Meus amigos Carlos Samuel e Walter Cardoso, comentaristas esportivos da nova Rádio Sul Fluminense, estão certos ao afirmar que ter maior tempo de posse de bola não significa dominar o jogo nem ganhar a partida. Os mexicanos tiveram 53% sobre 48% do Brasil, o que não resultou em qualquer benefício prático no placar.
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E como tiveram maior posse de bola, os mexicanos também trocaram mais passes entre si. Foram 424 passes contra 398 dos brasileiros. No quadro das estatísticas da Fifa, a turma do treinador Osório foi mais em quase tudo. Fez mais faltas, 18 contra seis do Brasil; foi mais violenta levando 4 cartões amarelos contra 2 do Brasil.
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Além do jogo, só perdeu na quilometragem. Os vizinhos do tio Trump percorreram 89km, enquanto os brasileiros se movimentaram 92km. Tirando da conta o goleiro, dá mais ou menos 8km por jogador, distância entre a Praça da Matriz em Barra Mansa até o chafariz da Praça Brasil em Volta Redonda.
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A vitória sobre o México somou méritos além da classificação para as quartas de final da Copa do Mundo na Rússia, aumentando a supremacia canarinho em outros quesitos do torneio. Única que participou de todas as edições de Copas do Mundo eúnica pentacampeã, agora a seleção brasileira também é a recordista absoluta de gols.
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São 228 gols marcados em 108 partidas disputadas, média de 2,1 gols em cada jogo. Como está participando da Copa de número 21, significa possuir a excelente artilharia de 10,58 gols por torneio. Números que certamente ficarão ainda mais atraentes, caso o time vença os três jogos que faltam até o final da Copa.
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Com seu gol, o primeiro da vitória sobre o México, Neymar se isolou como o quarto maior artilheiro da história da seleção com 57 gols. O exclusivo grupo é liderado por Pelé com 95 gols. No segundo lugar, vem Ronaldo Fenômeno, com 67 gols e pertinho dele o craque Zico, com 66, no terceiro lugar. Até a próxima Copa, em 2022 no Qatar, Neymar poderá se tornar o vice-artilheiro.
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O Brasil chega às quartas de final pela sexta vez consecutiva. Nas Copas de 1994, nos Estados Unidos e de 2002, na Coreia do Sul e Japão, avançou e conquistou os títulos. Em 1998, na França, foi vice-campeã mundial. Na última Copa, 2014 no Brasil, caiu na semifinal. Em 2006 e 2010, não passou das quartas de final.
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A Bélgica venceu o Japão mostrando grande poder de reação. Por isso deve ser respeitada sem ser temida. Em futebol tudo pode acontecer, mas o verdadeiro desafio e talvez a decisão antecipada do título mundial de 2018, será a semifinal contra o Uruguai ou a França. Se acontecer, será a oportunidade de exorcizar dois traumas: o de 1950 e o de 1998.