SUL FLUMINENSE
Dois nomes do Partido Democrático Trabalhista (PDT) se apresentaram como pré-candidatos a deputado estadual e federal. Marcelo Borges da Silva, presidente da Câmara de Barra Mansa, conhecido como Marcelo Cabeleireiro, se dispõe a trabalhar seu nome como pré-candidato a uma cadeira na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Já o presidente de Câmara de Resende, Roque Cerqueira lutará para seu nome ser aceito na disputa a uma vaga na Câmara Federal. E ambos já começaram os trabalhos nas cidades da região.
Um tentará vaga na disputa à Alerj e outro pode vir para Câmara Federal
Segundo o prefeito de Piraí, Luiz Antônio, que é um dos que responde pelo PDT no Sul Fluminense, dois fatores devem ser observados para o próximo pleito. O primeiro é o que a Câmara Federal pode alterar nas regras das eleições, como principalmente o voto chamado “distritão”, onde cada estado ou município (para votação para deputado estadual ou federal e vereador) vira um distrito eleitoral e os mais votados são eleitos não sendo levados em conta os votos para o partido. Num segundo momento, segundo Luiz Antônio, está a discussão das cidades do Sul Fluminense, com diretórios do PDT organizados, para definir um representante do partido para Alerj e Câmara Federal, pelo menos.
“Ambos, Marcelo e Roque se apresentaram como pré-candidatos, mas será definido em convenção. Porém, são nomes importantes. Na região estamos procurando organizar para trabalhar os diretórios de forma conjunta, tratando duas coisas: o que queremos da política e o que a população espera do político. Sei que estamos em um momento de corrupção em alta, com a população descrente da política, mas é preciso falar sobre a política, dos projetos que a região precisa ter”, destacou.
Luiz Antônio afirmou que para a região ter representatividade faltava os diretórios se unirem, e isso fala de todos os partidos, porque a lógica é ter menos candidatos que possam trabalhar na região e conquistar os votos necessários. Ele mencionou que o PDT tem crescido, ainda mais com a consolidação cada vez maior do nome de Ciro Gomes como pré-candidato a presidente da República e a possibilidade do partido lançar um pré-candidato ao Governo do Estado, que é o prefeito atual de Niterói, Rodrigo Neves.
PRÉ-CANDIDATOS
Marcelo Borges, já havia informado ao A VOZ DA CIDADE o fato de que seria pré-candidato a deputado estadual. Ele contou que já tem feito o trabalho de conversar com representantes do partido no Sul Fluminense. “Vai depender mesmo quando tiver próximo da eleição. Temos que ver também a aceitação da população, mas o PDT quer lançar dois nomes para Alerj e Câmara Federal e o meu e do Roque foram apresentados. Estamos trabalhando. Essa semana pretendo voltar a Angra dos Reis para nova conversa com representantes do diretório local”, destacou Marcelo que tem quatro mandatos como vereador por Barra Mansa, é advogado, pós- graduado em Direito Público.
Segundo ele, além de Barra Mansa ter uma carência de muitos anos de representante na Alerj, declara existir uma insatisfação com os atuais deputados da região.
NOVIDADE
O vereador de três mandatos, Roque Cerqueira, presidente do Legislativo por duas vezes, é a novidade apontada no cenário do PDT no Sul Fluminense. Ao A VOZ DA CIDADE admitiu ontem que é um pré-candidato a uma vaga na Câmara Federal. “É um momento que os partidos precisam se organizar e o PDT já definiu seu posicionamento de trabalhar dois nomes na região. Estamos com esse propósito e fazendo reuniões”, declarou, completando que já esteve em Angra dos Reis, Barra Mansa, Piraí, Porto Real conversando sobre possíveis alianças.
Roque frisou que conta com apoio do atual prefeito de Resende, Diogo Balieiro, que é do PSD, para entrar na disputa. E sobre a decisão de se pré-candidatar, citou que há um clamor para uma representatividade e ele acredita ser esse o momento certo. Questionado sobre se o atual cenário não o desmotiva, já que muitos estão descrentes da política, Roque frisou que tem seu histórico de trabalho para convencer as pessoas. “Até a pouco tempo a política no estado era comandada pelos tubarões, na base do dinheiro, agora não, será na sola do sapato”, concluiu.
