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Sassaricando – Oscar Nora – 6 de fevereiro de 2021

Por Andre

Foto: Acervo do Palmeiras

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Em 2001, Oberdan, Dema, Achilles, Jair Rosa Pinto, Gérsio, Fábio, Richard e Juvenal, então senhores de cabelos brancos, outros carecas e alguns de cabelo e bigode pintados de preto, se reuniam na sala de troféus do Palmeiras, relembrando e comemorando o cinquentenário da conquista do primeiro título mundial do Brasil.
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A conquista do Palmeiras foi um feito magnífico para o clube e importantíssimo para o futebol brasileiro amargurado pela derrota da sua seleção na Copa do Mundo de 1950 no mesmo Maracanã. Giampiero Boniperti, artilheiro do Mundial de 51 pela Juventus, reconheceu essa circunstância em suas memórias: “A vitória do Palmeiras naquele primeiro campeonato mundial de clubes sanava uma terrível ferida: a derrota do Brasil no Mundial de 50”.
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Foto: Divulgação

O barra-mansense-quatiense Jair Rosa Pinto – o Jajá de Barra Mansa – até hoje lembrado com admiração e respeito no Clube, era um dos craques, talvez o maior, daquele time campeão. O meio-campista, entre 1949 e 1955, atuou no clube em 241 jogos, com 141 vitórias, 45 empates, 55 derrotas e marcou 71 gols.
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Naquela época predominava o transporte ferroviário no Brasil e foi de trem que viajou a delegação do Palmeiras. Na volta, em cada estação a delegação era festejada pela população local. No fim da viagem, milhares de pessoas receberam e acompanharam os campeões até o Palestra Itália.
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Antes, na festiva parada obrigatória para o lanche, na estação de Barra do Piraí, enquanto caminhava pela plataforma ao lado de companheiros, o camisa 10 dizia eufórico que teve a chance em 51 de ser o que não consegui em 50: ser campeão do mundo.


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A FIFA e a Confederação Brasileira de Desportos – hoje CBF, sob supervisão de Ottorino Barassi, vice-presidente e secretário-geral da entidade internacional e aval do presidente Jules Rimet, organizaram o torneio em solo brasileiro. Curiosamente, porém, a competição não possuía reconhecimento justamente da entidade co-organizadora.
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Nenhuma outra edição do torneio foi realizada e o assunto caiu no esquecimento. Em 2000, quando a Fifa voltou a organizar um Campeonato Mundial de Clubes, o Palmeiras reivindicou seu direito. Finalmente, em 2014, após 63 anos, ata do Comitê Executivo da FIFA – único órgão da entidade com legitimidade para discutir o tema – ratificando o que já haviam dito Joseph Blattere Jérôme Valcke, reconheceu o Palmeiras como o primeiro Campeão Mundial de Clubes.
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Amanhã, 15horas, no estádio Al Rayyan, o Palmeiras enfrentará o Tigres do México. No mesmo estádio, na segunda-feira, o Al Ahly enfrentará o Bayern de Munique. Quem vencer duelará pelo título mundial. Vitorioso, o time principal do Palmeiras será bicampeão e chegará ao lado dos meninos da sua academia. A garotada, em 2019, na Espanha, invicto depois de cinco jogos, obteve o segundo título consecutivo de Campeão Mundial de Clubes da categoria Sub-17.
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