RIO DAS FLORES
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Promotoria de Justiça de Rio das Flores, e a Prefeitura de Rio das Flores, através das Secretarias Municipais de Saúde e de Assistência Social e o Conselho Tutelar do Município assinaram, na última quarta-feira, dia 28de agosto, um Termo de Cooperação e Integração para implementação de ações para tornar efetivo o direito de acesso, permanência e regresso da criança e do adolescente na Escola.
O documento firmado estabelece uma série de ações concretas a serem adotadas pelos signatários visando impulsionar o fortalecimento da Rede de Apoio à Escola para prevenir e combater o abandono e a evasão escolares, bem como orientar os responsáveis acerca de suas responsabilidades e cientificá-los das medidas cabíveis em caso de omissão, dolosa ou culposa, dos deveres inerentes ao poder familiar.
DELIMITA AS ATUAÇÕES
O Termo ainda delimita as atuações de cada um dos signatários, estabelece um fluxo de troca de informações em tempo real garantindo efetividade do trabalho em rede, além de criar um questionário a ser utilizado por todas as unidades escolares do município possibilitando a realização de um diagnóstico a ser utilizado na implementação de políticas públicas, evidenciando a importância da união de esforços na atuação em prol do direito de crianças e adolescentes à educação.
Referido questionário coleta dados da responsável pelo preenchimento, além de abordar questões referentes tanto aos alunos, tais como data de nascimento, série, escola em que está matriculado, eventuais dificuldades apresentadas nos últimos meses, bem como da família, dentre as quais renda mensal, se se trata de família monoparental, a existência de histórico de violência doméstica, a principal justificativa apresentada para infrequência/evasão, dentre outros, tudo visando permitir a melhor compreensão do fenômeno para fins de desenvolvimento e implementação de políticas públicas tanto no campo educacional como, também nos socioassistencial e da saúde.
ADESÃO AO TERMO
Com a adesão ao termo, o Município se compromete a promover atividades que envolvam toda a comunidade escolar, as famílias e os próprios alunos, com o objetivo de esclarecer os prejuízos causados pela ausência nas aulas para crianças e adolescentes, ao passo que o Ministério Público passa a ter acesso, em tempo real, das situações mais graves e de diagnósticos relevantes para sua atuação na garantia do direito à educação. Eventuais violações ao direito à educação deverão ser informadas ao Conselho Tutelar não apenas pela Secretaria de Educação mas, também, pelos agentes de saúde e da assistência, em razão da capilaridade em suas atuações, permitindo que responsáveis sejam o mais rapidamente notificados e, se necessário, sejam aplicadas medidas protetivas.
Padrasto que assassinou a enteada e ocultou seu cadáver é denunciado por feminicídio pelo MPRJ
PIRAÍ
O mecânico acusado de matar e ocultar o corpo da enteada, de 15 anos, em Piraí foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ).
Na denúncia, a Promotoria de Justiça de Piraí pede a condenação dele pelos crimes de feminicídio quadruplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Segundo as investigações, em fevereiro de 2023, após levar a esposa ao trabalho, o homem esganou a enteada, por ela ser contra o relacionamento dele com sua mãe, causando-lhe asfixia e lesões corto contundentes, que resultaram na sua morte. Em seguida, o denunciado embrulhou o corpo da adolescente em um lençol, colocando-o em seu carro e se dirigiu até Quatis, onde, em uma área de mata, na localidade de São Joaquim, deixou o cadáver da vítima, cobrindo-o ainda com uma lona plástica, encontrada no próprio terreno.
IMPOSSÍVEL A DEFESA DA VÍTIMA
De acordo com a denúncia, o crime ainda foi cometido de modo que tornou impossível a defesa da vítima, uma menina de 15 anos, já que foi cometido pelo padrasto, homem de estrutura avantajada contra uma jovem adolescente sem qualquer chance. “Por fim, o crime foi cometido por feminicídio, já que foi praticado contra a mulher, no seio familiar, em razão do próprio sexo dela”, destacou a denúncia.
Segundo a peça acusatória, friamente, o padrasto ainda se apossou do celular da adolescente, e, passando-se por ela, mandou mensagens, para a esposa, dizendo que a menina teria ido para o Rio de Janeiro. Na ocasião, o crime chocou toda a Região Sul Fluminense.
DEMORA EM ENCONTRAR O CORPO PREOCUPOU
De acordo com o promotor de Justiça Marcelo Airoso, a demora em encontrar o corpo preocupou a população local. “Enquanto eram feitas as buscas pelo corpo, o assassino se passava pela menina, mentindo para a mãe dela. No telefone da própria menina, se passando por ela, ele dizia, por mensagens, que não ia voltar para casa e que era para a mãe cuidar bem dele que era um homem religioso e bom padrasto”, disse o promotor.
Ainda segundo o promotor, descoberta a autoria, foi o próprio padrasto que indicou o local onde estava o corpo. “Se ele não dissesse onde estava a ossada, dificilmente alguém ia achar porque, conforme ele mesmo falou, só tinha osso. Uma vez encontrada a ossada, depois feito o exame da arcada dentária, verificou-se que era mesmo da menina”, explicou Marcelo Airoso, ressaltando que o homem é réu confesso pelo assassinato da enteada e que já está preso por outro crime, que é considerado hediondo. “Ele foi condenado no início deste ano a uma pena de 15 anos de reclusão em regime fechado por ter estuprado várias vezes sua esposa, mãe da vítima assassinada”, concluiu o promotor.
VOLTA REDONDA
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio das Promotorias de Justiça de Fundações, promoveu, na tarde de quinta-feira, 11, o primeiro encontro multifuncional regional, tendo sido eleito, desta vez, os municípios de Volta Redona, Barra Mansa, Valença e Vassouras. A iniciativa pretende criar de diálogo entre os gestores e, quando possível, potencializar suas complementaridades, compartilhando experiências exitosas entre si. O encontro foi realizado na sede da Fundação Oswaldo Aranha (FOA), em Volta Redonda, e reuniu dezenas de gestores responsáveis por fundações de diversas áreas de atuação.
Segundo o promotor de Justiça José Marinho Paulo Junior, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Fundações, há hoje no MPRJ a clara percepção de uma atuação pedagógica, dialógica, construtiva, sendo certo que os encontros setoriais superam o hiato de comunicação entre as fundações veladas, permitindo-lhes somar esforços e crescer juntas. O presidente da Fundação Oswaldo Aranha, Eduardo Prado, destacou a importância da iniciativa, que, de forma pioneira, reuniu em um mesmo espaço todos os gestores fundacionais da região, permitindo pontes de diálogos entre estes e atuações complementares até então desapercebidas.
PARTICIPANTES
Além da fundação anfitriã, participaram a Fundação de Desenvolvimento e Apoio a Crianças Especiais (FUNDACE), Fundação Esperança Eurípedes Barsanulfo, Fundação Sérgio Loureiro, Fundação Oswaldo Aranha (FOA), Fundação Educacional Rosemar Pimentel (FERP), Fundação Educacional Severino Sombra (FUSVE), Fundação Cultural e Filantrópica Léa Pentagna, Fundação Educacional Dom André Arcoverde e a Fundação CSN para o Desenvolvimento Social e a Construção da Cidadania.
Essas instituições congregam universidades, hospitais, espaços culturais, escolas e núcleos religiosos, alcançando milhares de pessoas (alunos, pacientes e fiéis), sendo o impacto social de suas atividades inestimável para a população local.
VOLTA REDONDA
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), promoveu, na quarta-feira, 22, o evento “Diálogos sobre Educação Inclusiva”, organizado pela 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Volta Redonda e realizado no Centro Regional de Apoio Administrativo Institucional (CRAAI) do município. O evento promoveu a troca de informações entre os municípios da Região Sul Fluminense, que compartilharam práticas de educação inclusiva.
O promotor de Justiça Leonardo Kataoka, titular da 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Volta Redonda, abriu o debate. “Esse encontro é muito importante para possibilitar a troca de experiências sobre iniciativas exitosas pelos municípios participantes relacionadas à educação inclusiva, fortalecendo a implementação dessa política pública por meio do diálogo”, avaliou Kataoka, idealizador do evento.
PARTICIPAÇÃO
Também participaram da abertura os promotores de Justiça Luís Fernando Ferreira Gomes, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Barra do Piraí, e Carolina Maria Gurgel Senra, coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Cíveis e Pessoa com Deficiência (CAO Cível Pdef/MPRJ); a defensora pública Flávia Mac Cord, o 2º Núcleo Regional de Tutela Coletiva, e o deputado estadual Munir Neto, da Comissão de Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ).
As secretarias municipais de Educação de Volta Redonda, de Barra Mansa e de Resende discutiram, respectivamente, os seguintes temas: Autismo e Inclusão Escolar: Desafios da Inclusão do Aluno com TEA; A Importância da Construção do Plano de Aprendizagem Diferenciada (PAD); A Educação de Alunos Cegos e Surdos. Por fim, debateram a proposta de criação do Fórum Sul Fluminense de Educação Inclusiva.
VASSOURAS
A Promotoria de Justiça Criminal de Vassouras denunciou, na quarta-feira, dia 11, Luiz Carlos Pereira dos Santos Cruz, conhecido como Nem Corolla, pelo homicídio duplamente qualificado de Nilton Gonçalves de Oliveira, no dia 5 de setembro de 2021, em uma praça na Rua Barão de Vassouras, Centro da cidade. Na ocasião, câmeras de segurança flagraram Nem Corolla disparando três tiros, à queima roupa, contra a cabeça de Nilton, que estava em uma mesa com duas mulheres e era pai do ex-prefeito da cidade, Renan Vinícius Santos de Oliveira.
A denúncia destaca que a vítima estava sentada quando o denunciado se aproximou por trás e efetuou o primeiro disparo na altura de sua nuca, fazendo com que ela caísse da cadeira, sem qualquer possibilidade de reação. Não satisfeito, o assassino ainda efetuou mais dois disparos de arma de fogo a curta distância contra o rosto da vítima, fugindo em seguida com o auxílio de um veículo que possuía placa clonada. “O crime foi praticado com recurso que dificultou/impossibilitou a defesa da vítima, na medida em que o denunciado chegou pelas suas costas e efetuou um disparo de arma de fogo, e com meio cruel, na medida em que o denunciado, após desferir o primeiro disparo, ainda desferiu dois disparos contra o rosto da vítima a curta distância enquanto ela se encontrava caída no chão (o que causou-lhe múltiplas lesões no crânio)”, diz a denúncia encaminhada à 2ª Vara de Vassouras.
A identificação da autoria do crime foi possível graças à ação da Divisão de Evidências Digitais e Tecnologia do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (DEDIT/CSI/MPRJ). Com o auxílio de ferramentas tecnológicas, a unidade comparou as imagens do crime com vídeos do denunciado, que atualmente encontra-se preso, cedidas pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), tendo constatado, com base nos indicadores biométricos colhidos, que os componentes biomecânicos e cinéticos da maneira de andar de Nem Corolla, além dos elementos do seu perfil morfológico, eram idênticos aos do autor do crime.
VOLTA REDONDA
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) realiza, nesta quinta-feira, dia 7, uma operação em Volta Redonda para prender 13 integrantes de uma facção criminosa voltada para o tráfico de drogas que atua no bairro Três Poços, mais especificamente na região do programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida”. O grupo é vinculado à facção criminosa Terceiro Comando Puro. Oito pessoas foram presas até o momento.
A operação está sendo conduzida pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), em parceria com a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ).
VÁRIOS TIPOS DE ARMAS
De acordo com a denúncia, o grupo emprega diversos tipos de armas de fogo para controlar o tráfico de drogas nas imediações do condomínio e utiliza adolescentes para a realização de suas práticas criminosas, que incluem homicídios de integrantes de facções rivais, confrontos armados com forças de segurança e outros bandos criminosos, construção de barricadas em vias públicas e atos de ‘justiçamento’ contra pessoas que agem de forma contrária às suas determinações. Existem, também, indícios que demonstram que o bando impôs domínio territorial na região onde opera, sendo necessária, por exemplo, a autorização de seus líderes para que eventos sejam realizados no local.
DIVISÃO DE TAREFAS
A associação criminosa é marcada por uma clara e organizada estruturação e divisão de tarefas nas seguintes funções: a liderança local, com gestão do esquema criminoso, a proteção de pontos estratégicos das comunidades, com o porte ostensivo de armamentos, o recolhimento, contabilidade e repartição dos lucros obtidos de forma delituosa, o armazenamento, transporte, preparo e venda das drogas, e o monitoramento de pontos estratégicos da sua localidade de atuação, com o objetivo de alertar aos demais membros sobre eventual presença das forças de segurança pública e de ‘inimigos’ de outras facções.
Além das prisões, serão cumpridos 25 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos denunciados em Volta Redonda, Pinheiral e em Senador Camará, na capital.
MULHER PRESA
Uma das prisões divulgadas foi de uma mulher, de 32 anos, no bairro Mariana Torres, em Volta Redonda.
Durante o cumprimento de mandado na residência, que fica na Rua J, foram apreendidos uma balança de precisão, um celular, uma base de rádio comunicador, dois carregadores de 9mm, uma pistola 9mm de numeração suprimida, além de uma quantidade de maconha.
Ela foi encaminhada para a 93ª Delegacia de Polícia (DP) para as medidas necessárias.
MPRJ não impugna a flexibilização do comércio em Resende e Itatiaia promovida por decreto das prefeituras no dia 23
AGULHAS NEGRAS
A 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do núcleo Resende confirmou ao Jornal A VOZ DA CIDADE, na tarde desta segunda-feira, dia 27, que não vai impugnar as decisões administrativas definidas no dia 23 pelas Prefeituras de Resende e Itatiaia, que anunciaram por intermédio de decreto novas medidas de flexibilização das atividades do comércio.
Em nota, o promotor de Justiça, Fabiano Cossermelli, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do núcleo de Resende, informou que a promotoria acompanha de forma detida as medidas de retomada parcial de atividades em Resende e Itatiaia, esclarecendo, inicialmente, que a decisão política sobre o tema e sua contemplação em Decretos é atribuição do Poder Executivo, cabendo ao MPRJ fiscalizar e adotar eventuais providências se constatada qualquer ilegalidade. “Assim, diante dos dados técnicos apresentados pelas Secretarias de Saúde de Resende e Itatiaia, em especial sobre a evolução contida da curva epidemiológica da Covid-19 nestas cidades, bem como das estruturas criadas para enfrentamento da pandemia, o MPRJ optou por não impugnar as decisões administrativas dos Poderes Executivos de Resende e Itatiaia, mas recomendou a realização de alguns ajustes, inclusive a previsão de restabelecimento do isolamento social pleno em caso de avanço da pandemia que atinja 50% de ocupação da capacidade de leitos dos dois Municípios, o que foi acolhido pelo Poder Público”, frisa.
Por fim, o promotor Fabiano Cossermelli destaca “que os Decretos Municipais estabelecem diversas medidas condicionantes que deverão ser observadas pelos empreendimentos, sob pena de suspensão das atividades daqueles flagrados em desobediência. Em suma, o MPRJ segue acompanhando a evolução da pandemia nas cidades sob nossa atribuição”.
COMÉRCIO ABERTO EM MEIO PERÍODO
Em Resende as lojas tiveram permissão para abrir no dia 24, quando já vigorava o Decreto nº 13.206 flexibilizando as atividades nas lojas até então fechadas desde o dia 21 de março. Mediante orientação como medidas de higiene e exigir que clientes utilizem máscaras de proteção contra a Covid, as lojas funcionam de segunda a sexta-feira, entre 12 e 18 horas.
O Decreto 13.206 assinado pelo prefeito Diogo Balieiro estabelece medidas sanitárias para o funcionamento de serviços de atividades essenciais e não essenciais no município durante o período de emergência em saúde pública em virtude da pandemia do coronavírus (Covid-19). O documento cita que Resende tem resultados positivos após diversas medidas de restrição de atividades econômicas e de circulação de pessoas e que tais medidas comprometem a economia local. Observa que o quadro epidemiológico de Resende permite gradual flexibilização das medidas de isolamento social, pois segundo a prefeitura, nos últimos 30 dias foi estável o nível de ocupação das unidades hospitalares e que estão consolidadas as ações de ampliação da rede hospitalar prevista no plano de contingência contra Covid-19.
Com a decisão, todas as lojas podem abrir, inclusive do setor de vestuário e material desportivo, calçados, lojas de móveis e eletrodomésticos, lojas de departamento, joalherias e congêneres, papelarias, lojas de música, lojas de fotografias, chaveiros, concessionárias e revendedoras de veículos. O decreto assegura que está permitido funcionar aos sábados apenas as atividades médicas, postos de combustíveis, transportadoras, mercados, açougues, hortifrútis, padarias, casas de ração e insumos agrícolas, loterias, serviços funerários, restaurantes e lanchonetes, lojas de conveniência, borracharias, oficinas mecânicas e lojas de material de construção.
No caso dos restaurantes, lanchonetes e lojas de conveniência poderão funcionar somente com até 30% de ocupação e até o horário das 18 horas. Após este horário, restaurantes e lanchonetes devem oferecer somente o sistema de atendimento delivery (entrega em domicílio). Para o funcionamento é obrigatório que o lojista higienize uma vez por turno e sempre na abertura do expediente todas as superfícies de toque por clientes e colaboradores, como mesas, teclados, máquinas de cartão de crédito, equipamentos e balcões. Na entrada dos estabelecimentos é obrigatório ter álcool gel 70% para uso de clientes e funcionários
Em caso de filas, deve ser demarcado no solo o distanciamento mínimo de um metro entre clientes. Lojas que trabalham com produtos de cosméticos para mostruário não poderão dispor da mercadoria para os clientes, fazer a chamada prova de produto. É o caso de perfumes, batons, bases, pó, sombras e cremes hidratantes, entre outros. Outra ação prevista no decreto é proibir a organização pelos segmentos em funcionamento de atividades promocionais, evitando formar aglomeração nas lojas.
O Decreto 13.206 determina que as atividades prestadas por atendimento presencial no interior das agências bancárias permanecerão suspensas até o dia 15 de maio. A exceção é para o sistema de autoatendimento de caixas eletrônicos e redes de cartão de crédito, débito, incluindo o desbloqueio e cadastramento de senha de cartões, bem como o pagamento de benefícios sociais sem uso de cartão magnético. Cabe à cada instituição bancária garantir a compensação bancária regular internamente. Em caso de filas, os bancos devem posicionar os clientes mantendo o distanciamento mínimo de um metro entre eles. O mesmo vale para as casas lotéricas.
ITATIAIA TAMBÉM FLEXIBILIZA A ABERTURA DO COMÉRCIO
JÁ a Prefeitura de Itatiaia editou no dia 23 o Decreto nº 3.433, divulgado no Boletim Oficial edição nº 46, assinado pelo prefeito Eduardo Guedes. Nele foram definidas medidas sanitárias de funcionamento de atividades comerciais no período de emergência em saúde pública em razão da pandemia do coronavírus.
O governo municipal também destacou as informações estratégicas em saúde, especialmente em relação aos resultados positivos alcançados depois de implementadas as diversas medidas de restrição de atividades econômicas e de circulação de pessoas, inicialmente indicadas para o primeiro enfrentamento à pandemia e lembra que as medidas de isolamento prejudicam a economia local. Estão funcionando desde o sábado, dia 25, as atividades comerciais: serviço médico, inclusive laboratórios, clínicas e óticas, consultórios de dentistas e serviços essenciais, como postos de combustível, transportadoras, mercados, açougues, hortifrútis, padarias, casa de ração e insumos agrícolas, bancos e loterias, serviços funerários lojas de aviamentos para confecção de máscaras, bem como hotéis que atendem caminhoneiros no âmbito da Rodovia Presidente Dutra e suas borracharias e oficinas localizadas nos postos de combustível em funcionamento próximo da Dutra.
Está autorizada a abertura e o funcionamento de todas as agências bancárias e casas lotéricas, as quais devem organizar filas tanto no ambiente interno quanto no ambiente externo a fim de serem mantidos os espaçamentos de dois metros entre as pessoas. Restaurantes e lanchonetes com no máximo 30% de ocupação respeitando o afastamento mínimo de 2,5 metros de distância entre uma mesa e outra poderão funcionar normalmente. As borracharias e oficinas mecânicas, lojas de material de construção, lojas de reparação de computadores, celulares e tablets, poderão funcionar das 12 às 18 horas.
Também permite que os prestadores de serviço, salão de beleza, barbeiros, assessoria, assistência técnica, encanador, eletricista e congêneres, funilaria e pintura de automóveis, vestuário e material desportivo, calçados, lojas de móveis e eletrodomésticos, lojas de departamento, joalherias e congêneres, papelarias, lojas de música, lojas de fotografia, chaveiros, possam funcionar entre 12 e 18 horas, com hora marcada, estritamente com um cliente por vez.
O decreto estipula ser obrigatório o uso de máscara de proteção facial contra o coronavírus em toda a área pública do município. Em relação aos templos religiosos, as atividades ficam permitidas, observada em qualquer hipótese, a ocupação máxima de 25% do total da capacidade estrutural de cada um, bem como a disponibilização de álcool gel 70%, vedada a entrada sem mascaras de proteção, devendo manter espaçamento entre fileiras e de pelo menos dois metros entre uma pessoa e outra.
RESENDE
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Resende, celebrou Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Concessionária Águas das Agulhas Negras, ao município de Resende e à Agência de Saneamento Básico do Município de Resende (Sanear). O objetivo é regularizar cobranças feitas aos consumidores pela concessionária, mas apontadas como ilegais pelos procuradores do estado. Da mesma forma, o documento dá maior respaldo à prefeitura, através da Sanear, fiscalizar a concessionária. O termo foi assinado no último dia 21 e já está em vigor.
Entre as irregularidades apontadas pelo MPRJ para justificar o TAC, está o condicionamento do restabelecimento do serviço de fornecimento de água ao pagamento de dívidas geradas por consumidores anteriores, que ocuparam o mesmo imóvel alvo de algum tipo de corte ou cobrança. Pelo acordo, nestes casos, a concessionária se compromete a efetuar a cobrança dos débitos “pendentes direta e exclusivamente sobre quem de direito, ressalvados os casos em que evidenciada fraude para burlar a interrupção no fornecimento dos serviços por inadimplência”. Todas as cobranças irregulares praticadas pela Águas das Agulhas Negras foram apuradas no Inquérito Civil n.º 063/2017.
Por sua vez, o município de Resende, através da Sanear, ganha respaldo para fiscalizar o integral cumprimento do TAC e adotar as providências administrativas em caso de descumprimento de quaisquer de suas cláusulas. O descumprimento de quaisquer das obrigações previstas e assumidas implicará no pagamento de multa diária no valor de R$ 500, incidente individualmente sobre cada hipótese concreta identificada, até a regularização integral da situação.
Para que isso ocorra com eficiência, o presidente da agência, Silvio Cesar Feste da Silveira, pede que todos os consumidores informem os casos diretamente a Sanear. “Pedimos a todos os consumidores que tenham algum tipo de dúvida ou que se sinta lesado nestes termos que entre em contato com a Ouvidoria da Sanear. Estaremos à disposição para tentar solucionar o caso e cobrar aqui o que for de direito do cidadão, como prevê o TAC assinado”, disse Silvio. O telefone da Ouvidoria é (24) 3359-2822.
OUTRAS MEDIDAS
Como parte do acordo, a Água das Agulhas Negras se compromete a adotar outras medidas. Nos condomínios em que a medição dos serviços e a respectiva cobrança ocorrer através de único hidrômetro, a empresa deverá promover todas as medidas necessárias para a adequada individualização desta medição por unidade autônoma e por área comum do condomínio, sempre que houver expresso pedido do consumidor. Tais adequações deverão ser realizadas em prazo razoável, ressalvando-se expressamente que todas as obras a serem realizadas na parte interna do condomínio são de responsabilidade exclusiva do consumidor, só cabendo à concessionária as intervenções fora dos limites da unidade condominial. Feita a individualização, a cobrança pelos serviços deverá ocorrer de forma separada e independente para cada unidade.
O TAC prevê ainda que o atraso no pagamento de qualquer uma das contas individualizadas implicará na suspensão do fornecimento exclusivamente para a unidade devedora, mas somente após o envio de prévio aviso de débito. E que a Concessionária se compromete a não mais efetuar o ‘desligamento com retirada do ramal’ nos casos de inadimplemento por mais de três meses. Dessa forma, a Águas das Agulhas Negras passa a admitir a interrupção da prestação dos serviços a pedido do consumidor, sem a necessidade de retirada do ramal e sem custos adicionais, devendo restabelecer o serviço diante de pedido expresso do mesmo. E se compromete a não mais cobrar qualquer valor pelo ‘restabelecimento de fornecimento no hidrômetro’, nem para efetuar seu desligamento, quando não houver a retirada do ramal.
Assinaram o TAC o promotor de Justiça Fabiano Cossermelli, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Resende; Gabriel Roberti, superintendente da Águas das Agulhas Negras; Diogo Balieiro Diniz, prefeito de Resende; e Silvio Cesar Fest da Silveira, diretor-presidente da Sanear.
MPRJ cumpre mandados de busca e apreensão contra PMs denunciados por recebimento de propina
VOLTA REDONDA
Vários mandados de busca e apreensão foram cumpridos ontem no município e em Barra Mansa, contra nove policiais militares denunciados à Justiça por associação criminosa e corrupção passiva. A ação foi realizada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), em parceria com a Corregedoria da Polícia Militar, por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) e auxílio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ).
Além da busca e apreensão, o MPRJ obteve junto à Auditoria de Justiça Militar o afastamento de oito militares denunciados, todos lotados no 28º Batalhão de Polícia Militar (BPM), dos seus respectivos cargos. O vereador Sidney da Silva Teixeira, o Dinho, está entre os denunciados. Ele já havia se licenciado da função de PM, ao se eleger vereador em Volta Redonda. Além dos crimes de associação criminosa e corrupção passiva, ele também foi denunciado por extorsão.
Procurado pelo A VOZ DA CIDADE, o vereador apresentou uma nota de esclarecimento assinada pelos advogados Antonio Carlos Guimarães OAB 54.304 e Fabrício Nemetala Guimaraes OAB 183.187. “A Assessoria Jurídica do vereador de Volta Redonda Welderson Sidney da Silva Teixeira, informa que já está ciente dos fatos desde o dia 08 de outubro e vem adotando medidas para colaborar com o esclarecimento dos fatos, nada tendo a temer em razão da certeza de sua inocência. Ressalta ainda que o mesmo vem cumprindo seu dever patriótico e contribuindo com as investigações”. Acrescenta também que estão sendo adotadas medidas no sentido de apurar e responsabilizar o vazamento de informações sigilosas, por parte dos órgãos responsáveis, uma vez que trazem riscos a sua integridade física e moral, assim como de seus familiares.
ORIGEM NAS OPERAÇÕES
As denúncias tiveram origem nas operações ‘Camará’ e ‘Katitula’, ambas deflagradas pela Polícia Federal de Volta Redonda em parceria com o Gaeco/MPRJ para apurar a existência de associação criminosa voltada para o tráfico de drogas em bairros da Comarca de Volta Redonda sob o domínio das facções criminosas Comando Vermelho e Terceiro Comando. As investigações da PF foram encaminhadas à Auditoria Militar para processamento dos crimes militares.
No decorrer das investigações, foi apurado que os traficantes desempenhavam suas ações ilícitas diante da conivência de alguns policiais militares lotados no 28º BPM, que recebiam valores para não coibirem o comércio ilegal. Além disso, os mesmos policiais recebiam o pagamento de propina de traficantes ligados a facções criminosas, o que permitia a livre comercialização de drogas em Volta Redonda.
A PARTIR DE DIÁLOGOS DE VOZ E SMS
De acordo com o MP, foi a partir de diálogos de voz e SMS. interceptados nas operações da PF, que foi descoberto que um dos policiais investigados negociava os pagamentos ilegais com os traficantes de drogas da região.
Já o vereador, conforme as investigações, além de receber pagamento de propina para deixar de praticar atos de ofício, também obrigou traficantes da região, mediante ameaça com o emprego de arma, a lhe pagar vantagens indevidas.
Além deles, também foram denunciados outros dois PMs por recebimento de propina para não reprimir o comércio irregular de drogas e medicamentos sem registro no Mercado Popular de Barra Mansa.
Outros três receberam propina para não efetuarem a prisão de um traficante, que foi abordado pelos policiais portando armas de grosso calibre, entorpecentes e outros objetos relacionados a atividades ilícitas.
Já dois deles foram denunciados por fazerem parte de um grupo, denominado ‘C-20’, que se associou aos comerciantes de medicamentos não regulamentados para que os produtos pudessem ser vendidos, ilegalmente, no Mercado Popular de Barra Mansa, sem que houvesse repressão por parte dos policiais.
MPRJ faz reunião para apresentar ao Flamengo medidas necessárias para adequação do seu Centro de Treinamento
RIO
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) promoveu reunião, na sexta-feira, dia 15, no foyer do edifício-sede, para que as instituições responsáveis pelas vistorias realizadas na terça-feira, dia 12, no Centro de Treinamento (CT) ‘Ninho do Urubu’, apresentassem as irregularidades identificadas, a fim de que o Flamengo adote todas as providências necessárias para regularização do espaço. A reunião foi continuidade do encontro realizado na segunda-feira, dia 11, pela força-tarefa mobilizada para tratar dos desdobramentos da tragédia ocorrida no CT, em Vargem Grande, na sexta-feira, 8, quando morreram dez jovens atletas de base do clube. Participaram representantes do MPRJ, do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Defensoria Pública do Rio, da Superintendência Regional do Trabalho, da Prefeitura, do Corpo de Bombeiros Militar, da Polícia Civil e do Flamengo.
Durante a reunião, presidida pela subdefensora pública-geral do Rio de Janeiro, Paloma Lamego, os representantes dos diferentes órgãos apontaram irregularidades observadas nas vistorias realizadas que precisam ser atendidas pelo clube. Dentre elas, há pendências relacionadas às instalações junto às secretarias municipais de Fazenda e de Urbanismo, exigências do Corpo de Bombeiros, além de demandas trabalhistas, urbanísticas e de saúde. De acordo com a prefeitura, o CT permanece interditado até que o clube regularize a situação.
O MPRJ apontou que o Grupo de Apoio Técnico Especializado (GATE/MPRJ) identificou construções irregulares no Centro de Treinamento. O relatório técnico da área urbanística será encaminhado para a Promotoria de Justiça com atribuição, que adotará as providências cabíveis. Também pontuou que o clube ainda não atendeu às demandas importantes como a necessidade da presença de uma ambulância e de equipe de enfermagem no CT.
Após a reunião, em entrevista coletiva para a imprensa, a promotora de Justiça Ana Cristina Huth Macedo informou que está finalizando um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) a ser firmado com o Flamengo, o que deverá ocorrer na próxima semana. O objetivo é acelerar a adequação do CT em relação às questões requeridas pelo MPRJ em ação civil pública (ACP) ajuizada contra o clube em 2015.
“Com os laudos que foram elaborados pelo GATE/MPRJ, nós já estamos alinhavando uma minuta de TAC com o Flamengo para fins de, uma vez materializado o acordo, apresentá-lo ao poder judiciário para por fim à ação civil pública, na qual o MPRJ conseguiu decisão determinando a interdição do CT para entrada, permanência e uso do espaço por qualquer criança e adolescentes. Nessa reunião prévia, o Flamengo se colocou à disposição do MPRJ para atender a todas as nossas demandas, o que faremos no decorrer da próxima semana”, informou Ana Cristina Huth Macedo, que complementou: “Fizemos contato com todas as famílias dos adolescentes e verificamos que eles têm o sonho e o desejo de retornar ao clube, e nós compartilhamos desse sonho. Por isso vamos fazer com que todas as providências cabíveis sejam cobradas do Flamengo e adotadas o mais rápido possível para que esses adolescentes possam seguir suas ambições”.
Além da promotora, representantes da Defensoria Pública, do MPT, da Superintendência Regional do Trabalho e do Flamengo esclareceram questões levantadas pela imprensa.