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Venda de material escolar movimenta as papelarias

Por Idel Pinheiro
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AGULHAS NEGRAS

Em fevereiro a maioria dos alunos retorna de férias e em virtude da volta às aulas diversos estabelecimentos de ensino já emitiram aos pais ou responsáveis a lista do material escolar de seus aprendizes. A procura pelos itens que farão parte da rotina dos filhos no aprendizado durante o ano letivo têm movimentado as papelarias de toda a região. A meta dos consumidores é encontrar produtos com preço em conta sem deixar de atender ao apelo dos pequenos quanto aos itens da moda. Anualmente, a indústria do material escolar explora personagens de desenhos animados, séries de TV ou artistas da música tornando a rotina dos pais mais trabalhosa e cara. “As vendas estão boas e devem crescer até o início de fevereiro. Nosso faturamento sobe em média 15%”, comenta o gerente Pedro Paulo Mota, de uma loja em Resende.

Em média, um item estilizado custa 10% a mais que outro sem referência desenhos ou artistas. E isso varia bastante, independente da faixa etária. Entre o público infantil os queridinhos da vez são os produtos que remetem aos personagens do filme ‘Os Vingadores’, entre os meninos. Já para as meninas, os dóceis pôneis unicórnios do desenho ‘My Little Pony’. Para os adolescentes e jovens as lojas registram muita procura pelos materiais alusivos aos times de futebol, jogadores famosos, artistas da música. Neste contexto, exemplos de cadernos dos cantores Luan Santana e Anitta têm feito sucesso – preços a partir de R$ 29,90, com 96 folhas. Enquanto o produto similar, sem referência a artistas, custa em média R$ 19,90. O preço pode variar ainda conforme a composição do produto, tendo ou não capa dura ou mais folhas e divisões. Alguns itens chegam a R$ 90 – caderno capa dura da Anitta, com 180 páginas.

Nas lojas o que se observa são pais aflitos em não gastar, mas receosos em querer agradar os filhos. “Eu tenho o Matheus de 12 anos e a Rafaela de 14. Eles estudam e precisam do material escolar. Ela só tem olhos pros cavalinhos (série My Litte Pony) e ele coisas que tem o Homem-Aranha. Eu tento agradar, mas de uma loja para a outra os preços mudam muito e acabo levando uma coisa ou outra temática e a maioria comum mesmo”, comenta a dona de casa Maria Lúcia da Cunha, de Resende. “A meta é gastar no máximo R$ 400 com a lista de material escolar dos dois. Já atingi R$ 320 e ainda falta ver mochilas. Está difícil”, conta.


Daniele Delfino, de Itatiaia, também saiu às compras de material escolar. A dona de casa garante que produto bom é o que tiver preço condizente com a realidade financeira da família. “Minha filha Bianca, 13 anos, até pede o que esta na moda entre as coleguinhas. Eu finjo que não acho e levo somente o que estiver com preço bom. Levo sempre o que eu ver que tiver qualidade e for barato, isso que importa”, comenta.

PROCON

Segundo o Programa de Defesa do Consumidor a orientação aos pais é realizar ampla pesquisa de preços nos estabelecimentos. Vale ressaltar ainda que optem em comprar apenas o que for de uso individual dos alunos, evitando comprar material de uso coletivo que é incumbência das unidades de ensino fornecer.

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