A Coordenadoria de apoio à Central de Penas e Medidas Alternativas, ligada à Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, vai dar início aos cursos dirigidos aos apenados da Cadeia Luís Fernandes Bandeira Duarte, no distrito de Bulhões. Além dos detentos, familiares deles também poderão se capacitar.
Segundo a prefeitura, a ideia é oferecer oportunidades para que essas pessoas sejam reintegradas ao mercado de trabalho e também à sociedade. Entre os cursos já confirmados estão: conservação de alimentos, auxiliar de cozinha, auxiliar de eletricista. Ainda não há um prazo determinado para o início das atividades profissionalizantes.
As capacitações vêm de acordo com a necessidade identificada durante as visitas ao presídio, assim como no trabalho da Pastoral Carcerária, movimento da Igreja Católica e que auxílio aos detentos e seus familiares. Alguns presos contemplados com o regime semiaberto, quando esses podem sair para trabalhar e retornam no fim da tarde, não estão conseguindo emprego. Em entrevista recente ao A VOZ DA CIDADE, o deputado estadual Gláucio Julianelli, o Dr. Julianelli (Rede), que visitou o local na companhia do também deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), disse que iria verificar uma maneira de estimular e até sensibilizar empresas da região para que elas fizessem a contratação dessas pessoas.
“Vamos verificar a possibilidade, alguma maneira de estimular isso, sensibilizar as empresas porque uma das finalidades da prisão é a ressocialização”, pontuou na ocasião.
Problemas
Outras situações que afetam os presos de Bulhões, e que foi confirmada pela Pastoral Carcerária e pelos deputados Dr. Julianelli e Marcelo Freixo em visita, é a condição da alimentação que chega até eles. O local é abastecido com as chamadas “quentinhas”, que vem de Japeri, no Rio de Janeiro, a cerca de 100 quilômetros de distância, e muitas vezes chegam já azedas à unidade. Outro problema verificado diz respeito à reclamação dos presos de que os remédios para quem tem tuberculose estão chegando com atraso.
Procurada pela A VOZ DA CIDADE, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) não se pronunciou sobre o assunto.