O protocolo que a Confederação Brasileira de Futebol organizou para solenizar a decisão da Copa do Brasil 2018, na última quarta-feira, foi muito bonito. As alegorias, fitas, o totem guardião da bola, os contrapontos de luz, deram imponência ao duelo decisivo que em seguida definiu o Cruzeiro de Belo Horizonte como hexacampeão do torneio.
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Sem levar em conta o resultado que destacou um filho da nossa região – o zagueiro Dedé – como um dos mais importantes protagonistas da conquista mineira, pois essa análise já foi muito bem comentada por brilhantes colegas, fico refletindo se o torcedor no Itaquerão pode curtiu com intensidade, como aqueles que assistiam pela televisão, a beleza do espetáculo.
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Não creio que tenha. O torcedor assiste futebol com os dois olhos da sua anatomia divina e um terceiro emprestado que se chama paixão. A televisão vê com dezenas de olhos, agora mais numerosos com a chegada do primo VAR. Ela viaja por infinitos ângulos e perspectivas entregando o resultado ótico em questão de segundos. O espectador ainda recebe, entre outros, os bônus de estar confortavelmente aboletado no sofá da sua casa, economizado o dinheiro para entrada no estádio e as despesas de locomoção
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A televisão faz o seu papel, que agrada e remunera, generosamente, em dinheiro, todos os atores. Do torcedor, passando pelas entidades que controlam o futebol e indo aos clubes e jogadores, todos ganham. Até a televisão, é claro. Como é a televisão que remunera aos terceiros e a si própria ela necessita de grandes espetáculos, que gerem grandes audiências locais e universais para cooptar mecenas dispostos a pagar os conta-correntes.
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Tal cenário seria o paraíso infinito se não fosse, contudo, prenúncio do finito do futebol. Por mais que pareça agourenta previsão, ela vem aos poucos se materializando. O futebol se transformou em um bem de capital, mais competitivo do ponto de vista financeiro, infelizmente criando salários dos atletas absurdamente irreais.
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Nessa ciranda as primeiras vítimas foram os clubes do interior. Agora estão sendo os clubes das capitais, a maioria a beira da falência em épicas batalhas para pagar suas dívidas trabalhistas dos contratos em vigor e daquelas que se transformaram em débitos judiciais.
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Como um dólar ou um euro valem quatro reais e um real vale mais de dez guaranis ou peso uruguaio ou peso argentino, o futebol em sua realidade atual também vem alterando a geografia para as castas sociais. Os jogadores brasileiros e sul-americanos de maior talento, agora são europeus. O mesmo acontece com os sul-americanos que agora são brasileiros.
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Enquanto é tempo, resta recomendar: o último a sair depois que o jogo acabar, por gentileza desligue a televisão e apague a luz.
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Os atletas brasileiros conquistaram 15 medalhas – duas de ouro, quatro de prata e nove de bronze – nos Jogos Olímpicos da Juventude Buenos Aires 2018. Os brasileiros se destacaram no boxe, ginástica artística (barra fixa e individual geral), natação, atletismo, badminton, judô, taekwondo e tênis. Em sua estreia em um evento olímpico, a equipe de futsal obteve ouro. No total de medalhas
o resultado do país é o mesmo da última edição do evento, em Nanquim 2014, e maior do que em Cingapura 2010, quando foram sete pódios.