Desemprego cai para 11,8% e informalidade é recorde, afirma IBGE

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SUL FLUMINENSE

O IBGE divulgou nesta sexta-feira, 27, que a taxa de desocupação do país caiu novamente e ficou em 11,8% no trimestre encerrado em agosto, após ficar em 12,3% no trimestre finalizado em maio. Mesmo assim, o país ainda tem 12,6 milhões de pessoas em busca de trabalho. A queda no desemprego foi puxada pela entrada de 684 mil trabalhadores no mercado, totalizando 93,6 milhões de ocupados, o maior número desde 2012.

No entanto, esse aumento na quantidade de pessoas trabalhando foi acompanhado por recordes nos níveis de informalidade. De acordo com informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), 41,4% da população ocupada se encontra na informalidade, a maior proporção desde 2016, quando esse indicador passou a ser produzido. Dos 684 mil novos ocupados, 87,1% entraram no mercado de trabalho pela via informal.

Na região, muitos trabalhadores exercem atividades sem carteira assinada e não buscam apoio como o Programa MEI. “Tenho minha barraquinha de frutas há seis anos e trocaria essa vida somente se fosse por um serviço fixo e com bom salário. O que recebo está acima de muita categoria e sigo informalmente, apesar de saber que poderia ser um MEI. Hoje estou contente assim, informalmente”, comenta o ambulante vendedor de morangos, Pedro Ricardo.

Segundo o IBGE, os empregados sem carteira assinada totalizaram 11,8 milhões de pessoas e os por conta própria somaram 24,3 milhões de trabalhadores no trimestre encerrado em agosto, os maiores contingentes da série histórica, iniciada em 2012. A pesquisa mostrou também que apenas 62,4% da população ocupada contribuiu para a previdência oficial no trimestre encerrado em agosto. “Há um movimento de queda desde o início do ano”, disse a analista da PNAD Contínua, Adriana Beringuy.

A taxa de subutilização caiu para 24,3%, puxada pelo aumento da ocupação e pela queda de 3,9% na população desalentada, que reúne 4,7 milhões que desistiram de procurar trabalho. E o número de subocupados por insuficiência de horas, aqueles que trabalham menos de 40 horas semanais e gostariam de trabalhar mais, está em 7,2 milhões de pessoas.

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