Polícia Civil realiza operação contra provedores clandestinos ligados ao tráfico na Zona Norte do Rio

Por Mônica Vieira
a voz da cidade

RIO

Policiais civis da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) deflagraram nesta terça-feira, 5, a “Operação Rede Obscura”, com o objetivo de desarticular um esquema de exploração clandestina do serviço de internet em comunidades da Zona Norte do Rio e da Baixada Fluminense. A ação cumpre 17 mandados de busca e apreensão com apoio de equipes do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da 38ª DP (Brás de Pina).

A operação é um desdobramento de investigações que apuram a atuação de empresas de internet ilegais com vínculos diretos com facções criminosas. As apurações revelaram a existência de provedores clandestinos operando sob proteção armada, impedindo o trabalho de operadoras licenciadas, vandalizando redes e utilizando materiais furtados. Em algumas localidades, como o Morro do Quitungo, foram identificados pontos de vigilância armada, dificultando a atuação de agentes públicos e demonstrando a influência direta do crime organizado nas atividades.

Durante as buscas, foram apreendidos um fuzil, duas pistolas, dinheiro em espécie, cabos de fibra óptica e equipamentos eletrônicos. Duas pessoas foram conduzidas à delegacia para prestar esclarecimentos. A investigação aponta que uma das empresas, atuando no Quitungo, está ligada ao Comando Vermelho, enquanto outra, com presença em Cordovil e Cidade Alta, tem vínculos com o Terceiro Comando Puro.

A Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Polícia Civil também colaborou com o mapeamento das redes clandestinas. Técnicos de empresas regulares relataram quedas abruptas de sinal, logo após ações de sabotagem promovidas por funcionários de provedores ilegais, como o rompimento de cabos. Em outra ocasião, materiais furtados de operadoras autorizadas foram encontrados na sede de uma dessas empresas clandestinas.

Os responsáveis por essas empresas possuem antecedentes por crimes como tráfico de drogas, furto de energia e receptação. Eles também teriam relatado pagamentos regulares a líderes do tráfico em troca de “autorização” para explorar as áreas. Algumas equipes de instalação flagradas em atividade ilegal não tinham vínculo formal de trabalho, utilizavam veículos de terceiros e não possuíam qualquer tipo de habilitação para o serviço.

Todo o material apreendido passará por análise forense, com o objetivo de aprofundar as investigações e identificar os demais envolvidos no esquema. A Polícia Civil segue empenhada em combater a atuação do crime organizado em serviços essenciais nas comunidades.

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