatamento ilegal. Premiações: Festival do Rio (2019), 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo (2019), Festival Internacional de Cinema de Alter do Chão, Prêmio de Melhor Filme (2020) e One World Media Awards -Prêmio Environmental Impact (2021).