VOLTA REDONDA
A Defensoria Pública da União (DPU) em Volta Redonda, articulada com diferentes coletivos urbanos e comunidades quilombolas, além da Universidade Federal Fluminense ( UFF), Fórum Justiça, Museu Nacional e Movimento Pela Ética na Política (MEP), estará promovendo um importante evento no município. Trata-se do I Seminário Virtual sobre Palmares nas comunidades Quilombolas e nos Coletivos Urbanos do Sul Fluminense, amanhã, dia 3, a partir das 18 horas, com transmissão pelo canal da DPU no Youtube https://www.youtube.com/dpuoficial.
O evento, de acordo com os organizadores, é parte da ação cultural realizada a partir da aquisição e distribuição às comunidades quilombolas. São centenas de exemplares das obras (HQ) Cumbe, que mostram a resistência contra a violência das senzalas brasileiras e Angola Janga. Conta a história do maior quilombo brasileiro, Palmares, marco de resistência na luta contra a escravidão, do escritor Marcelo D’Salete, professor, ilustrador e quadrinista, graduado em artes plásticas e mestre em história da arte. O escritor participará de breve diálogo sobre as obras com as lideranças das comunidades quilombolas da região.
O seminário, que faz parte do projeto “A DPU vai onde o povo pobre está”, será aberto e contará com participação de cidadãos e de lideranças para conhecer o envolvente projeto.
VOLTA REDONDA
A Comissão de Defesa da Defensoria Pública da União (DPU) de Volta Redonda, criada em julho deste ano, diante das ameaças de fechamento das DPU’s nos interiores do Brasil, participou recentemente de um encontro com o Defensor Público Federal, Claudio Santos. A audiência teve como finalidade compartilhar informações das cartas e abaixo-assinados com mais de duas mil assinaturas enviadas às autoridades e instituições nacional sobre a Medida Provisória da DPU, que precisava da aprovação dos deputados e senadores, antes que ela ‘caducasse’.
Para o Defensor, que é coordenador da DPU em Volta Redonda, o movimento ganhou um folego a mais por uns dez anos. “A MP 888\2019 foi aprovada pelas casas legislativas no dia 15 de outubro”, informou Claudio Santos ao apresentar o comunicado da Defensoria Geral da União. Nele, o registro da aprovação e referência às mobilizações populares e políticas. “Agradecemos o apoio de todas as entidades listadas neste processo e solicitamos a DPU-VR na manutenção dessas relações”, completou.
INFORMES DE ALGUMAS RESPOSTAS
O secretário da comissão, Edir Antônio, também deu informes de algumas respostas de e-mails recebidos. “Vamos dar o retorno à sociedade desta vitória. Manter a vigilância e dar foco ao urgente debate e aprovação do PL 7922\2014, assim garantir a estruturação e carreira de apoio a DPU nos interiores”, ressaltou Edir Antônio. Na sequência, as outras pessoas presentes na reunião, como representantes do Projeto ‘A DPU vai onde o povo pobre está’, assistidos da DPU, Movimento Pela Ética na Política (MEP), Cooperativas de Catadores, Fórum Justiça, Defensores da Paz e outros, ficaram animadas com a boa notícia.
Os convidados também debateram outras demandas da Defensoria, como a situação das estruturas dos conjuntos do “Minha Casa, Minha Vida”, a luta dos grupos de catadores quilombolas, pescadores, povos indígenas entre outras necessidades dos empobrecidos da região.
CONVITE PARA AUDIÊNCIA DO DIA 13 DE DEZEMBRO
Agradecido pela mobilização dos movimentos, o Defensor Claudio Santos convidou a todos para participar da audiência de prestação de conta da instituição, que vai acontecer no dia 13 de dezembro deste ano, na Universidade Federal Fluminense (UFF), Campus Aterrado.
Vale lembrar que a notícia sobre o possível fechamento da DPU em várias idades, como em Volta Redonda, surgiu em julho do abo passado. Desde então, várias ações contra o fechamento da DPU –VR foram realizadas.
VOLTA REDONDA
Depois de um pouco mais de um mês de apelos, reuniões, ato público e abaixo-assinados, a Comissão de Defesa da DPU em Volta Redonda, em ato simbólico assinou e encaminhou os blocos de documentos às instituições da República. O documento de 30 páginas ratifica o apelo ‘público’ para que o PL 7922|14, sobre a estruturação definitiva das DPU’s nos interiores País tramite com urgência na Câmara dos Deputados e Senado Federal, em Brasília.
Vale lembrar que o PL visa a criação de quadro de servidores próprio para o órgão, estrutura o Plano de Carreiras e Cargos da instituição e fixa o valor de suas remunerações.
Uma das integrantes da Comissão e mãe de uma assistida pela DPU desde 2015, Ana Carla Néri assinou a ‘carta-espelho’ na rua, uma vez tem que ficar próxima da filha. “Nossa expectativa é que as autoridades entendam a importância das Defensorias nos municípios do interior. A aprovação definitiva da Lei trará segurança aos assistidos e também aos servidores”, declarou Ana.
ASSINATURA DO DOCUMENTO
Felix Pelayo, também membro da comissão e ligado a Pastoral da População em Situação de Rua, junto com outros assinou o documento bastante confiante. “A DPU presta um serviço importante à sociedade. A solidariedade de tanta gente deu significado e importância ao belo trabalho da DPU”, afirmou Felix.
Ontem mesmo, Nerina Azevedo e Edir Oliveira, membros da Comissão entregaram os documentos à Cúria Diocesana e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-VR), aos cuidados do Bispo Diocesano Dom Luiz Henrique da Silva Brito e do presidente da instituição, Alex Martins, respectivamente para serem enviados às presidências da CNBB e da OAB-Federal. À Presidência da República, do Senado, da Câmara de Deputados e da DPU-Geral foram encaminhados via correio e outros via e-mails.
De acordo com a Guarda Municipal, cerca de 500 pessoas participaram, nesta quarta-feira, 24, do ato ‘Abraço Simbólico à DPU’ no município. E conforme os organizadores, o número de participantes chegou a 700. O movimento, organizado pela Comissão em Defesa da Defensoria Pública da União (DPU), com apoio total do Chefe da unidade na cidade, o Defensor Público Federal Cláudio dos Santos e outros servidores, além da Câmara de Vereadores, aconteceu no início da tarde, com grande concentração no final da manhã na Praça Sávio Gama, em frente ao Palácio 17 de Julho, no Aterrado e em seguida o abraço à DPU.
Da praça, os manifestantes seguiram a pé pela Avenida Paulo de Frontin em direção à sede da Defensoria Pública da União, localizada na Avenida Lucas Evangelista, também no Aterrado. O ato foi encerrado com o abraço simbólico à DPU e fala das lideranças e dos assistidos pela Defensoria da União. O manifesto, que havia sido marcado na semana passada quando a DPU tinha data para ser fechada, no próximo dia 27, foi mantido mesmo depois da assinatura da Medida Provisória (MP) 888/2019 que mantém na DPU os 819 servidores requisitados do Poder Executivo Federal.
OBJETIVO
Segundo os organizadores, o objetivo foi informar a população sobre a importância dos serviços prestados pela DPU, que só se manterá aberta por tempo determinado após assinatura de uma Medida Provisória pelo presidente Jair Bolsonaro, no último dia 18. Lembraram ainda que a ideia agora é buscar apoio dos deputados federais eleitos pelo Estado do Rio para a aprovação do Projeto de Lei nº 7922/2014. Vale lembrar que o PL dispõe sobre a estruturação do Plano de Carreiras e Cargos dos Servidores da Defensoria Pública da União, fixando o valor de suas remunerações, entre outras providências. Durante o ato, foi lançado ainda um documento de apelo ao Congresso Nacional, com assinaturas para a aprovação o PL, que define de vez a permanência da DPU em Volta Redonda. ATENDIMENTO
Foi lembrado no ato que a DPU de Volta Redonda atende quatro municípios que compõem a regional, como Volta Redonda, Barra Mansa, Pinheiral e Rio Claro. O chefe da DPU-VR destacou que a unidade atende ainda demandas diversas de outras 11 cidades da Região Sul Fluminense e da Costa Verde. Por isso, a importância da luta para manter a unidade em funcionamento. Não só por um período determinado, mas para sempre. “Para isso, é importante que o PL, que tramita em regime de urgência e será agora analisada pelo Plenário, seja aprovado. Com isso, os movimentos a favor da DPU devem continuar”, explicou.
PARTICIPARAM
Participaram do ato, além de servidores da DPU-VR, representantes de entidades e segmentos diversos, de associações de moradores, religiosos, assessores dos deputados Carlos Minc e Antonio Furtado, o presidente da Câmara de Vereadores de Volta Redonda Edson Quinto, os vereadores Paulinho do Raio X, Rodrigo Furtado, o presidente da OAB-VR Alex Martins, o coordenador do Movimento Pela Ética na Política (MEP) José Maria da Silva, o Zezinho, e, principalmente pessoas assistidas pela Defensoria do município e de outras cidades da região.
Possível fechamento da DPU em Volta Redonda gera surpresa e ato contra a decisão é marcado para dia 15
O possível fechamento da Defensoria Pública da União (DPU) em cidades diversas do interior do País, como Niterói, Baixada Fluminense e, principalmente em Volta Redonda, pegou centenas de pessoas de surpresa. A notícia já está mobilizando entidades que são contra a decisão. Um dos primeiros atos já foi marcado e será na próxima segunda-feira, 15, às 16h30min, pelo Movimento Pela Ética na Política (MEP).
Segundo informou o coordenador do MEP, José Maria da Silva, o Zezinho, como milhares de pessoas, os membros do MEP ficaram surpresos com a notícia da possibilidade do fechamento de várias unidades da DPU nos interiores do país, inclusive a de Volta Redonda. Por isso, o Movimento manifestou pública preocupação e solicitou audiência ao Chefe da unidade em Volta Redonda, o Procurador Claudio Luiz dos Santos, que atende a dez municípios da Região Sul Fluminense. O coordenador receberá a equipe na sede da DPU.
Coletivos de Movimentos e diferentes representações irão dialogar com o Servidor Federal sobre a ‘preocupante da situação’. “Gostaríamos que seu coletivo ou instituição participasse conosco deste ‘colóquio proativo de solidariedade’”, disse Zezinho.
COMUNICADO
Em comunicado oficial na quarta-feira, 10, a DPU informou que terá que devolver ao Executivo 63% dos servidores que atuam no órgão e por conta disso atendimento ficará restrito à capital. A medida consta no plano emergencial a ser executado, caso a instituição, que é autônoma, não consiga reverter decisão do Poder Executivo, que estabeleceu a data de 27 de julho de 2019 como prazo final para devolução dos 828 servidores em atuação no órgão. A justificativa é de que os requisitados, como são chamados, representam 63% da força de trabalho administrativa nas 70 unidades da DPU pelo Brasil.
Para não fechar as portas no interior, a DPU depende agora de edição de Medida Provisória que estenda a permanência dos servidores na instituição ao menos até a aprovação do Projeto de Lei 7.922/2014 no Congresso Nacional, que prevê a criação da carreira administrativa da DPU, mas que até hoje não foi apreciado em Plenário na Câmara dos Deputados. Em 23 de maio, a DPU enviou ofício à Casa Civil da Presidência da República demonstrando a urgência e relevância da situação, com o intuito de garantir solução política para a questão por meio de MP.
CARÁTER EMERGENCIAL
Em caráter emergencial, a DPU foi criada em 1995 em caráter emergencial e provisório. Desde então, depende dos servidores requisitados para funcionar. Além dos 645 defensores públicos federais, a DPU conta com 487 cargos providos oriundos do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE), servidores públicos federais que fizeram concurso específico para o órgão. Todos os demais pertencem ao Executivo, que tem ao todo 621 mil servidores. Os requisitados da DPU representam 0,13% dos cargos do Executivo. A título de comparação, o Ministério Público da União (MPU) conta com força de trabalho administrativa de 10 mil pessoas.
Em 2014, foi aprovada a Emenda à Constituição (EC) 80, que estabeleceu prazo de oito anos (2022) para que todo município com sede da Justiça Federal contasse também com a presença da DPU. Atualmente, a instituição está em menos de 30% dos municípios em que deveria estar e chega a 55% dos 75 milhões de brasileiros com renda familiar de até R$ 2 mil. Com o fechamento das unidades do interior, o alcance cairá para 34% desse público. O percentual representa quase 50 milhões de pessoas de baixa renda sem possibilidade de acesso integral e gratuito à Justiça Federal.
SOBRE A DPU
A DPU é instituição permanente e autônoma, essencial à função jurisdicional do Estado, criada para resguardar o direito das pessoas de baixa renda no âmbito da Justiça Federal. A maior parte das demandas da população diz respeito ao direito previdenciário e ao direito à saúde, como medicamentos, leitos em UTI e tratamentos. A DPU atua também perante grupos socialmente vulneráveis, como pessoas em situação de rua, idosos, pessoas com deficiência, mulheres, população LGBTI, indígenas, migrantes, refugiados e catadores de recicláveis.
Algumas das atuações proativas recentes da DPU tiveram significativa repercussão, como a assinatura em 2018, conjuntamente com outras instituições, de acordo extrajudicial para assegurar avanços em relação à reparação de danos aos atingidos pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG). Outro exemplo relevante é o atendimento ininterrupto a partir de agosto de 2018 aos imigrantes em Pacaraima (RR), na fronteira entre o Brasil e a Venezuela.
A unidade da Defensoria Pública da União em Volta Redonda (DPU-VR) divulgou nesta semana a agenda com as ações itinerantes para o ano de 2019. Através da Prática “A Defensoria Vai Aonde o Povo Pobre Está”, uma equipe da DPU se desloca até as comunidades da Região Sul Fluminense e da Costa Verde. O objetivo é prestar assistência jurídica integral e gratuita à população mais necessitada, além de promover a educação em direitos.
Ao se deslocarem até as comunidades, defensores e colaboradores da DPU têm a oportunidade de acompanhar de perto as principais dificuldades enfrentadas pela população e traçar um diagnóstico mais completo que permite pensar em atuações eficazes, prioritariamente extrajudiciais, para a solução de demandas locais. Vale lembrar que na busca por essas soluções surgem parcerias como a que foi feita com o INSS no uso da plataforma INSS-Digital.
APROXIMAÇÃO
Além disso, a Prática visa também a aproximação entre as comunidades e os coletivos, proporcionando o fortalecimento mútuo através de trocas de experiências e vivências em área de dificuldade comum. É com essa intenção que, ao final de cada ano, é realizada uma audiência pública na sede da DPU-VR, para avaliar as ações e trocar experiências.
Confira o calendário com as próximas ações.
A principal novidade deste ano é o uso da plataforma INSS-DIGITAL pela equipe da DPU, fruto de uma parceria com a Agência Executiva do Instituto Nacional do Seguro Social em Volta Redonda. Com isso, durante os atendimentos realizados no bojo da Prática “A Defensoria Vai Aonde o Povo Pobre Está”, os membros das comunidades e dos coletivos atendidos poderão formalizar requerimento de concessão de benefício para análise da autarquia previdenciária, via DPU, sem a necessidade de agendamento.
AUXILIAR NA TRANSFORMAÇÃO
Segundo o coordenador das ações itinerantes na unidade da DPU em Volta Redonda, o Defensor Público Federal Claudio Santos, a prática contribui para “auxiliar na transformação do modelo de atendimento atual frio, mecânico e distante das realidades sociais dos mais pobres, que denominamos de ‘espera passiva’ ou ‘atuação reativa’ para um modelo que se orienta pela ‘busca ativa’ para conhecimento de perto dos problemas enfrentados pelos grupos que necessitam de atenção especial do Estado”.
Há duas semanas ações foram realizadas em Barra do Piraí, junto a catadores de material reciclável, e Rio Claro, na comunidade quilombola do Alto da Serra.
A comunidade quilombola Alto da Serra, em Rio Claro foi atendida pela equipe da DPU, coordenada pelo Defensor Claudio Santos. Ele tirou dúvidas da população sobre questões previdenciárias e em seguida prestou atendimentos individuais. Também foi feito um acompanhamento do andamento de demandas coletivas, como questões estruturais da escola quilombola.
Além desses dois municípios, este ano já foram realizadas ações em Mangaratiba, Resende e Paraty. A agenda da Prática ainda prevê para 2019 atendimentos em Valença, Quatis, Barra Mansa, Pinheiral, Paraíba do Sul e Angra dos Reis, além do retorno aos municípios já visitados. Os atendimentos são voltados para comunidades tradicionais remanescentes de quilombos, indígenas e caiçaras, além de coletivos de catadores de materiais recicláveis, pessoas em situação de rua e outros grupos em situação de vulnerabilidade.