SUL FLUMINENSE
O cenário econômico com a chegada do fim de ano gera uma expectativa de bons negócios para os empresários dos setores de comércio e serviços e a expectativa é que as micros e pequenas empresas adotem o planejamento de investir apostando, sobretudo no início de 2019, quando novos gestores conduzirão a economia nacional.
Segundo dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), ao menos quatro em cada dez empresários pretendem investir nos seus negócios nos próximos três meses – 39% dos pesquisados. E outros 44% não preveem investimentos para seus negócios. Entre estes empresários, 46% afirmaram não ver necessidade e 24% entendem que o país ainda não se recuperou da crise. Outros 16% alegam que já investiram recentemente e 15% mencionam falta de recursos. Os dados refletem também a opinião dividida de parte dos empresários no Sul Fluminense. “O melhor momento de investir é o início do próximo ano, quando teremos novo presidente, governador, a política econômica vai mudar e novas perspectivas irão surgir”, opina o empresário Orlando Novais, de Resende, que mantém negócios no setor de serviços.
Segundo a CNDL, mesmo com o crescimento observado entre os resultados de outubro e novembro, o percentual dos que não pretendem investir supera o dos que planejam fazê-lo, o que mostra cautela de uma parcela significativa dos micro e pequenos empresários que continuam sentindo os reflexos remanescentes da recessão econômica de 2017. Em uma escala de zero a 100, o Indicador de Propensão a Investir registrou 46,8 pontos em novembro, 12% acima do mês anterior. Pela metodologia, quanto mais próximo de 100, maior a propensão para o investimento. Quanto mais próximo de zero, menor a propensão. “Eu tenho um restaurante e o volume de clientes e entregas está reduzindo com as pessoas passando a economizar neste segmento de comer fora. Acho que é o momento econômico, sem dúvida. Por isso, ainda que algo mude nos próximos três meses não pretendo investir, a princípio. Prefiro observar e constatar nos lucros a estabilização da economia para investir”, argumenta o empresário Luis Alberto Maia, de Itatiaia.
Para o presidente da CNDL, José César da Costa, a volta do apetite por novos investimentos por parte dos micro e pequenos empresários representa um bom sinal, apesar de outra boa parte aguardar um cenário econômico mais definido. “Os empresários esperam maior previsibilidade em relação aos rumos do país e um quadro de menor risco para que possam tirar do papel seus projetos”, avalia.
NATAL
De olho na proximidade do fim de ano, 50% dos empresários que têm intenção de investir planejam aumentar suas vendas. Já 26% destinarão recursos para atender ao aumento da demanda em seus estabelecimentos. Dados do indicador mostram que a principal finalidade dos investimentos de quem pensa em vender mais é ampliar os estoques (32%). Além desses, 25% pretendem reformar a própria empresa; 22% comprar equipamentos e maquinário; 13% usar os recursos em mídia e propaganda; e 12% expandir o portfólio de produtos e serviços.