RIO/BARRA MANSA
As altas temperaturas desse verão, que marcam mais de 35º, são sentidas não apenas pelas pessoas, mas também pelos animais. O A VOZ DA CIDADE conversou com a veterinária Camila Cristina Cardozo de Almeida, que deu algumas dicas de como ajudar a aliviar o calor para esses animais. Segundo ela, nesse verão aumentou o atendimento de animais ofegantes e com o quadro de desmaios, que é um dos sintomas da hipertermia.
Nas primeiras semanas do verão, cinco cachorros já morreram no Rio de Janeiro por causa da grande onda de calor que atinge o país. A hipertermia, que provoca um aquecimento exagerado no corpo dos cães, é um grande perigo aos quais os donos dos pets devem ficar atentos, pois, além de causar muito desconforto, pode levar o animal à morte. A veterinária explica que diferente dos seres humanos, esses animais podem ficar superaquecidos com muita facilidade, pois não têm uma boa regulação térmica.
Ela ainda alerta que as raças braquicefálicas, que possuem focinho curto, são mais suscetíveis a casos de hipertermia. “Raças como pug e buldogues, entre outras raças com o focinho achatado, é importante ter uma atenção redobrada, colocando água gelada e até mesmo deixando o ventilador ligado para refrescá-lo”, disse, completando que a tosa baixa não é recomendável. “Não precisa deixar pelo em excesso, mas também não se deve raspar o animal, pois o pelo é uma barreira de proteção da pele, o ideal é aparar o pelo”, explicou.
A recomendação da veterinária é que os donos dos pets observem se os animais estão se alimentando bem, se as fezes estão normais e se a respiração está regular. “Se houver alguma alteração, o recomendável é levar ao veterinário, pois ele pode está sofrendo de hipertermia”, disse, explicando que o gato também pode sofrer com as altas temperaturas. “Mas o cachorro tem o metabolismo mais acelerado, então ele sente mais calor. Já o gato é mais tranquilo. Porém, o mesmo cuidado que você tem com o cão, deve-se ter com os felinos também”, contou.
SINTOMAS
Alguns dos sintomas de forte calor que o cachorro demonstra, é a respiração ofegante, salivação em abundância, fraqueza, andar cambaleante, diarreia, vômito, entre outros. “Alguns animais chegam à clínica com a respiração ofegante, notamos nota que estão muito cansados, e às vezes após de colocá-los no ar condicionado, já começam a melhorar. Alguns cachorros que estão com hipertermia também param de comer. Estamos recebendo bastantes reclamações de proprietários de pets que dizem que o animal não está se alimentando bem”, contou.
DICAS DE CUIDADOS
Alguns dos cuidados para amenizar os sintomas da alta temperatura nos pets, segundo a veterinária Camila Cristina, são deixar o animal em ambiente fresco e disponibilizar água gelada. “Outra questão é evitar a exposição desses animais ao sol. Se for passear com o animal, o ideal é que seja em horários em que o sol já esteja baixo, passar sempre pela sombra, evitando que ele pise em lugares quentes, pois a pata dele também pode machucar”, disse, explicando que pedras de gelo na água também são eficientes para manter a água fresca. “Eu tenho uma cadela que gosta de morder pedra de gelo, os animais gostam de se refrescar assim como nós”, explicou.
SUL FLUMINENSE
O verão está fazendo ferver as vendas no setor da moda praia, uma tendência que se consolida desde a incidência das altas temperaturas registradas desde o fim da Primavera, no mês de novembro. Os empresários do setor comemoram o pico das vendas neste mês de janeiro, momento de férias da maioria das famílias e período que antecede as vendas desse tipo de vestuário para o Carnaval. Em março, muitas pessoas buscam cidades litorâneas ou com cachoeiras para o lazer durante os dias de folia.
Em Barra Mansa, a empresária Hérica de Paula Souza, registra boas vendas desde dezembro na loja especializada em artigos de praia. São diversos modelos para homens e mulheres. “Temos dois grandes momentos de vendas no verão: o Réveillon e o Carnaval. A expectativa é de boas vendas”, comenta. Em Resende, tanto as lojas especializadas quanto as vendedoras autônomas de roupas vibram com a onda de calor. “Ta saindo bastante biquíni e maiô. Os homens até procuram sungas, mas no geral preferem bermudas. Vendi somente nesta semana 15 biquínis e tenho seis encomendados. Os modelos decotados são os mais procurados, nas cores da moda que são o branco, floral ou o neon em laranja, rosa ou verde. Os preços variam de R$ 49,90 até 149,90. Com a alta temperatura, as pessoas saindo de férias a procura aumenta e anunciou pelas redes sociais e visito as clientes”, conta a microempreendedora Patrícia Rocha, que já sinalizou aumento de 50% na procura e alta significativa no faturamento. “Já está superando o verão de 2018, em minha opinião”, comenta.
A escolha nas lojas físicas acompanha a opção dos artistas como as cantoras Anitta e Luísa Sonza. A dona do hit ‘Vai Malandra’ tem aparecido nas redes sociais explorando o neon em tons de rosa. Já a cantora Luísa Sonza, foi flagrada com modelos de maiô e biquíni na cor branca, forte tendência também deste verão. “É pela internet que a gente conhece as diversas tendências que vão se multiplicando. Eu vi e quero comprar os biquínis de veludo. Isso mesmo! O conjunto tem tecido aprimorado e preços a partir de R$ 250 na coleção verão 2019 de uma loja famosa. O importante é variar”, conta a universitária Milena Pinheiro, que tem viagem programada para Cabo Frio, neste fim de semana com as amigas que já garantiram a roupa nova para a praia. “Procurei pela internet e achei biquínis com descontos acima de 50%, a partir de R$ 69,90 e do modelo bojo cirrê preto. Gosto de visual mais comportado, nada muito cavado”, argumenta a estudante Priscila Manoela.
PLUS SIZE E INFANTIL
Para quem busca um visual mais comportado na praia ou piscina, os modelos vintage, estilo retrô, com cintura alta pode ser a alternativa. Os valores partem de R$ 119,90. Para os manequins plus size a moda praia também reserva biquínis e maiôs estilosos, com valores a partir de R$ 120.
Para os homens a moda praia destaca as sungas modelo boxer, com valores a partir de R$ 46,99. As camisetas e as bermudas florais também tem boa saída como opção para complementar o visual para a praia, com valores a partir de R$ 59,90.
Para as crianças, peças como o maiô da Lilica Ripilica bebê parte de R$ 154,90, mas existem modelos mais em conta, na faixa de R$ 54,90. A sunga infantil com personagens da série Os Vingadores, custa em média R$ 39,90.
SUL FLUMINENSE
O verão está modificando a rotina das famílias brasileiras que para amenizar o ambiente com as altas temperaturas está investindo na compra de eletrodomésticos como ventiladores, ar-condicionado e climatizadores. Se em meados de dezembro as TVs e os celulares eram os itens mais procurados no comércio, neste início de janeiro a situação é diferente. Com temperaturas na faixa de 35 graus Celsius os itens de ventilação e refrigeração tiveram aumento em torno de 15% nas vendas nas lojas da região.
Em Resende, a venda de ar-condicionado e ventilador movimenta as lojas especializadas. Os ventiladores são os mais procurados, devido ao preço e praticidade. As versões de mesa e de coluna são as mais comercializadas, variando entre R$ 49,90 e R$ 139,90, respectivamente (ambos com hélice de 30 cm). Em seguida, surgem os ventiladores de teto, com valores que partem de R$ 149,90. “Esse início de ano com temperaturas elevadas, dias quentes, noites abafadas, muitos consumidores estão comprando ventilador e ar-condicionado. Os ventiladores de mesa têm muita procura, o estoque baixou após o Natal e reforçamos agora. São em média uns cinco ou seis aparelhos vendidos diariamente, fora as consultas de preços”, comenta o gerente Jéferson Diniz.
A gerente comercial Simone Barbosa comprou um ventilador de coluna para a sala de casa, onde pretende assistir a TV com menos calor. “No quarto eu utilizo o ventilador de mesa porque é menor, mas na sala o ambiente precisa de mais vento e comprei o de coluna. Não estamos suportando esse calor. Tomo banho e fico suando em casa, assim não dá”, comenta.
Em Barra Mansa as lojas já exploram os ventiladores como item de maior procura neste início de verão. Os modelos de 30 cm e 40 cm são os mais procurados. “O ventilador é portátil, fácil de usar e cabe em qualquer cômodo seja da casa ou empresa. O preço também ajuda, é mais em conta do que os climatizadores ou ar-condicionado. Em janeiro a venda desses produtos está satisfatória e a tendência é melhorar até o fim da estação (20 de março)”, argumenta o vendedor Manoel Pereira. O setor parece acostumado à tendência da estação, muitos dos comerciantes garantiram já saber da procura desses eletroeletrônicos e reforçaram o estoque. “Todo verão é assim, esse o calor está acima da média e a procura cresceu ainda mais. O estoque está reforçado, principalmente de ventiladores pequenos, pois são os mais vendidos”, comenta a gerente Patrícia Silva.
VENDAS
De acordo com a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) a expectativa era de fechar 2018 com mais de 10,3 milhões de ventiladores vendidos no país, cerca de 5% acima do ano anterior. Para 2019, a perspectiva é alta, pois a Eletros indica prejuízos do setor no ano passado com a greve dos caminhoneiros e a alta do dólar retraindo o sistema de importação de peças. Nas lojas, o que se percebe é que o consumo tende de fato a subir este ano. “O calor de agora pra mim já é o maior de todos e vou comprar, sim, um ar-condicionado. Ventilador resolve parcialmente, o jeito é dormir no fresquinho”, disse a cabeleireira Rita da Rocha. O produto escolhido foi o que tem maior saída, o ar-condicionado modelo split de 9.000 BTUs (British Thermal Unit ou Unidade Térmica Britânica – que determina a potência de refrigeração do aparelho). “Os aparelhos split são de 220 volts e com essa potência o consumo de energia não é elevado e a cobertura de refrigeração no ambiente é eficiente. Em média, um ar-condicionado de 9.000 BTUs custa a partir de R$ 1,1 mil. Mas, há outros modelos de maior e menor potência, na faixa dos R$ 1,6 mil, R$ 2,2 mil. Inclusive os portáteis que não requerem instalação fixa”, explica o vendedor Carlos Amadeu, de Itatiaia.
Secretaria de Saúde e Hospital do Câncer alertam sobre prevenção e cuidados com a pele na temporada do calor
BARRA MANSA
Com as altas temperaturas, passando dos 40°C, é extremamente importante o uso continuo de filtros solares e a ingestão de bastante liquido. Esse é um meio de prevenir o câncer de pele, que segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) é o mais comum no país. Pensando nisso, a Secretaria Municipal de Saúde e o Hospital do Câncer de Barra Mansa (Oncobarra), fazem um alerta de prevenção à doença, pois não é só na praia, piscinas e cachoeiras que as pessoas devem ter uma atenção especial para o cuidado com a pele.
O câncer de pele segue três tipos de classificação: Carcinoma Basocelular, Carcinoma Espinocelular e Melanoma, sendo este último considerado o mais agressivo. Apesar de a exposição solar ser o principal fator de risco, existem outras causas, como histórico familiar, sistema imunológico debilitado, presença de feridas ou manchas na pele. O uso de boné/chapéu e filtro solar é imprescindível, assim como evitar períodos prolongados de exposição e a ingestão de líquidos, como água mineral, água de coco e suco natural.
Segundo o subsecretário de Saúde, Silvio Daniel, são nas Unidades Básicas da Saúde da Família (UBSF), que os pré-diagnósticos da doença e, quando confirmada, o paciente é encaminhado a Oncobarra. “Barra Mansa é um município que investe na saúde e na qualidade de vida da população. Em relação ao câncer de pele é muito importante se atentar e se prevenir, pois é uma doença silenciosa que se detectada precocemente tem uma grande chance do quadro ser revertido”, ressaltou.
De acordo com médico oncologista da Oncobarra (Santa Casa), Rodrigo Leijoto, é importante que as pessoas se atentem as modificações que acontecem na pele, como por exemplo, a aparição de uma pinta ou uma mancha indolor. “Qualquer alteração no decorrer do tempo na nossa pele deve ser acompanhada por um especialista”, disse.
Para a gerente administrativa da Oncobarra, Teresa Cristina Bastos, a unidade atende um número muito baixo de pacientes com câncer de pele. “Esse é um tipo de câncer que muitas vezes falta do diagnóstico precoce, por ser um câncer quase transparente e indolor”, acrescentando ainda, que tanto as crianças quanto os idosos possuem menos proteção da pele contra os raios UVA (Ultravioleta), porém a doença é mais comum em adultos.
PRINCIPAIS SINTOMAS
Sintomas de células basais: área de pele ligeiramente elevada e indolor, podendo apresentar aspecto brilhante e pequenos vasos capilares ou com ulceração.
Células escamosas: tumefação (aumento de volume em algum tecido do corpo) cujo topo é escamoso.
Melanoma: nevo melanocítico (mancha) com margens irregulares ou cuja forma, tamanho ou cor sofreu alterações.
Principais causas: radiação ultravioleta do sol ou de bronzeamento artificial e os fatores de risco maiores são de pessoas com pele clara, imunodeficiência. O diagnostico pode ser descoberto através da biópsia.
SUL FLUMINENSE/BARRA MANSA
Ainda estamos na primavera, mas apesar do verão começar somente no dia 21 de dezembro, ele já esta batendo na porta e dando o ar da sua presença. Nessa terça-feira, 18, a temperatura chegou a atingir 34ºC, com uma sensação térmica de quase 40º. O observador meteorológico, Rafael Leonardo Bellan, explica que o calor no estado está sendo influenciado por um anticiclone. Ele explica ainda que até o fim do ano, ainda existe grande possibilidade de pancadas de chuvas isoladas.
Segundo ele, o Sul Fluminense está em um local que está sendo influenciado por esse anticiclone. “É um tipo de alta pressão que puxa o ar seco e frio da parte alta da atmosfera, e transforma em ar comprimido, fazendo com que ele desça com uma massa de ar seca e quente. E como estamos em um período do ano com o maior tempo de sol, o calor aumenta ainda mais” afirma.
Ao observar as ruas, é possível notar que toda sombra é bem vinda, as pessoas buscam se proteger do sol quente a todo momento. E por mais que alguns apreciem o calor, ainda afirmam que na hora de dormir, preferiam que a temperatura desse uma trégua. Porém de acordo com o observador meteorológico, o forte calor está apenas no começo. “No dia 21 de dezembro, será o momento em que a radiação solar estará com sua intensidade máxima. Será um período de calor acima da média, pois estamos entrando no El Niño, que mexe com a temperatura da nossa região” contou.
PRÓS E CONTRAS DO CALOR
Para alguns o calor não é de todo mal. Elza Maria da Silva, de 48 anos, moradora do bairro Roselândia, vende geladinho na praça e conta que com a chegada das altas temperaturas, as vendas cresceram. “As pessoas querem se refrescar e nada melhor que um picolé ou um geladinho. Eu, particularmente, gosto muito do calor por causa do aumento dessas vendas. O único ruim é quando estamos em casa, porque as residências parecem que viram um forno. Para aguentar é só tomando vários banhos. Os pernilongos também incomodam muito, ainda mais na minha Rua, onde tem várias árvores em volta”, contou.
Larissa Silva Soares, de 19 anos, estava na Praça da Matriz, enquanto o filho de três anos brincava no local. Ela conta que nesse calor o cuidado com a criança tem que ser redobrado. “Meu filho ainda tem a pele muito branca, então qualquer coisa ele já fica muito vermelho, ele precisa está sempre com o protetor solar, e é importante bastante água para hidratar” disse, contando que a pior parte do calor é na hora de dormir. “Além da alta temperatura, essa é a época em que os pernilongos invadem as casas. Para poder dormir, é só com o ventilador em cima”, disse.
Além de procurar as sombras e beber bastante água, muitos buscam se refrescar de outras maneiras, como, por exemplo, tomar um refresco ou um picolé. “Sou apaixonado pelo o calor, mas está quente até demais”, é o que afirma o morador de Quatis, de 49 anos, que não quis se identificar. Ele fala ainda que para aguentar a temperatura, uma piscina ou uma cachoeira é o ideal. “O complicado é para dormir, mesmo com um ar condicionado. Estou preocupado com a conta do fim do mês, porque são quatro banhos por dia e ventilador o tempo todo ligado, pois é só assim para aguentar”, afirmou.
SUL FLUMINENSE
A Primavera de 2018, que começou no sábado, dia 22, e vai até o dia 21 de dezembro, já causa a alegria daqueles que preferem o clima quente e o descontentamento de quem prefere o friozinho. Essa é uma estação de transição entre o inverno, que é frio e seco, e o verão, quente e úmido. Nesse período a atmosfera começa a sofrer mudanças de pressão, temperatura e direção dos ventos. Nesta estação, o clima é mais ameno, ou seja, não tão quente quanto o verão, e nem muito frio como no inverno.
Segundo o Centro de Monitoramento Climático Fluminense (CMCF), no primeiro mês da primavera terá muitas variações, com a temperatura subindo e diminuindo. As pancadas de chuva serão mal distribuídas pelo estado, podendo chegar com ventos fortes onde caem. “É justamente por essa chuva demorar a se regularizar, que vamos ter temperaturas máximas mais altas em outubro, pois sem chuva generalizada a temperatura não consegue se regularizar com facilidade”, é o que afirma a página.
De acordo com Rafael Leonardo Bellan, observador meteorológico, esse ano o fenômeno El Niño influenciará na temperatura da região Sul Fluminense. “A principal característica do El Niño na região, é deixar a temperatura acima da média, que já é alta nessa época do ano.” Completou, dizendo que se esse fenômeno ocorrer será curto. “Porém essas previsões podem sofrer algumas alterações ao longo da estação, já que o tempo está em constante mudança”, disse Rafael.
Ainda de acordo com CMCF, o mês de novembro, que já estará mais próximo do verão, será ainda mais quente, porém, as chuvas estarão normalizadas, podendo amenizar o calor depois de uma tarde de sol forte. E na reta final da primavera, em dezembro, já se espera aquele típico clima de verão do estado do Rio.