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Pacientes hemofílicos poderão ter carteira de identificação em Resende

Por Cyntia Freitas
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RESENDE

O Plenário aprovou, recentemente, indicação do vereador Wilson Nunes Duarte Júnior, o professor Wilson (PL) para que o Poder Executivo crie no município uma Carteira de Identificação e Informação do paciente hemofílico. A propositura, foi encaminhada para apreciação do prefeito Diogo Balieiro Diniz.

Segundo Professor Wilson, a carteira deve conter informações detalhadas da patologia, medicações utilizadas e recomendações para o tratamento de urgência e emergência. Ao argumentar sobre a indicação, o vereador destacou que a Hemofilia é uma doença genético-hereditária que se caracteriza pela desordem no mecanismo de coagulação do sangue ante a ausência de algum fator e como sintoma pode haver hemorragias intramusculares e intra-articulares, que desgastam as cartilagens e provocam lesões ósseas. “Devido a incapacidade de coagulação, nos episódios de sangramento, o paciente deve receber o tratamento o mais depressa possível. No entanto, os hemofílicos não podem receber determinados medicamentos, comumente usados em estabelecimentos médicos, tais como aspirina, butazona, diclofenaco e seus derivados. Desse modo, a Carteira de Identificação e Informação do paciente hemofílico servirá para instruir a equipe médica acerca da doença, além de funcionar como lembrete a ele mesmo quanto aos cuidados necessários a fim de maior qualidade de vida”, explicou professor Wilson.

O parlamentar ainda disse que a carteira deverá conter o nome completo do paciente, número do cartão do Sistema Único de Saúde (SUS), data de nascimento, o tipo de hemofilia, as orientações básicas em relação a medicamentos contraindicados, procedimentos invasivos e cirurgias, além do seguinte alerta: “Paciente hemofílico, em caso de emergência, informar esta condição à equipe médica atendente”. “Todos os hospitais, clínicas e estabelecimentos deverão, respeitando os permissivos legais, fornecer dados dos pacientes com hemofilia para implementação de um cadastro das pessoas com hemofilia, a ser organizado pelo município”, informou o vereador.


HEMOFILIA

A hemofilia é um distúrbio genético e hereditário que afeta a coagulação do sangue. No país, o tratamento das hemofilias é feito quase que exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que oferece uma linha de cuidado e prevenção de complicações, em diversas modalidades, além do diagnóstico correto e atendimento multidisciplinar especializado a todos os pacientes e familiares.

De acordo com a Federação Mundial de Hemofilia, o Brasil registra a quarta maior população de pacientes com hemofilia do mundo, cerca de 13 mil pessoas.

Em 2022, o Governo Federal investiu, aproximadamente, R$ 1,8 bilhão para aquisição de medicamentos para tratamento dessa e de outras doenças hemorrágicas hereditárias.

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