Sem Bacellar e com ‘Reis’ no palanque, agenda de Castro no Sul Fluminense levanta questões sobre 2026

Por Carol Macedo
img 1575

SUL FLUMINENSE/ESTADO
A visita do governador Cláudio Castro a três cidades do Sul Fluminense nesta quarta-feira, 30 — Barra Mansa, Volta Redonda e Resende — foi marcada não apenas pelos anúncios oficiais, mas também pelos sinais políticos que podem influenciar a sucessão ao Governo do Estado em 2026.
O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar, que vinha sendo ventilado como pré-candidato à sucessão de Castro, não compareceu a nenhum dos palanques durante a agenda no interior. A ausência chamou atenção, principalmente pela presença de nomes que, até pouco tempo, estavam fora do tabuleiro político estadual — como os Reis.
Em Barra Mansa, dividiram o palco com Castro os deputados estadual Rosenverg Reis e o federal Gutemberg Reis, além do prefeito de Duque de Caxias, Netinho Reis, sobrinho de Washington Reis. O ex-prefeito de Caxias, mesmo inelegível, já declarou publicamente a intenção de disputar o Governo do Estado. A reaproximação da família Reis com o núcleo próximo ao governador sinaliza um novo arranjo em curso?
Bacellar chegou a assumir o comando do Executivo estadual no dia 16 de junho, durante as férias de dez dias de Castro. Essa movimentação só foi possível após o então vice-governador, Thiago Pampolha, ser indicado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), o que alçou Bacellar à linha direta de sucessão. A hipótese que circulava nos bastidores era de que Castro abriria espaço para o presidente da Alerj, podendo até renunciar no primeiro semestre de 2026 para disputar uma vaga na Câmara Federal. Com isso, Bacellar assumiria o governo e concorreria à reeleição já no cargo.
No entanto, essa engrenagem parece ter emperrado. Logo após assumir interinamente, Bacellar exonerou Washington Reis da Secretaria de Transportes, o que desagradou Castro. O governador classificou a atitude como “desrespeitosa” e “intempestiva”. Apesar da tentativa de reconduzir Reis ao cargo, houve pressão para que a exoneração fosse mantida. À época, Castro declarou que a decisão sobre sua sucessão “seria tomada em conjunto pelos presidentes dos partidos do campo político” e não seria fruto de “um desejo pessoal e descoordenado”.
Nos últimos dias, circulam informações de que Bacellar estaria, na verdade, de olho em uma vaga no próprio TCE — o que reforça a tese de que sua pré-candidatura ao governo pode ter perdido força.
Em pouco mais de um mês, o cenário político fluminense sofreu reviravoltas significativas. A disputa por espaços de poder se intensifica, e a sucessão ao Palácio Guanabara, embora ainda distante, já começa a ser moldada com peças que voltam ao jogo e outras que parecem estar sendo retiradas do tabuleiro.

você pode gostar

Deixe um comentário

Endereço: Rua Michel Wardini, nº 100

Centro Barra Mansa / RJ. CEP: 27330-100

Telefone: (24) 9 9974-0101

Edição Digital

Mulher

Últimas notícias

Expediente         Política de privacidade        Pautas e Denúncias        Fale Conosco  

 

Jornal A Voz da Cidade. Todos direitos reservados.

Nós utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Ao continuar navegando, você concorda com o uso de cookies. Aceitar todos