BRASÍLIA
Do Oiapoque ao Chuí. Da Ponta do Seixas à nascente do Rio Moa. Seja por vias aéreas, terrestres, aquáticas ou fluviais. De carro, caminhão, barco, canoa ou embarcação. Às grandes metrópoles, cidades pequenas, comunidades ribeirinhas ou aldeias indígenas. Nesta sexta-feira, dia 1º, após oito meses de campanha, o Brasil chega a 300 milhões de doses de vacinas Covid-19 distribuídas para milhões de brasileiros em cada canto do país.
Quarto lugar no mundo em aplicação de doses de vacina. Um acordo de transferência tecnológica para produção de imunizantes em território nacional. Quatro projetos de vacinação em massa e 92% da população adulta vacinada com a primeira dose. Esses, e tantos outros destaques, são resultados da maior Campanha de Vacinação da história do País.
“O recado que passa é que, em todo o mundo, quem está se vacinando está protegido. E que não tem outra alternativa para enfrentar essa doença que não seja a vacina. Além, é claro, de continuar se protegendo por mais um tempo, até que grande parte da população esteja vacinada e, assim, essa doença se limite a uma doença pequena ao que ela está caminhando para ser”, contou Marcelo Carbonari.
O recado que passa é que, em todo o mundo, quem está se vacinando está protegido. E que não tem outra alternativa para enfrentar essa doença que não seja a vacina”
Marcelo Carbonari
Marcelo é um dos mais de 90 milhões de brasileiros que já receberam a segunda dose ou dose única da vacina Covid-19. Ciente do compromisso de completar o esquema vacinal, fez diferente das mais de 17 milhões de pessoas que deixaram de voltar ao posto de vacinação e estão com a segunda dose atrasada. Quem ainda não completou o esquema vacinal precisa retornar ao posto e receber a dose do imunizante que falta.
“Tomar a segunda dose trouxe um pouco mais de esperança para voltar à vida normal. A questão do trabalho, de sair, se divertir com os amigos e familiares aos fins de semana. A gente vê que a vida vai voltar aos poucos. Eu acho muito importante, além de todos os benefícios, porque a vacinação demonstra que a vacina tem eficácia”, ressaltou Luciano Zucari.
Luciano também está no grupo dos que não deixaram o prazo da segunda dose passar. Ele relatou o retorno às atividades. Embora não haja cenário epidemiológico favorável para a suspensão de todos os protocolos de segurança, registros de casos e óbitos seguem em tendência de queda de mais de 70% desde junho. No último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, 1828 municípios não registraram novos óbitos pela doença.
Nessa quinta (30), por exemplo, a média móvel de casos e óbitos chegou a, respectivamente, 25,5 mil e 536 em relação aos últimos 14 dias.
“A esse resultado, atribuímos o sucesso da Campanha de Vacinação. Por conta do avanço na imunização, observamos um cenário mais arrefecido, com o sistema de saúde menos pressionado. Vacinar é a saída. Por isso, é extremamente importante que Governo, estados e municípios trabalhem juntos para que o Brasil avance ainda mais na campanha, de forma equânime, para que todos terminem a imunização da população ao mesmo tempo”, alertou o ministro da Saúde Substituto, Rodrigo Cruz.
Por conta do avanço na imunização, observamos um cenário mais arrefecido, com o sistema de saúde menos pressionado. Vacinar é a saída
Marcelo Carbonari