Segundo o dicionário do Aurélio, o sinônimo da palavra “sombrio” é “sinistro” e o antônimo é “brilhante”. Sombrio também é um município no extremo sul de Santa Catarina, a 7 km do mar, 240 km de Florianópolis e 230 km de Porto Alegre. Os quase 30 mil habitantes vivem da produção de arroz, fumo, banana, maracujá e das indústrias de confecções, cerâmicas, móveis e calçados.
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Alguns sombrienses não gostam do nome da cidade. Alegam que sombrio lembra tristeza e desânimo. Contudo, no caso, os historiadores garantem que Sombrio liga-se à sombra das centenas de árvores da figueira que existiam por ali.
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Os desbravadores que no século passado passavam pela região eram sempre duramente castigados pelo sol inclemente dos pampas. Na sombra das figueiras descansavam, antes de continuar as bravas e épicas jornadas que escreveram o limite territorial da nação brasileira. Daí a origem do nome da cidade.
Em Sombrio, no dia 5 de dezembro de 1990, nasceu Pattrick Teixeira. Bom menino, ajudava a família – a mãe e o padastro – nas atividades caseiras. Aos 12 anos, influenciado pelo que assistia na televisão, se tornou fã de Bruce Lee. Então, nas inesperadas estradas da vida apareceu em seu destino o ringue do box profissional.
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Aproveitou a chance. Brilhantemente, em Las Vegas, nos Estados Unidos, no final do ano passado, cinco dias antes de completar 29 anos, venceu o dominicano Carlos Adames e conquistou o cinturão de campeão mundial categoria peso médio-ligeiro da Organização Mundial de Boxe.
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Sua cidade natal vibrou com a conquista do filho que se tornou mundialmente ilustre. A ruas calmas da cidadezinha catarinense foram tomadas pela população alegre e orgulhosa, enquanto o boxeador desfilava na boleia da caminhonete dirigida pelo prefeito. Recebeu abraços, beijos e uma placa de honra ao mérito.
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Merecidamente. Afinal, para orgulho dos sombrienses e de todos nós, Patrick Teixeira agora faz parte do seleto clube dos boxeadores brasileiros de fama internacional como Luis Faustino Pires, Servílio de Oliveira, Adilson Maguila Rodrigues, Acelino Popó de Freitas e Éder Jofre.
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Como na vida dos campeões quanto mais títulos mais trabalho, ao lado do seu técnico Edson Xuxa do Nascimento, do Patrick Nascimento, manager, e do José David de Souza, auxiliar técnico, Patrick Teixeira já reiniciou os treinamentos para a primeira defesa de cinturão. Ainda no primeiro semestre de 2020, provavelmente será contra o argentino Brian Castaño.