Ao prezado leitor Giba, que não é o Gilberto Amauri Godoy Filho, o voleibolista da seleção brasileira, mas o Giba Hugo da Fonseca, craque na administração imobiliária e atento leitor dessa coluna, agradeço a observação feita ao texto que escrevi na última coluna sobre o saudoso Zagallo.
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É que o jogo treino Seleção Brasileira 2 x 2 Royal SC, em Teresópolis/junho/1966, fez parte dos treinamentos para a Copa do Mundo de 1968, no Chile. Nossa Seleção, que seria campeã naquele mundial, era uma grande seleção e o Royal um ótimo time. Tanto que em outros jogos com times do Estado ela venceu o Bangu por 7 a 0, São Cristóvão por 2 a 1 e o América por 1 a zero.
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Pelé, no dia 29 de dezembro de 2022. Agora, Zagallo no dia 05 de janeiro e, dois dias depois, Beckenbauer. O ex-jogador, capitão da seleção alemã que conquistou a Copa de 1974, dizia que Brasil e o futebol eram uma combinação perfeita. Quando jogavam no New York Cosmos ele e o Carlos Alberto Torres se tornaram grandes amigos.
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Beckenbauer visitou o Brasil várias vezes. Em janeiro de 2006, quando presidia o Comitê Organizador da Copa do Mundo, ele veio ao Rio de Janeiro. Realizou visita à Vila Olímpica da Mangueira e deixou a marca dos seus pés registrada na Calçada da Fama. Sempre acompanhado do amigo
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À noite assistiu no Maracanã, que estava sendo reaberto, ao clássico Botafogo 5 x 3 Vasco, valendo pela Taça Guanabara. Foi quando o companheiro Sérgio Luiz, então repórter de campo e gerente de jornalismo esportivo da Rádio e TV Sul Fluminense, fez um gol de placa.
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Antes do jogo começar, repentinamente Beckenbauer apareceu na escada do túnel da direita, bem em frente à cabine da Sul Fluminense, para ver o gramado onde mais tarde entraria como convidado. Sérgio estava coincidentemente pertinho do lugar, viu o astro e com a agilidade que um repórter precisa ter foi em sua direção.
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Com apurado inglês de mineiro de Além Paraíba, Sérgio pediu uma entrevista. Solícito, Beckenbauer ouviu o inglês do Sérgio com a atenção de monge budista e traduziu a língua de Shakespeare com o ouvido de quem foi criado em Munique com sotaque austro-bávaro, dialeto alemão amplamente falado depois da segunda guerra mundial.
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Carlos Alberto Torres os salvou da mítica Torre de Babel que havia sido formada pelos dois. Por que Carlos Alberto está nesse episódio? O capitão do tri havia sido comentarista de futebol na Rádio Sul Fluminense quando era o garoto propaganda do “Carnê Voltaço”. Ufa, tudo codificado, a entrevista foi para o ar para alegria dos ouvintes e de todos nós.