SUL FLUMINENSE
Nesta semana, o Ministério da Saúde confirmou 4.144 casos de varíola dos macacos, também conhecida como monkeypox, e uma morte. Em aproximadamente 19 dias, o número de casos dobrou, o que aponta para o avanço da doença pelo Brasil. O país tem a maior quantidade de infectados na América Latina e a terceira no mundo. Na região há casos confirmados em Barra Mansa, Resende e Porto Real, ambas com um caso.
Com 2.640 infectados, São Paulo lidera em número de casos, o equivalente a 63,7% do total. Rio de Janeiro ocupa o segundo lugar, com 508 (12,2%), e Minas Gerais registra 221 (5,3%). Dessa forma, a Região Sudeste concentra mais de oito em cada dez infectados em todo o Brasil.
A monkeypox tem baixa letalidade, mas a doença pode evoluir para quadros mais graves, sobretudo em pessoas de grupos de risco. Entre eles, estão imunossuprimidos — quem tem imunidade fragilizada devido a câncer, HIV/Aids ou transplante, por exemplo —, gestantes e crianças.
O Ministério da Saúde anunciou a compra de 50 mil doses de vacina para profissionais de saúde e pessoas que tiveram contato com infectados. A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), escritório da OMS nas Américas, fechou acordo com a fabricante Bavarian Nordic, da Dinamarca.
NA REGIÃO
Em Barra Mansa há um caso confirmado. O morador com diagnóstico positivo encontra-se em isolamento, recebendo acompanhamento da equipe de Vigilância em Saúde. Os demais que já fizeram exame permanecem em isolamento aguardando confirmação. As amostras colhidas em pacientes de Barra Mansa são enviadas para o Laboratório Central Noel Nutels (Lacen), no Rio de Janeiro.
Já Volta Redonda destaca que Até o momento, não há confirmação de nenhum caso de Monkeypox em Volta Redonda. O cenário atual é de 13 casos notificados, dois descartados, e 11 sob investigação. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) reforça que o atendimento a casos suspeitos da doença deve ser realizado, preferencialmente, nas unidades básicas de saúde (UBSs e UBSFs) da Atenção Primária. Sendo que a Vigilância em Saúde deve ser comunicada imediatamente quando pacientes suspeitos de monkeypox derem entrada na rede pública ou privada.
Em Itatiaia, até o momento, a Secretaria de Saúde notificou quatro casos suspeitos, sendo todos eles descartados após exame laboratorial. No momento, não há casos suspeitos. A Prefeitura de Itatiaia pede para que, em caso de sintomas (febre, dor de cabeça, mal-estar, cansaço e lesões na pele ou mucosas) a pessoa procure uma unidade de saúde para ser avaliado por médico.
Rio Claro informa que não casos suspeitos ou confirmados na cidade. Já Quatis informa que não há casos confirmados, mas está no aguardo de um resultado de exame. Em caso de sintomas, o usuário deve procurar atendimento no Hospital São Lucas, lembrando do uso da máscara.
Resende há um caso confirmado.
transmissão
De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), as principais formas de transmissão são:
-Contato direto com as lesões e fluidos corporais do paciente infectado;
-Contato com superfícies e objetos contaminados, como utensílios de cozinha e roupas de cama ou banho;
-Por gotículas respiratórias, quando há o contato próximo e prolongado com o paciente infectado, o que pode ocorrer através de qualquer contato intimo como beijar, abraçar, dormir junto ou cuidar de um familiar doente;
-De mãe para o bebê pela placenta ou por contato próximo durante e após o parto;
-Possíveis mecanismos de transmissão por vias aéreas- através de tosse, espirro ou fala- ainda não são bem compreendidos e serão necessários outros estudo para que se entenda mais a respeito;
-O vírus pode ser transmitido desde o momento em que surgem os primeiros sintomas até que as lesões desapareçam. Depois de uma nova camada de pele se forma, a transmissão não corre mais.
Sintomas
De acordo com o Ministério da Saúde, os principais sintomas são: Erupção cutânea ou lesões de pele; Adenomegalia/Linfonodos inchados (ínguas); Febre; Dores no corpo; Dor de cabeça; Calafrio e Fraqueza.
