ANGRA DOS REIS
A forte chuva que atingiu a cidade de Angra dos Reis, no domingo, dia 20, deixou 23 famílias desalojadas e causou deslizamento de terra. Segundo informações da Defesa Civil, moradores de mais de 20 bairros localizados em áreas de risco deixaram as residências e foram abrigados em pontos de apoio. As sirenes foram tocadas em 16 localidades. Ainda de acordo com a Defesa Civil, o município está em estado de alerta máximo.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, somente no domingo, dia 20, num período de 12 horas, foram registrados 271,69 milímetros de chuva. Também à noite, devido à grande quantidade de barro, galhos e lixo arrastados durante o temporal, a Rodovia Rio-Santos teve o trânsito paralisado na altura do condomínio Mata Atlântica. Na descida do Morro da Cruz, uma barreira caiu e impediu por horas a passagem de veículos nos dois sentidos da pista.
Segundo declarou o prefeito Fernando Jordão, todos os bairros da cidade são monitorados. Nesta segunda-feira, dia 21, as aulas dos próximos dias foram canceladas e as escolas foram liberadas para receber as famílias desabrigadas. O Chefe do Executivo destacou que a Defesa Civil segue evacuando as áreas de risco. Apelou o prefeito que, quando a sirene tocar, as pessoas devem deixar a residência. “Você pode ir aos pontos de encontro, que são as escolas do município. Eu já autorizei as escolas a estarem todas abertas para que, na evacuação, as pessoas possam buscar abrigo nas escolas”, informou o Chefe do Executivo.
O transporte coletivo, que chegou a ser suspenso na noite de domingo, dia 20, por causa do alagamento das ruas, atua normalmente na manhã desta segunda-feira, dia 21.
BARRA MANSA
A Prefeitura de Barra Mansa, por meio da Secretaria de Ordem Pública, informa que os agentes da Defesa Civil estão atuando nesta segunda-feira, 07, em sistema de alerta total. A medida se deve ao aumento da vazão de Furnas de 404 metros cúbicos por segundo para 456 metros cúbicos por segundo, fato comunicado oficialmente ao órgão no fim da manhã desta segunda-feira, dia 7.
Segundo o coordenador da Defesa Civil, João Vitor Silva Ramos, em menos de 24 horas é o terceiro aumento da vazão realizado por Furnas. “O nível do Rio Paraíba do Sul está em 3,82 metros e com uma vazão de 738 metros cúbicos por segundo. Com a nova vazão e a previsão de chuvas fortes na região para as próximas horas há riscos de transbordo do Paraíba no município”, destacou o coordenador.
As equipes já estão se deslocando até os bairros onde existem históricos de cheias do Paraíba, como Vila Maria, Saudade, Vista Alegre e Vila Nova, a fim de alertar e orientar os moradores que residem próximo às áreas ribeirinhas.
As ocorrências provocadas pelas chuvas devem ser comunicadas à Defesa Civil através do telefone 199.
Nível do Rio Paraíba do Sul começa a baixar após Furnas reduzir a vazão e ruas de barra Mansa são limpas
BARRA MANSA
O nível do Rio Paraíba do Sul começou a baixar na tarde deste sábado, 05, em Barra Mansa, após a Represa de Furnas reduzir a vazão de água. A medida foi solicitada pela Defesa Civil, pois a cheia do rio já havia tomado ruas dos bairros Vista Alegre, Vila Maria e Eduardo Junqueira; além do distrito Floriano e a Avenida de Argemiro de Paula Coutinho, no Centro.
“O sistema de monitoramento de Furnas chegou a sair fora do ar, mas quando foi atualizado, constatamos que a vazão estava a 440 m³/s, o que estava dentro da vazão mínima, reduzindo para 315 m³/s. A vazão do rio estava a 934 m³/s; o que é muito alto. Horas após pedirmos para que essa vazão fosse reduzida na represa, a do Paraíba do Sul caiu para 315 m³/s. A água que havia tomado vários pontos da cidade, começou a escoar”, disse o coordenador da Defesa Civil, João Vitor da Silva Ramos, acrescentando:“O nível do Rio Paraíba do Sul em Barra Mansa chegou a atingir 4,46m hoje, sendo que o normal é de 2,50m. Consideramos 4,5m como crítico, para se ter uma ideia. Após a redução da vazão, por volta das 14h, o nível começou a baixar e às 17h já estava em 4,23m. As ruas foram ficando desobstruídas”, explicou João.
Equipes do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) e da Secretaria Municipal de Manutenção Urbana (SMMU) irão até os locais para fazerem a limpeza das vias.
Em caso de situações de emergência, os moradores podem acionar as equipes através dos números 199 ou (24) 3028-9370. Se alguma família ficar ilhada devido a alagamentos pode acionar o Corpo de Bombeiros através do 193.
Em Barra do Piraí, a Secretaria de Defesa Civil da Prefeitura informa que as vazões à montante da Elevatória de Santa Cecília estão em redução. Segundo o boletim das 14 horas, deste domingo, 6, em Santa Cecília, o volume apresenta oscilações de valores.
Segundo o boletim das 18 horas da Defesa Civil de Barra do Piraí, após baixar gradativamente, o nível do Rio Paraíba do Sul vai sofrer nova elevação. A afirmação foi feita, no início da noite deste domingo, 6, pela empresa Furnas, responsável pela represa de Funil, em Itatiaia. O aumento das vazões acontece a partir deste momento, na região das Agulhas Negras, com reflexos também em Barra do Piraí, na madrugada desta segunda-feira, dia 7.
Prefeitura de Magé forma 73 crianças e adolescentes em agentes mirins da Defesa Civil
MAGÉ
Depois de um mês de muito treinamento e aprendizagem, 73 crianças e adolescentes que participaram da primeira turma do “Projeto Defesinha” receberam o certificado de conclusão numa cerimônia realizada neste sábado, dia 25, no poliesportivo Renato Medeiros, em Fragoso.
A melhor forma de mudar o mundo, segundo o secretário de Proteção e Defesa Civil, José Amaral, é pela Educação. “E nós temos que fazer com que as crianças interajam conosco e levem para suas casas o que é o trabalho da Defesa Civil. A maioria das pessoas que participou do nosso projeto mora em áreas de encosta ou próximo a rios e montanhas. Com o conhecimento que passamos, eles vão poder ajudar lá na frente os pais e a sua comunidade sobre o que fazer no período de risco. Eles não vão atuar, mas vão saber explicar como agir no momento”, contou o secretário de Proteção e Defesa Civil, José Amaral.
HISTÓRIA DA DEFESA CIVIL
Durante todo o mês de setembro, os pequenos mageenses tiveram a oportunidade de conhecer a história da Defesa Civil e participar de atividades físicas, ordem unida, primeiros socorros e prevenção de acidentes domésticos. Além de uma visita ao 2º Grupamento de Socorro Florestal e Meio Ambiente (GSFMA), em Magé.
Andrew Gustavo de Souza, tem 15 anos e mora em Piabetá. Para ele, o curso trouxe motivação para entrar na carreira militar. “Eu aprendi muitas coisas. Conheci mais sobre o meu Estado, a Polícia, o Corpo de Bombeiros e é claro sobre a Defesa Civil. Pensei que quase ninguém fosse se inscrever, mas a turma começou a crescer. Conheci novos amigos e isso me incentivou a entrar nas Forças Armadas, porque já era um desejo e depois de hoje tenho certeza que é isso que quero”, afirmou.
IMPORTÂNCIA DE CAPACITAR AS CRIANÇAS
A vice-prefeita de Magé, Jamille Cozzolino, esteve na cerimônia acompanhada dos secretários de Comunicação e Saúde, Bruno Lourenço e Larissa Storte. Ela destacou a importância de capacitar as crianças. “Nosso governo se preocupa em não só capacitar os adultos, mas as nossas crianças que são o futuro da nossa cidade. Um curso como esse incentiva ao militarismo, ao trabalho comunitário e quem sabe no futuro entrar na Defesa Civil. Estamos cuidando do mageense com muito amor e oferecendo capacitações. Assim será durante toda nossa gestão”, garantiu Jamille.
Segundo o secretário de Proteção e Defesa Civil, o projeto não vai parar e em breve uma nova turma será formada. “Começamos com 40 crianças e encerramos a primeira turma com mais de 70 alunos. Foi um mês de trabalho aos sábados e vamos estender esse projeto, porque teve um muito retorno. Em breve vamos abrir as inscrições e quem se interessar é só ficar atento às redes sociais da Prefeitura”, finalizou José Amaral.
Defesa Civil de Volta Redonda poderá contar com projeto de monitoramento de rios e sistema de drenagem urbana
VOLTA REDONDA
Com a ideia de valorizar os talentos da cidade, estimulando o capital intelectual de Volta Redonda, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SMDET) intermediou nesta segunda-feira, dia 20, a apresentação de um projeto-piloto para monitoramento de rios e sistema de drenagem urbana desenvolvido pela Embeddo, startup volta-redondense. A ferramenta promete auxiliar a Defesa Civil durante o período de Alerta de Verão, que vai do dia 1º de novembro a 31 de março, meses em que há o pico de chuvas.
A apresentação contou com a participação do secretário da SMDET, Sérgio Sodré, o coordenador municipal da Defesa Civil, Rubens Siqueira, diretores da startup e representantes do Núcleo de Inovação e Tecnologia do Campus Volta Redonda do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ). Além deste projeto-piloto, a Embeddo estuda desenvolver um serviço experimental de tecnologia para redução da perda de água pelo Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) de Volta Redonda. As ações não trarão custo ao município. “A ideia é trazer a ‘tecnologia das coisas’, ou seja, sensores inteligentes e conectividade para os itens usados no dia a dia e poder dar informação tanto para o Saae quanto para a Defesa Civil. Iremos ajudá-los a terem informações a qualquer momento, em qualquer lugar, para que as decisões possam ser tomadas antecipadamente”, explicou o CEO da Embeddo, Daniel Giacometti.
TECNOLOGIA PARA AUXILIAR A DEFESA CIVIL
Ainda segundo Giacometti, a tecnologia para auxiliar a Defesa Civil de Volta Redonda surgiu da premissa de que o desenvolvimento de um sistema de monitoramento de rios e sistema de drenagem urbana seria um ganho tanto para a população quanto para a prefeitura. O objetivo é implementar antes do período de chuvas ainda este ano. “Sabemos que alagamentos e cheias na época do verão são um problema crônico. E a SMDET levantou este ponto como sendo importante, porque atendia a necessidade da população e também por ser uma ação interessante de ser desenvolvida, e, depois ampliada”, explicou o representante da startup, completando: “No caso do Saae, eles têm um volume muito grande de perda de água, com vazamentos e furtos. A ideia é fazer o experimento piloto em um bairro, utilizando a tecnologia para diminuir esta perda. E assim reduzindo custos e ajudando também a população”.
A Embeddo utiliza serviços de tecnologia junto a empresas privadas como a MRS Logística, Ambev e Peugeot Citroën, seja para a prevenção de acidentes quanto na otimização do processo de produção.
FORMA MANUAL
O coordenador da Defesa Civil destacou que hoje o órgão conta com informações colhidas de forma manual por seus agentes ou instituições e empresas parceiras e, que a implantação de sistemas tecnológicos auxiliará o trabalho, principalmente no período crítico que é o do Alerta de Verão. “Estamos muito felizes, primeiro porque é uma iniciativa de jovens que estão dentro de Volta Redonda, através do IFRJ, promovendo esta integração. Isso para a Defesa Civil é um ganho muito grande, porque a nossa capacidade de resposta que já é boa vai ficar em padrão de excelência”, relatou o coordenador.
Declarou também o coordenador que, além dos mecanismos e dispositivos, vai ter todo um sistema de suporte técnico. Lembrou que este sistema de calibragem tem que ser preciso. “Então ter uma ferramenta dessas, dentro da minha cidade, atendendo as necessidades da nossa população, facilita muito as ações da Defesa Civil na capacidade de resposta”, enfatizou Rubens.
DESENVOLVENDO E VALORIZANDO TALENTOS
O secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Sérgio Sodré lembrou que o prefeito Antonio Francisco Neto lhe deu o desafio de identificar talentos de Volta Redonda e valorizá-los, e é isso que ele tem buscado fazer.
Disse o secretário que este é um projeto inovador que poderá ser replicado, não é exclusivo para a Defesa Civil de Volta Redonda. Tem tudo para ser um case de sucesso e replicado no país inteiro. “Isso motiva não só quem está estudando, mas também aos jovens que querem empreender, criar suas próprias startups. Mostra que é possível ter uma empresa de tecnologia e inovação a este nível, como é o caso da Embeddo”, concluiu Sodré.
VOLTA REDONDA
Para garantir um atendimento de excelência para a população e mais qualidade para o trabalho da equipe, a prefeitura de Volta Redonda reestruturou toda a sede da Defesa Civil do município. O local chegou a ser ameaçado de interdição, principalmente pelos numerosos problemas estruturais. Além de muita sujeira, o cenário encontrado tinha vazamento de esgoto, infiltração e rede elétrica precária.
Os banheiros não tinham vasos sanitários e o esgoto passava a céu aberto; as paredes estavam quebradas e descascadas, com emboço soltando e colocando em risco a vida da equipe; havia infiltrações na maioria dos cômodos, o que poderia causar curto circuito nas instalações elétricas, que também estavam precárias; o almoxarifado estava com a porta totalmente pobre, o que permitia a entrada de animais. Além disso, no local não havia nenhum extintor de incêndio e a iluminação contava com apenas seis lâmpadas.
Ambiente está totalmente humanizado
Com a reforma, o ambiente está totalmente humanizado. Foram removidas as infiltrações, vazamento de esgoto, as paredes foram descascadas e emboçadas. Foi feita também a revisão na parte elétrica e reposição dos extintores de incêndio. Para garantir a estabilidade e segurança do prédio, foram utilizados 15 sacos de cimento em uma acomodação de solo na àrea dos fundos da sede, que estava com afundamento de piso.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Rubens Siqueira, com a reestruturação do espaço será possível melhorar a produtividade e a autoestima da equipe. “O objetivo da administração municipal foi de reconstruir toda a destruição que o governo anterior deixou, ao longo dos quatro anos, tanto na estrutura física tanto na questão de motivação dos servidores. Tenho certeza que essa reestruturação vai contribui para a melhoria da produtividade dos colaboradores, que ficam mais dispostos e motivados, além de aptos emocionalmente para entregar resultados, pois eles se sentem respeitados”, disse o coordenador.
VOLTA REDONDA
Com o fim do período de chuvas, a Defesa Civil de Volta Redonda prioriza o monitoramento de áreas ribeirinhas durante a estiagem. O objetivo é diminuir riscos, impedindo construções irregulares, escavações e ocupações desordenadas que coloquem em risco a integridade física e patrimonial de moradores.
A ação segue o Plano Municipal de Contingenciamento, criado em 2010 por meio de decreto do prefeito Antonio Francisco Neto, que define estratégias de antecipação, prevenção, mobilização e atuação de secretarias e autarquias do governo – municipal estadual e federal – no caso de desastres naturais na cidade.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Volta Redonda, Rubens Siqueira, as ações rotineiras do órgão visam se antecipar a eventuais ocorrências. “Neste período, a Defesa Civil prioriza as áreas ribeirinhas e entorno da bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul. Os técnicos visam evitar atos inseguros de moradores que estão em áreas de vulnerabilidade, como escavações e construções irregulares. A prevenção e orientação é uma garantia de segurança para a população”, frisou Rubens.
Manter o plano de contingenciamento
O coordenador da Defesa Civil lembrou que apesar de Volta Redonda ser uma cidade resiliente, é muito importante manter o plano de contingenciamento atualizado, visto que problemas como alagamentos, deslizamentos e desmoronamentos não escolhem hora para acontecer. “A nossa equipe é formada por agentes civis capacitados, motivados, preparados para uma pronta resposta. Cada qual sabe o que fazer e como fazer ao chegar ao local do sinistro: isolar a área; fazer o levantamento de informações fundamentais para um procedimento seguro; verificar a existência de vítimas, adultos ou crianças; se no local tem carga tóxica; evitar aglomerações e curiosidades de terceiros que prejudicam o trabalho. O cenário de riscos deve ser identificado logo para um atendimento com segurança”, disse Rubens, citando o incêndio no início do ano, em uma loja na Avenida Amaral Peixoto, centro comercial da cidade, onde a Defesa Civil ajudou a isolar a área e inspecionar o local, num trabalho conjunto com as secretarias municipais, Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar.
Superando as restrições da pandemia
Acostumada a fazer palestras e debates junto a empresas, associações de moradores, clubes de serviços e escolas, ampliando os programas de conscientização para adoção de comportamentos seguros, que não coloquem em risco a integridade física e patrimonial das pessoas, a Defesa Civil teve também que se adaptar aos tempos de pandemia da Covid 19. Através do uso da ferramenta online com grupos reduzidos, o órgão continua promovendo ações de orientação e instrução. O detalhe é respeitando o distanciamento social, uso de máscaras e álcool em gel. “Quando são atividades presenciais, elas são realizadas no nosso Centro de Instrução, no qual todos os protocolos são adotados, restringindo o contato pessoal, permanecendo o menor tempo possível em ambientes fechados“, garantiu Rubens Siqueira.
Ele informou que ainda este ano será realizado um seminário da Defesa Civil no auditório da sede, que fica na Ilha São João, com capacidade para 50 pessoas, de forma confortável com distanciamento e uso de máscaras. O evento visa a troca de informações e experiências com integrantes regionais de Defesa Civis na superação de desastres naturais e casos de emergências. O seminário ainda não tem data para acontecer.
A Coordenadoria de Defesa Civil de Volta Redonda divulgou o balanço do Alerta de Verão 2020/2021, que vai do dia 1º de novembro ao dia 31 de março, meses em que há o pico de chuvas e maior registro de atendimentos. Neste período, o órgão atendeu 382 ocorrências, com 85 interdições de imóveis e 220 pessoas afetadas, a maioria como maneira preventiva. O bairro mais afetado foi o Retiro, sendo que os deslizamentos foram as ocorrências mais comuns.
Durante os cinco meses, Volta Redonda registrou um volume de chuva de 943,7 milímetros, considerado alto, mas dentro do esperado para o período de alerta, de acordo com o coordenador da Defesa Civil, Rubens Siqueira. Ele destacou que de janeiro a outubro, o órgão realiza ações de prevenção, preparando a população e a estrutura pública para o período mais crítico, que é de novembro a março, quando chove mais e as equipes ficam de prontidão, 24 horas por dia.
“A Defesa Civil teve uma quantidade de ocorrências dentro do previsto no período de alerta. De novembro a março, se refere ao período de chuvas fortes. O que vamos ter uma variável é no volume de chuva. Março, por exemplo, tivemos uma situação com um baixo volume de chuva, de 67 milímetros. Mas em compensação, tivemos 365 milímetros em dezembro, o que significa é que se não cuidarmos lá atrás, nos meses anteriores, vamos colher problemas no mês à frente”, comentou.
Rubens ressaltou que das 85 interdições de imóveis realizadas pela Defesa Civil, muitas ocorreram de forma preventiva. “Tivemos algumas situações no Retiro e quando falamos dessa região também estamos falando do Complexo Vila Brasília, que possui algumas características topográficas; você pode ter uma área de encosta aos fundos ou na frente do imóvel. Então muitas interdições ocorreram preventivamente, porque o objetivo da Defesa Civil é preservar a integridade física das pessoas”, disse Rubens.
O coordenador da Defesa Civil explicou que durante o período de alerta, além de percorrer a cidade promovendo o atendimento às ocorrências, as equipes do órgão monitoram os bairros margeados pelo Rio Paraíba do Sul, realizam o acompanhamento diário dos níveis de chuva nos afluentes do Rio Paraíba do Sul, na vazão da Represa do Funil, em Itatiaia, e ficam atentos as ações humanas, como a ocupação irregular, por exemplo.
Os pilares do trabalho da Defesa Civil são: antecipação, prevenção e preparação para resposta a desastres naturais, além da reconstrução que envolve outros órgãos municipais como Furban (Fundo Comunitário Volta Redonda), Secretaria Municipal de Infraestrutura (SMI) e IPPU (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano).
Defesa Civil desestruturada e desarticulada
Rubens lembrou que encontrou uma Defesa Civil totalmente “desestruturada e desarticulada” quando assumiu a coordenadoria do órgão em janeiro.
“Assumimos durante o período de alerta e encontramos as viaturas quebradas, sistema de comunicação e estatísticas falho, as informações referentes as chuvas nós não tínhamos. Não sabia quanto que havia chovido, qual o bairro mais atingido, quantas interdições nós tínhamos. Tivemos que fazer todos os levantamentos das ações realizadas em novembro e dezembro, para que em janeiro pudéssemos dar respostas a esses meses e preparando ações para os seguintes. Tivemos que fazer tudo isso, foi trocar a roda do carro em movimento”, desabafou.
Ocorrências na pandemia
Além da falta de transição com o governo passado, outro fator que dificultou o trabalho das equipes neste período de alerta foi a pandemia do novo coronavírus. Segundo Rubens, para evitar colocar em risco os servidores públicos e os moradores de Volta Redonda, as equipes em serviço foram compostas por no máximo dois componentes por viatura, com álcool em gel, evitando também promover aglomerações. Os funcionários da Defesa Civil também foram instruídos de que só acessassem o interior dos imóveis se o solicitante estivesse utilizando máscara.
“Conseguimos nos adaptar ao cenário. Tivemos uma preocupação muito grande para evitar acessar o interior do imóvel, salvo quando a ocorrência envolvia cenário de estrutura da residência. Mantivemos uma disciplina do distanciamento e tendo um menor tempo de resposta, ou seja, permanecer no local das ocorrências em um menor tempo possível, porque estivemos em diversos imóveis que havia pessoas com histórico de contato com a doença, ou por ter sido infectada recentemente ou estar com Covid; e até mesmo pessoas que estavam com sintomas e aguardavam o resultado de exames. Então é uma situação extremamente preocupante, visto que a nossa estrutura é enxuta e se um da nossa equipe é infectado, iria comprometer o trabalho no momento mais crítico”, finalizou Rubens.
Defesa Civil de Volta Redonda mobiliza secretarias e autarquias para o período de alerta por causa das chuvas
VOLTA REDONDA
Reativado o Plano Municipal de Contingenciamento, que define estratégias de antecipação, prevenção, mobilização e atuação de secretarias e autarquias do governo no caso de desastres naturais em Volta Redonda. A reativação ocorreu durante uma reunião realizada na quinta-feira, dia 14, na sede da Defesa Civil, na Ilha São João.
O encontro serviu também para atualização do plano, aprovado por decreto do prefeito Antônio Francisco Neto ainda em 2010. De acordo com o coordenador Municipal da Defesa Civil, Rubens Siqueira, apesar de Volta Redonda ser uma cidade resiliente é muito importante que o plano de contingenciamento se mantenha atualizado. Isso, segundo ele, pelo fato de já que ter problemas como alagamentos, deslizamentos e desmoronamentos não escolhem hora para acontecer.
É PRECISO ESTAR PREPARADO
Disse ainda o coordenador que é preciso estar preparado e, o plano é para isso. “Queremos responder questões como o que fazer, como fazer e de que forma fazer, além de verificar quais são os recursos disponíveis em cada setor da prefeitura, para que em um momento de adversidade, principalmente à noite, de madrugada ou finais de semana, o plano possa ser executado e a resposta dada o mais rápido possível.
Siqueira lembrou também que, além de identificar as equipes que estarão empenhadas nos plantões, com telefones para comunicação e treinamentos específicos, o plano estabelece o que cada setor e órgão podem contribuir com recursos. Disse que, um exemplo é que, caso alguma família fique desabrigada e necessite de auxílio moradia, para onde essas pessoas podem ser levadas. Ainda de acordo com Siqueira, as chuvas ocorrem até março. “Então nós temos mais três meses em estado de alerta, que vai até dia 31 daquele mês, mas que pode ser estendido, dependendo da situação”, frisou o coordenador.
Participam do Plano Municipal de Contingenciamento as secretarias de Ação Comunitária (Smac), Infraestrutura (SMI), além do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (IPPU), Departamento de Energia e Iluminação Pública (Deip), Superintendência de Serviços Rodoviários (Suser), Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Volta Redonda (Saae) e Guarda Municipal (GM-VR).
VOLTA REDONDA
O mês de janeiro vem acompanhado da preocupação com as chuvas de verão. Nesta primeira semana do Governo Antonio Francisco Neto, a Defesa Civil de Volta Redonda, tem recuperado a sede e equipamentos, como as viaturas que abrangem carros, motos e embarcações, utilizadas no sistema de monitoramento hídrico, geográfico e humano. Segundo informou o coordenador da Defesa Civil, Rubens Geraldo da Siqueira, a equipe, formada pelos funcionários de carreira, com 15 pessoas comprometidas com a reconstrução da sede, maquinários e viaturas que estão em estado crítico, já está trabalhando nos bairros.
Mesmo diante desse cenário, os agentes já iniciaram o reconhecimento e monitoramento das áreas de maiores riscos de alagamento, deslizamento e desmoronamento de imóveis. As ações fazem parte do Plano de Contingência, previsto no decreto de Lei 11.91628 de outubro de 2010 e do Sistema de Coordenação Operacional Integrado, formado por diversas secretarias do município. Nessa primeira semana, os trabalhos ficaram concentrados no Complexo Vila Brasília, Açude e Santo Agostinho.
DOAÇÃO PARA FAMÍLIAS CARENTES
Siqueira esclareceu que não há, no momento, desabrigados e desalojados no município, mas que segue coletando dados dos meses de novembro e dezembro como parte dos serviços de antecipação, prevenção, preparação e resposta. Pensando nisso, a Defesa Civil fez a doação de colchões e cobertores e outros materiais para a Secretaria Municipal de Ação Social. Foram 62 colchões, 12 colchonetes, 98 cobertores, 10 jogos de lençol e dois travesseiros.
O coordenador ressaltou ainda a importância da participação e conscientização da população na adoção de medidas preventivas. “A gente conclama para que a população não proceda de forma alguma com ações inseguras que possam acarretar em situações de risco”, disse. Em caso de dúvidas e ocorrências, a população pode entrar em contato pelos números 199 e (24)33392065.