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Obras na RJ-163 contam com semáforo solar no controle de tráfego

Por Idel Pinheiro
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RESENDE

A Serviços Especiais de Engenharia (SEEL) realiza obras de recuperação na RJ-163, altura dos quilômetros 15,9 e no 19,5, locais onde houve deslizamento de terra em 2018, provocado pelas fortes chuvas na região, interditando parcialmente a via. Nesses dois pontos, na região do Parque Estadual da Pedra Selada, segundo o engenheiro Thales Lima Affonso, responsável pela obra, existe declive de água natural.

A RJ-163 é uma importante Estrada-Parque do estado do Rio que liga a Rodovia Presidente Dutra, em Itatiaia, ao distrito de Visconde de Mauá, na cidade de Resende. Segundo Affonso a água natural abastece o bairro turístico de Penedo, em Itatiaia, e também a Capelinha, em Resende. “Tem uma cachoeira e estamos executando contenção da encosta, drenagem e reposição da estrutura existente. No km 19,5 estamos fazendo uma ponte provisória, porque iremos construir uma ponte definitiva, para que toda a água passe por baixo dessa ponte e siga seu trajeto natural”, diz. 

O engenheiro Thales Affonso Lima comenta as ações realizadas na RJ-163 – Divulgação

O engenheiro explica que antes a água era canalizada, mas devido a uma chuva muito forte as manilhas não suportaram o grande volume de água, o que destruiu a rodovia. “Esta é uma área de proteção ambiental. Estamos invadindo o habitat natural dos animais, o que exige muito cuidado. Aqui tem lobo guará, onça, mico e alguns esquilos vieram roer restos de madeira. Esta é uma obra de alta complexidade”, afirma Thales Affonso que é técnico em edificações e engenheiro civil pela Universidade do Grande Rio (Unigrario), e pós-graduado em Engenharia Geotécnica pelo Centro Universitário Augusto Motta (Unisuam).

Segundo Thales Affonso, a RJ-163 registra alto fluxo de veículos, principalmente nos finais de semana e vésperas de feriado. Na rodovia só podem passar veículos de até 23 toneladas. São proibidas carretas, produtos perigosos. Reboque só com autorização, isso para evitar acidentes que possam contaminar a água ou a natureza da região.

SEMÁFORO MÓVEL SOLAR

A SEEL destaca que no fim de ano muitos veículos usaram a rodovia, exigindo uma atenção redobrada quanto à sinalização, diz o engenheiro. “Como já tinha ocorrido um acidente de fenômeno natural e estamos operando em meia pista, tivemos que adequar a sinalização para a segurança dos usuários. O local não tem iluminação pública e para evitar que funcionários ficassem controlando o tráfego com bandeirolas optamos pelo semáforo a energia solar”, comenta Thales Afonso.


Ele explica que a falta de energia elétrica tornou inviável a instalação de um semáforo tradicional. Outra opção seria o uso de um gerador para alimentar o sinalizador, mas segundo diz, isso iria impactar no custo da obra, pois para funcionar 24 horas seguidas iria exigir gente no local o tempo todo para abastecer o gerador. “Pensamos tanto do ponto de vista financeiro como para os usuários da rodovia e optamos pelo Semáforo Solar Móvel, desenvolvido e produzido pela Damata Solar. O equipamento está em uso há algum tempo e está dando certo e dá mais segurança, pois é mais fácil para o usuário respeitar”, afirma.

O engenheiro comenta que pesou na escolha do equipamento o fato de não precisar ter gente no local o tempo todo, como no caso de um gerador. “Onde estamos trabalhando a pista faz uma curva em S e o usuário não enxerga quem vem do lado oposto. Foram esses pontos que nos levaram optar pelo semáforo móvel solar. Esta evolução tecnológica atendeu nossa necessidade de garantir segurança aos usuários e trabalhadores”, justifica.

A RJ-163 sofre intervenção nas alturas dos KM 15,9 e 19,5 no acesso a Visconde de Mauá – Divulgação

Para Thales Affonso o Semáforo Móvel Solar é muito útil e disse que irá indicar o uso do equipamento para outras empresas que também fazem obras em estradas, pois oferece muita segurança. “Na SEEL sempre apresentamos as novidades tecnológicas para que outras pessoas possam testar a nova solução”. Ele acredita que este novo semáforo da Damata Solar pode se consolidar como uma ferramenta necessária para obras viárias, no que tange à segurança dos trabalhadores e usuários. Isso porque nem todas as rodovias do país têm energia elétrica e em muitas, a sinalização é apenas com tachos nas faixas.

Qualquer intervenção que tenha que ser feita nestes locais será preciso utilizar o semáforo móvel solar para orientar os motoristas. “Com certeza essa inovação tecnológica vai ser uma grande evolução para a engenharia de obras. Se o trabalho fica em uma rodovia sem iluminação pública, temos sempre que pensar nessa alternativa de sinalização”, conclui.

SEEL

A Serviços Especiais de Engenharia é especializada em geotécnica, fundações, infraestruturas e recuperação estrutural. Fundada em 1993, no Rio de Janeiro, tem mais de 830 obras realizadas, além de projetos, parcerias e orientação técnica, tanto na área de serviços públicos como para a iniciativa privada. A SEEL aprimora técnicas, equipamentos e metodologias de controle. Projeta e executa cortinas ancoradas, muros de peso de várias concepções, estacas tipo raiz executadas com equipamentos modernos e que não interfere em obras vizinhas, reforço de fundação, provas de carga, troca de aparelho de apoio, além de serviços de geotécnica, como sondagens, tratamento de faces de maciços rochosos, injeções no terreno, instalação de instrumentação e obras de terra.

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