VOLTA REDONDA
Após inúmeras tentativas de buscar o caminho pacífico de negociação sobre o Programa de Participação nos Resultados (PPR) aos metalúrgicos da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a direção do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense pretende convocar os trabalhadores para decidir coletivamente sobre como agir diante do impasse. A informação foi divulgada pela direção do sindicato através do seu boletim oficial desta segunda-feira, dia 25. No informativo, a diretoria ressalta que priorizou o diálogo com os representantes da empresa. Mas, após várias investidas, concluí que não há mais como seguir sem que haja envolvimento dos metalúrgicos para pressionar à direção da Companhia.
De acordo com o presidente do sindicato, Silvio Campos, duas propostas serão apresentadas aos trabalhadores. A primeira é a greve e a outra adotar providência jurídica cabível. “Os trabalhadores já deveriam ter recebido seus valores devidos pela CSN desde o dia 30 de abril, data limite para o pagamento. Até hoje, além de não terem recebido e não saberem quando terão acesso, a empresa não definiu nem o valor a ser pago. É muita falta de respeito já que é de conhecimento público que a Companhia registrou lucro líquido de R$ 2,245 bilhões em 2019. Cadê a fatia desse bolão que é de direito dos seus trabalhadores?”, disse.
Dessa forma, a diretoria decidiu mobilizar os metalúrgicos. “Em breve, serão dadas as informações de como será feito o processo de votação dos trabalhadores, já que estamos impedidos de fazer assembleia presencial, devido à pandemia”, informa o sindicato.
SEM DEFINIÇÃO
Há cerca de uma semana também terminou sem avanço a reunião de negociação entre a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos e os representantes da CSN sobre o pagamento do PPR. O boletim divulgado pelo sindicato ressaltou na ocasião que apesar da indefinição, a empresa manteve o compromisso de não fazer dispensas em massa até o fim da negociação. No documento, a CSN pleiteava a definição de uma proposta quanto ao PPR/abono.
De acordo com Silvio Campos, a CSN sugere negociar uma proposta que contenha várias outras medidas para tratar do momento atual que os trabalhadores brasileiros vêm enfrentando. Campos frisou que a direção do sindicato se negou a discutir qualquer outra medida antes de ficar definido o pagamento do PPR.