VATICANO
O mundo católico vive um momento histórico. Às 14h15min desta quinta-feira, 8 de maio, o Cardeal Dominique Mamberti apareceu na sacada da Basílica de São Pedro para anunciar ao mundo o resultado do conclave: Habemus Papam! O novo pontífice é o cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, de 69 anos, que adotou o nome de Papa Leão XIV.
A escolha ocorreu pouco mais de uma hora após a tradicional fumaça branca sair da chaminé da Capela Sistina, sinalizando que os cardeais chegaram a um consenso após as votações do conclave, iniciado no início da semana.
Nascido em 12 de setembro de 1955, em Chicago, nos Estados Unidos, Prevost é membro da Ordem de Santo Agostinho (OSA) e construiu uma trajetória marcada pelo serviço missionário e pela proximidade com o Papa Francisco. Ele se destacou como missionário no Peru nos anos 1980, onde atuou por quase duas décadas, sendo reconhecido pela dedicação às comunidades mais vulneráveis e pelo diálogo intercultural.
Antes de sua eleição como papa, Prevost ocupava o cargo de Prefeito do Dicastério para os Bispos, uma das funções mais influentes da Cúria Romana, responsável pela escolha de novos bispos ao redor do mundo. Foi nomeado para essa posição em 2023 por Francisco, que valorizava seu perfil pastoral e sua visão sinodal da Igreja.
A escolha do nome Leão XIV é carregada de simbolismo. O último papa com esse nome foi Leão XIII, que ocupou o trono de Pedro entre 1878 e 1903 e ficou conhecido por sua encíclica Rerum Novarum, sobre a condição dos trabalhadores e os direitos sociais. Com isso, o novo pontífice sinaliza um possível compromisso com temas sociais, justiça e diálogo com o mundo contemporâneo.
Papa Leão XIV será o primeiro papa dos Estados Unidos na história da Igreja Católica, refletindo a crescente diversidade e internacionalização do colégio cardinalício. Sua eleição também pode indicar uma continuidade das reformas iniciadas por Francisco, com foco em uma Igreja mais sinodal, missionária e próxima dos pobres.
A expectativa agora se volta para a missa inaugural de seu pontificado e para os primeiros discursos, que devem apontar os rumos da Igreja nos próximos anos.