BARRA MANSA
A Petrobras informou nesta terça-feira, dia 16, que sua diretoria executiva aprovou a nova política de preços para o diesel e a gasolina vendidos no Brasil. De acordo com a estatal, a nova política não refletirá apenas a cotação internacional do petróleo e do dólar como é hoje, com a chamada PPI (paridade de importação). A atual política de paridade de importação (PPI) foi criada durante o governo Michel Temer. Ela alinha os preços locais basicamente ao dólar e ao barril de petróleo.
A definição dos preços também levará em conta os custos internos de produção, que consideram capacidade de refino e logística, por exemplo, além dos diferentes tipos de petróleo produzidos no país. Os preços de importação e exportação de petróleo e derivados também entrarão no cálculo. Mas eles serão referência para a parcela do combustível importado ou exportado, não para todo o petróleo vendido.
Haverá uma espécie de personalização do preço, baseado no chamado ‘custo alternativo do cliente’. Na prática, se houver preço menor na concorrência, a Petrobras vai avaliar a redução do valor dos seus produtos para esse cliente. A é oferecer o mais baixo preço de mercado para os clientes. Os reajustes continuarão a não ter uma periodicidade definida.
A estratégia de preços vai variar não apenas pelo perfil do cliente (distribuidora, por exemplo), mas de acordo com a área de influência de suas refinarias.
Objetivo é evitar repasse da volatilidade
No comunicado divulgado, a Petrobras disse que ‘o anúncio encerra a subordinação obrigatória ao preço de paridade de importação, mantendo o alinhamento aos preços competitivos por polo de venda, tendo em vista a melhor alternativa acessível aos clientes’.
De acordo com a estatal, os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, ‘evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio’.
A empresa informou ainda que as decisões relativas à estratégia comercial continuam sendo subordinadas ao Grupo Executivo de Mercado e Preço, composto pelo Presidente da companhia, o Diretor Executivo de Logística, Comercialização e Mercados e o Diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores.
No comunicado, a Petrobras diz que a estratégia comercial está alinhada com a Diretriz de Formação de Preços no Mercado Interno (Diretriz) aprovada pelo Conselho de Administração em 27 de julho de 2022.
REDUÇÃO NOS PREÇOS
Também nesta terça-feira, dia 16, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, anunciou a redução nos preços da gasolina, do óleo diesel e do gás de cozinha (GLP). Os novos preços valem a partir desta quarta, dia 17.
Segundo Jean Paul Prates, as reduções nas distribuidoras serão as seguintes: gasolina A: redução de R$ 0,40 por litro (-12,6%); diesel A: redução de R$ 0,44 por litro (-12,8%); gás de cozinha (GLP): redução de R$ 8,97 por botijão de 13 kgs (-21,3%). Com essa redução, segundo a Petrobras, o preço do botijão de gás para o consumidor final pode cair abaixo dos R$ 100. O valor praticado na revenda, no entanto, não é controlado diretamente pelo governo.
De acordo com o gerente de um posto de combustíveis, Renato Barbosa, a expectativa é que com isso aumente o movimento dos postos. “Hoje em dia, dificilmente alguém enche o tanque de uma só vez, vai só completando. Com a mudança, a esperança é que as pessoas possam abastecer mais os veículos”, avalia.