BARRA MANSA
Visando chamar a atenção da população a respeito das dores de cabeça o Dia Nacional de Combate à Cefaleia, é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCe). Segundo a entidade, estima-se que a enxaqueca afeta 15% da população mundial em algum momento da vida e 2% sofre com enxaqueca crônica, uma doença incapacitante e que compromete a qualidade de vida. No Brasil, pelo menos 30 milhões de pessoas enfrentam o problema, que é três vezes mais comum em mulheres do que homens.
De acordo com o clínico-geral Wevelin Matos, a enxaqueca crônica é caracterizada por crises de dores de cabeça, que ocorrem durante 15 dias ao mês, durante três meses. “Sintomas como náuseas ou vômitos, fotofobia (sensibilidade à luz) e fonofobia (desconforto provocado pelos sons) são relatados pelos pacientes, além de dor unilateral, dor intensa, pulsátil ou dor que piora com movimentação e/ou atividade física. Os episódios podem durar de 4 a 72 horas”, explica, segundo ele, geralmente pacientes com cefaleias recorrentes levam 5 anos para procurar um médico por causa de dores de cabeça, e 11 anos para procurar um especialista, algo que contribui para a cronificação da enxaqueca.
Qualquer que seja a origem da dor de cabeça é fundamental procurar um médico. Apesar de ser uma queixa comum, a cefaleia não deve ser frequente, nem durar longos períodos. O problema pode atrapalhar o dia a dia da pessoa e interferir em sua qualidade de vida.
É importante prestar atenção aos sinais que o corpo envia. Fique atento à alimentação, busque alternativas saudáveis e encontre sempre um tempo para descansar e evitar o estresse.
Fatores desencadeantes
Ambientais: luz forte e exposição solar; barulho e odores fortes como perfume e gasolina; alterações do sono, movimento e viagem;
Dieta: Pular refeições e abusar de café, vinho tinto, chocolates, alimentos embutidos, queijos curados, entre outros;
Psicológicos: Estresse, perdas ou mudança na rotina;
Hormonais: Menstruação de uso de contraceptivo que contém estrogênio.
Tipos de tratamento para enxaqueca
A enxaqueca pode ser tratada de maneira preventiva, e de forma não medicamentosa. Mudanças de hábitos do paciente, técnicas de relaxamento, fisioterapia e psicoterapia são positivas. Praticar atividade física, evitar picos de estresse, regular sono também ajuda a reduzir os quadros. Caso seja necessário o tratamento medicamentoso, ele pode ser feito de forma preventiva, para diminuir a frequência, ou agudo, direcionado para tirar o paciente o mais rápido possível da crise.
Há cinco tipos de dor de cabeça, saiba identificar o seu
- Enxaqueca
Uma crise costuma durar longas horas e acomete principalmente a região das têmporas, em ambos os lados da cabeça. Quem sofre de enxaqueca intensa também pode ter sensibilidade à luz e a sons. O tratamento deve ser feito com acompanhamento de um médico, já que as dores costumam ser frequentes e incapacitantes. Fora disso, compressas e massagens podem aliviar o quadro.
- Tensão e estresse
Esse é um dos tipos de dor de cabeça mais comuns. A dor geralmente acomete a testa e o alto do crânio e pode ser desencadeada por problemas familiares, ou profissionais. Além disso, hábitos pouco saudáveis e consumo excessivo de álcool, café e outras substâncias também estão associados ao desconforto.
- Alimentação
Alguns alimentos podem levar a dores de cabeça, especialmente em pessoas predispostas. Gordura em excesso, açúcar e café devem ser evitados por esses indivíduos. Esse último age dilatando os vasos sanguíneos, inclusive do cérebro, o que pode causar o problema.
- Problemas oculares
Pacientes que passam por grandes esforços visuais também podem se queixar de cefaleia. Hipermetropia e astigmatismo sem uso de óculos ou lentes de contato tendem a causar o desconforto.
- Sinusite
A inflamação dos seios da face também causa o sintoma. A dor costuma atingir as maçãs do rosto e a região acima dos olhos. Junto vêm outros incômodos, como secreção e coriza.