BARRA MANSA
Programada para ter tempo indeterminado, a manifestação dos caminhoneiros chegou ao fim na madrugada de segunda-feira, durando poucas horas. O ato durou aproximadamente 10 horas.
De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PFR) os manifestantes liberaram a passagem para caminhões durante a madrugada às 2h27min. Carros, motos, ônibus passaram, ficando na manifestação os caminhões e carretas de cargas. O ato que tinha com objetivo pedir a redução do preço do diesel que chegou a R$ 2,1112 nas refinarias e terminou com prejuízo para um caminhoneiro.
O profissional autônomo Augustinho de Jesus Lima, 70 anos teve seu caminhão depredado. Ele conta que seguia sentido Rio de Janeiro onde iria descarregar, ao ver fogo na pista, desviou seu caminhão por pensar ser um acidente. “Fui entrar no posto para desviar do fogo e quando estava saindo jogaram pedras, quebraram o parabrisa. Estou com a entrega atrasada e com o prejuízo de R$ 522 que é a troca do vidro. Sou a favor sim da manifestação e seus motivos, mas que seja pacifica”, destaca Augustinho.
O presidente do Sindicato dos transportadores autônomos de carga, Francisco Wilde disse que esse foi um movimento espontâneo, mas acompanhou de perto pelo sindicato. “O sindicato não organizou o ato, apenas acompanhamos. Estamos em reunião com outros sindicatos do estado para fazer uma manifestação maior e mais organizada. Vamos fazer passeatas para aumentar as participações no ato, não há manifestações previstas para os próximos dias”, citou.
De acordo com eles, os sucessivos aumentos em combustível tem prejudicado a categoria. “Acabamos ficando com o prejuízo, tudo é pago a vista. O preço do frete não acompanha o preço do cumbustivel deixando o caminhoneiro sem margem de lucro”, citou.
Manifestação
Caminhoneiros iniciaram às 16 horas de ontem na Rodovia Presidente Dutra, altura do bairro Vila Ursulino, a paralisação nacional dos caminhoneiros autônomos. Os manifestantes colocaram fogo em pneus, impedindo em alguns momentos o trânsito total nos dois sentidos. Com a chegada da Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma das pistas (em ambos sentidos) ficou paralisada e a outra liberada. Um dos caminhoneiros falou ao A VOZ DA CIDADE que a manifestação era por conta do alto preço do combustível, principalmente o óleo diesel, que somente neste ano teve 27% de aumento.
