VOLTA REDONDA
Pesquisas recentes sobre os corpos hídricos de rios, córregos e lagos de Volta Redonda e cidades vizinhas, apontaram preocupação da população. A sondagem foi realizada entre os dias 14 e 24 de setembro pela Equipe Ambiental do Movimento Pela Ética na Política (MEP) que teve como tema ‘Olhares para os rios’.
A consulta foi realizada através do aplicativo Google Forms. A acadêmica de engenharia ambiental do Centro Universitário de Volta Redonda (UNIFOA), Sabrina Arantes,ligada à equipe ambiental coordenou a inédita pesquisa. Sabrina considerou significativa a pesquisa ao apresentar aspectos do cenário da consulta popular.
AMOSTRAGEM FOI SIGNIFICATIVA
A acadêmica destacou que a amostragem foi significativa, 374 pessoas participaram. “Conseguimos chegar em mais 50 bairros de Volta Redonda, acima de 50% do total de bairros, o equivalente a 70% das respostas”, disse a jovem, lembrando que as cidades de Barra Mansa, Pinheiral, Barra do Pirai, Pirai, Porto Real, Quatis, Resende e até Angra dos Reis, somaram 25 % das respostas em diferentes bairros.
Para Sabrina, a participação feminina na pesquisa foi surpreendente, com 63.6 % das respostas. O perfil da escolaridade apontou que 74.1% das pessoas pesquisadas concluíram o Curso Superior ou estão cursando e 25,5 % com Ensino Médio ou cursando. A faixa etária predominante da sondagem ficou entre 30 a 59 anos, com 51.1 %, entre 16 a 29 anos, 25.8% das respostas e acima de 60 anos, 23.8%.
VOLTA REDONDA
Coletar informações em forma de percepções da sociedade sobre os corpos hídricos, rios, córregos, lagos e outros, de Volta Redonda e região. Esse é o objetivo da pesquisa lançada nesta semana pela Equipe Ambiental do Movimento Pela Ética na Política (MEP).
O sub-coordenador da Equipe Ambiental, professor Michel Bastos, especialista em questões hídricas, lembrou que a sondagem será uma forma de gerar engajamento social e participação ativa na gestão territorial, bem como no conforto e saúde coletiva. Ele destacou, durante o lançamento do questionário aprovado pela equipe, que a pesquisa já está disponível na plataforma googleforms- https://forms.gle/6JePgvaxSUNzurTd7 e ficará disponível até o próximo dia 24.
A acadêmica da área de engenharia ambiental do Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA), Sabrina Arantes, que faz parte da equipe do MEP é responsável pela operacionalidade da pesquisa.
NOVOS OLHARES
Sabrina aposta que o tema irá provocar ‘novos olhares’ frente ao cenário da maior crise hídrica do Brasil. “O cenário da pior crise hídricas dos últimos tempos causada por uma série de condicionantes, como a diminuição da corrente de chuvas, o desmatamento, o aquecimento global, o desperdício de água e outros fatores, acredito proporcionarão ‘novos olhares’ da população”, ressaltou a futura engenheira ambiental.
DEZ PERGUNTAS
O questionário, segundo Sabrina Arantes, é orientativo, com dez perguntas, deixando o respondente bem livre, não só para apontar os desvios, mas também sugerir correções. Até o dia 24 de setembro, de acordo com ela, a equipe receberá as respostas. “Estamos trabalhando para que a equipe do MEP e apoios façam chegar o formulário às associações de bairros, mídias diversas, igrejas, universidades, ONGs, colégios e a diferentes coletivos”, explicou a acadêmica.
Para Sabrina, a percepção territorial da realidade hídrica, as proposições dos cidadãos de Volta Redonda e região trarão, com certeza, importantes elementos para discussão e correções de rumos junto aos organismos governamentais e não governamentais. “Estimamos coletar 500 respostas”, destacou animada Sabrina Arantes.
O doutor em ecologia e coordenador da Equipe Ambiental do MEP, Fernando Pinto, ressaltou a importância da participação e o envolvimento também dos jovens. “Vale ressaltar que, a partir da proposta do professor Michel o envolvimento da equipe no processo passou a ser coletivo. Nos alegramos com a garra da Sabrina Arantes, graduanda em engenharia ambiental, que poderá mais para frente pensar em apresentar o trabalho em seminários acadêmicos”, pontuou o coordenador. Acrescentou ainda que o II Seminário Socioambiental do MEP, a ser realizado no dia 2 de outubro, certamente já conterá extratos da inédita pesquisa hídrica.
O grande volume de chuvas em cidades do interior de São Paulo e em Resende provocou o aumento do nível dos rios na cidade. Segundo o coordenador municipal da Defesa Civil, Sérgio Mendes, os rios Bocaina, Bananal e Paraíba do Sul transbordaram no último fim de semana, causando alagamentos em alguns pontos do município, como Vista Alegre, Vila Maria e Colônia Santo Antônio. Apesar disso, as ocorrências não foram graves.
“É importante salientar aos moradores que Barra Mansa sofre as consequências das chuvas ocorridas em cidades acima do curso do rio; como Itatiaia, Resende, Porto Real e Quatis; o que acaba ocasionando o aumento no volume de água nos rios que cortam o município”, disse o coordenador.
PANCADAS DE CHUVAS
Segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a previsão para essa semana na região é de pancadas de chuvas no final da tarde e início da noite. Mendes alertou que os moradores às margens dos rios que cortam a cidade fiquem atentos e tomem algumas precauções.
“Sexta-feira o Rio Paraíba do Sul estava com nível de 2,69 metros. Na manhã desta segunda-feira chegou a 4,08 metros, mas agora já é de 3,98 metros. Toda essa água é de chuva, não é da represa. Por isso, é rápido o esvaziamento. Mas é preciso que os moradores às margens dos rios tomem algumas precauções: fazer o levantamento de móveis e ficar em alerta”, disse Mendes; lembrando que as áreas de risco já estão identificadas.
Em casos de emergências decorridas de temporais, os moradores podem entrar em contato pelo número (24) 3322-1410 ou pelo telefone de emergência 199 – que funciona 24 horas.
TURBIDEZ DA ÁGUA CAUSA PARALISAÇÃO DAS ETAs
O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) paralisou, temporariamente, as Estações de Tratamento de Água (ETAs) do bairro Colônia Santo Antônio e do distrito Floriano por conta da turbidez da água devido ao volume de chuvas registrado nessas localidades, que ocasionou, respectivamente, as cheias dos Rios Bananal e Paraíba do Sul. A recomendação do Saae é que os moradores dessas localidades economizem água até que a qualidade da mesma se normalize e seja possível o tratamento apropriado e a distribuição às residências.
Após chuvas fortes, as águas dos mananciais de superfície ficaram turvas, devido à condução dos sedimentos das margens pela enxurrada. A turbidez é causada por partículas sólidas em suspensão, como argila, barro e matéria orgânica, que interferem na propagação da luz pela água, impedindo assim o tratamento adequado pelas ETAs.