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Para alguns historiadores, a comemoração do Natal surgiu entre os anos 200 e 400 depois de Cristo. Outros sustentam que a celebração do Natal começou em 336 d.C. com a frase “25 de dezembro – natus Christus in Betleem, Judeae”, que significa “25 de dezembro, Cristo nasceu em Belém, Judeia”.
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O Natal, comemorando o nascimento de Jesus Cristo, não só para os cristãos, mas para toda a humanidade, é um fechamento e início de ciclos de reflexão e de confraternização, renovando as esperanças por um mundo melhor. Um século atrás, o futebol interpretou muito bem o espírito natalino.
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Na Primeira Guerra Mundial, na véspera do Natal, soldados ingleses e alemães estavam em suas trincheiras geladas e lamacentas, separados a menos de cem metros um lado do outro, trocando insultos naquela terra de ninguém, onde a esperança havia se transformado em desespero e desilusão.
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Em determinado momento, ouviu-se o barulho de uma bola de futebol sendo chutada no lado inglês. O fato inédito se explicava porque muitos jovens atletas haviam sido incentivados pelo recrutamento britânico a se juntarem à luta contra os alemães.
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Involuntariamente, aqueles soldados forjaram a trégua de Natal de 1914 porque, ouvindo o barulho da bola, soldados alemães começaram a escalar os parapeitos da sua trincheira, prometendo não atirar se o outro lado prometesse o mesmo. E sair, confraternizando e jogando um pouco de futebol.
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De repente, soldados alemães estavam ao lado dos soldados britânicos apertando as mãos, trocando cumprimentos, compartilhando charutos, alegria, chocolate e, de fato, jogaram uma partida de futebol. Partida que terminou empatada em 3 a 3 e não teve árbitro. Nem precisou.
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Depois da breve trégua proporcionada pelo futebol, todos voltaram para suas fronteiras. Anos depois, em depoimento arquivado no Museu Imperial da Guerra, em Londres, Ernie Williams, em 1914, um soldado de 19 anos do 6º Batalhão do Regimento de Cheshire, declarou que estava presente e jogou naquela partida.