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Psicólogo diz como controlar o pânico gerado pelas notícias do coronavírus no Brasil

Por Franciele Aleixo
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BARRA MANSA

O novo coronavírus (Covid-19) chegou ao Brasil e é o assunto mais comentado da atualidade. Em São Paulo, foram confirmados dois casos, o estado do Rio de Janeiro avalia outros 62 casos suspeitos. Na região Sul Fluminense são oito os casos monitorados.

Devido a isto, a primeira sensação que muitos têm ao depararem com o desconhecido e com a possibilidade do contágio é o pânico, seguido do medo de sair de casa por não sentir-se mais seguro.

Em busca do ponto de equilíbrio para evitar o pavor coletivo, o psicólogo Renan de Morais Souza dá dicas de como evitar que o pânico atrapalhe a sua rotina. A primeira dica é não tentar controlar o que não pode ser controlado. “O ser humano tende a querer controlar tudo. Uma das coisas que devemos fazer para não se desesperar é separar o que podemos ou não controlar e agir dentro do que é possível. Não há como saber se você vai pegar o vírus, mas tem como se prevenir. Precisamos tomar os cuidados como lavar as mãos com frequência e evitar tocar as boca e os olhos. Ao tocar superfícies de ônibus ou maçanetas, e ainda ter contato físico com pessoas a dica é higienizar as mãos para evitar a gripe comum e quando estiver em aglomeração, usar a máscara”, descreve.

Outra dica dada por Renan é não se impressionar com os números dos noticiários. “O assunto do momento da grande mídia é a doença, então é preciso avaliar os números divulgados. São altos, mas se analisar a taxa de mortalidade é baixíssima, semelhante ao da gripe comum. Num primeiro momento parece catastrófico, mas é preciso ponderar e analisar. No Brasil acidentes de trânsito e dengue matam mais do que o coronavírus já em todo o mundo”, destaca Renan.

Mesmo com as dicas anteriores o leitor avaliar que sua preocupação e o medo estão exagerados ou ainda que está impedindo de fazer coisas que fazia habitualmente, a indicação é procurar ajuda de um psicólogo ou psiquiatra. “O medo exagerado pode estar associado ou pode disparar algum tipo de transtorno psicológico como ansiedade, fobias, transtorno obsessivo-compulsivo (toc) e ainda, a hipocondria. Se está exagerado é preciso de acompanhamento psicológico”, avalia.


Saiba como evitar o pânico em meio a crise do coronavírus 

Higienize as mãos- Lave suas mãos frequentemente com água e sabão ou com uma solução de álcool em gel. Esfregar as mãos ajuda a eliminar traços do vírus que podem estar presentes em lugares de uso comum.

Mantenha distância social- Mantenha pelo menos um metro de distância de pessoas que apresentam tosse ou espirros constantes. A tosse e o espirro propagam pequenas gotas de secreção e saliva que podem conter vírus. Com a proximidade, a chance de respirar ou ter contato essas gotículas aumenta.

Evite tocar os olhos, o nariz e a boca- Evite coçar, esfregar ou ter qualquer tipo de contato com as mucosas. Essas áreas têm contato direto com a corrente sanguínea e são mais sensíveis à presença de agentes de contaminação. As mãos estão em contato constante com superfícies que podem ser vetores de transmissão de vírus e bactérias. Mantê-las longe das mucosas diminui a chance de ficar doente.

Pratique higiene respiratória- Tenha boas práticas de higiene respiratória. Isso significa cobrir a boca e o nariz com o braço curvado ou com um lenço de tecido ou papel ao tossir e espirrar. Descarte ou higienize o material usado imediatamente. Gotículas de saliva e secreção são vetores do Covid-19. Evitar que outras pessoas entrem em contato com saliva contaminada evita não apenas o coronavírus, mas uma série de doenças respiratórias.

Não saia de casa se estiver com febre. Se os sintomas persistirem e caso haja dificuldade respiratória, busque atenção especializada imediatamente. Apesar de serem sintomas comuns, uma ação rápida pode evitar problemas mais sérios e o desenvolvimento de sintomas mais graves de infecções respiratórias.

Uso de máscaras- Pessoas saudáveis, sem sintomas como febre, tosse ou espirros não precisam usar máscaras, apenas profissionais de saúde e pessoas que apresentem sintomas parecidos com os do novo coronavírus precisam usar máscaras. A função das máscaras é conter a propagação do vírus em quem já está infectado. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o uso racional das máscaras.

 

 

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