Quando estava com 28 anos, o hoje circunspecto sexagenário Adenor Leonardo Bach, encerrou prematuramente a sua carreira de jogador de futebol, vitimado por uma série de lesões nos joelhos, inclusive com ruptura de ligamento e perda da mobilidade de uma das pernas. Foi então que Seu Adenor, mais conhecido na intimidade como Tite, virou treinador de futebol.
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De 1990 a junho de 2014, quando passou a ser o treinador da seleção brasileira, Tite esteve em 21 clubes diferentes, dois deles no exterior, em todos com louvável presença. Na seleção brasileira escreve seu melhor período: 52 jogos, 38 vitórias, 10 empates, 4 derrotas e aproveitamento de 79%. Bom estrategista, infelizmente Tite está reprovado na oratória.
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Há algum tempo Tite está na frigideira e o fogão ia ser aceso agora. Foi salvo pela denúncia de assédio sexual feito pela secretária do presidente da CBF. O lamentável episódio afastou Caboclo da presidência, interrompeu a demissão de Tite e colocou água na fogueira com chamas crescentes, ardendo o mote de suspensão da Copa América.
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Caboclo nega o assédio, diz que está recebendo o apoio da família e que vai voltar à presidência inocentado. Renato Gaúcho, cotadíssimo para ser o novo técnico da seleção, acompanha o desenrolar dos acontecimentos. O Presidente Jair Bolsonaro, antes que o acusem, já revelou “no tocante a técnico, estou fora dessa, não tenho nada a ver com isso aí”.
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Antônio Carlos Nunes de Lima, o Coronel Nunes, vice da entidade atualmente na presidência, vai aguardar os 30 dias de afastamento de Caboclo. Caso ele não reverta a situação, uma eleição definirá o novo presidente entre os oito vices da entidade: além do Coronel Nunes, Antônio Aquino, Castellar Modesto Guimarães Neto, Ednaldo Rodrigues, Francisco Novelletto, Gustavo Feijó, Marcus Vicente e o filho do ex-presidente José Sarney, o Fernando Sarney.
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Brasil e Paraguai se enfrentam esta noite pelas eliminatórias da Copa do Mundo. Líder invicto e um histórico invejável diante do adversário – 47 Vitórias, 22 empates, apenas 11 derrotas, 173 gols marcados e apenas 66 sofridos – Tite e sua turma terão um problema. É que, há 35 anos a seleção brasileira não sai vitoriosa do estádio Defensores Del Chaco.
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