A seleção da Croácia chega à semifinal da Copa do Mundo no Qatar depois de cinco partidas, mas apenas uma vitória – a goleada 4 a 1 sobre o Canadá. Nos outros jogos, contra as seleções do Japão e do Brasil, foram dois empates de 1 a 1 e duelos vencidos na estratégia dos pênaltis.
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Faltou na composição do grupo do Tite um especialista em história e interpretação de enigmas. Ele teria advertido ao técnico brasileiro que a Croácia usa camisa quadriculada em homenagem ao tabuleiro de xadrez, jogo usado para determinar sua formação geográfica.
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Técnica dos jogadores, tática do treinador e estratégia, antes e durante uma partida fazem parte do futebol. Tomar o gol de empate, de contra-ataque, vencendo a partida que estava para se acabar mostrou que, na torre, nosso rei não soube orientar bem seus peões na disciplina tática.
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Aliás, foi bem deselegante a saída de Tite para o vestiário, abandonando o cenário e os jogadores em campo, a maioria deles em choro convulsivo. Tite, nos primeiros jogos da seleção, já havia tido outra escorregada. Na execução do Hino Nacional do Brasil, os jogadores cantavam e ele não.
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Decisão nos pênaltis é uma decisão justa? Não acho. A classificação de um e a consequente desclassificação do outro é uma questão aleatória, onde o processo de repetição deixa de fazer justiça ao conjunto da obra. As estatísticas da partida Brasil x Croácia demonstram bem isso.
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Nos chutes a gol foram 11 do Brasil e 1 da Croácia. Na posse de bola > 49/51, nos passes > 693/684, na precisão desses passes > 88%/89%, nas faltas cometidas >22/24.
Os números – existem outros também – revelam que a Croácia o tempo todo esperou o momento dos pênaltis para aplicar o xeque-mate.
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Única seleção de futebol presente em todas as Copas do Mundo, a seleção brasileira certamente estará na próxima, em 2026, com outro técnico e muitos jogadores novos no elenco. Do Qatar, embora volte um grupo desolado, volta também a proeza do Neymar que se igualou a Pelé, na contagem Fifa, como maior artilheiro da seleção brasileira.