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Mês de junho é destinado à luta contra o câncer de pele

Por Franciele Aleixo
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BARRA MANSA

Mais de 170 mil novos casos são esperados até o fim deste ano de câncer de pele, tipo mais comum no Brasil. A estatística é do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Por isso, o mês de junho foi escolhido como mês de conscientização e prevenção a doença, resultando no Junho Preto.

Existem dois grupos principais de câncer de pele, o melanoma, respondendo por 6.260 casos e o não-melanoma, que é responsável por 165.580 novos diagnósticos para este ano.

Exposição solar é o principal fator de risco

De acordo com a dermatologista Maria da Glória Marinho de Paiva, o principal fator de risco é a exposição aos raios ultravioleta, em especial o UVB, que está associado à queimadura solar. Mas isso não quer dizer que os cuidados devem se concentrar no verão. As medidas de prevenção valem para o ano todo: evitar exposição excessiva ao sol no período de 10 às 16 horas, aplicar protetor solar diariamente e utilizar chapéu e óculos escuros para atividades ao ar livre. “O ideal é não se expor nos horários de picos. Mas, caso haja necessidade, é aconselhável o uso de roupas com proteção solar são indicadas, somada ao uso do protetor solar e óculos escuros para proteger os olhos”, destaca.

Ela explica que pessoas com muitas pintas e histórico de câncer de pele na família precisam realizar exames a cada seis meses. “Essas pessoas tem maios incidência da doença. Além disso, é preciso prestar atenção ao seu fototipo de pele, quanto mais claro, mais cuidados requer’, aponta.

A exposição solar sem proteção, histórico de queimadura solar, principalmente na infância e adolescência e ainda ter a pele clara são fatores de risco para câncer de pele não-melanoma. Cuidado com lesões recentes, que coçam ou sangram com facilidade, em áreas foto expostas como face, colo, orelha e membros.

Já o câncer de pele melanoma aparece como uma pinta, sinal ou mancha. De acordo com a dermatologista, ele pode vir de um nevo anterior ou de uma área sem lesão precursora. Os fatores de risco para esse tipo da doença, são as múltiplas manchas, história pessoal ou familiar de melanoma, queimadura solar, pele clara, entre outros.

Conforme a médica descreve, é de extrema importância ficar atento às manchas, principalmente em regiões que prestamos menos atenção como orelhas, couro cabeludo, área da genitália, mãos, pés e unhas e, a qualquer sinal de mudança, deve-se procurar um dermatologista.

Diagnóstico e Tratamento


Quase sempre tratável quando diagnosticada no início, a doença é de difícil tratamento em casos avançados. A prevenção e a detecção precoce são as maiores aliadas contra a doença, por isso é importante estar atento a qualquer alteração na pele.

É importante que o melanoma seja identificado o quanto antes. Quando iniciado cedo, o tratamento tem melhores resultados e maior chance de manter a doença controlada.

O diagnóstico do câncer de pele melanoma começa após a identificação de uma pinta suspeita na pele que, na maioria das vezes, é retirada por meio de uma pequena cirurgia (biópsia) e confirmado pelo exame anatomopatológico. Caso seja necessário, exames de imagem como raio-X, tomografia e ressonância magnética podem ser solicitados para avaliar se a doença se instalou em outra parte do corpo.

O câncer melanoma pode afetar órgãos como cérebro, pulmões, ossos ou fígado, causando sérios danos à saúde. Cerca de 40% dos pacientes evoluem para metástase cerebral e estima-se que apenas 20% dos pacientes de estágio avançado sobrevivem por cinco anos. Nesses casos, são necessárias opções de tratamento para pacientes que apresentam essas progressões da doença.

Essa agressividade desafia pacientes, médicos e pesquisadores que têm buscado, cada vez mais, alternativas de tratar o câncer melanoma avançado. As recentes inovações na terapia da condição estão mudando o panorama do tratamento, que costuma ser feito por meio de cirurgia, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e, mais recentemente, a terapia-alvo.

A regra do ABCDE

Seguindo as orientações e prestando atenção nos sintomas o paciente pode identificar lesões suspeitas de melanoma. A detecção precoce e o tratamento adequado podem garantir a cura da doença. O tratamento padrão ouro é cirúrgico.

A: assimetria – lesões assimétricas são mais preocupantes que as regulares

B: bordas – pintas com bordas irregulares merecem mais atenção

C: coloração – se a mancha tiver mais de duas cores deverá ser examinada
D: dimensão – lesões maiores que seis mm precisam ser avaliadas pelo dermatologista
E: evolução – essa parte, a percepção do paciente é indispensável. É o paciente que irá dizer se a lesão está mudando

 

 

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