PARATY
Dara de Almeida Santos de Souza, de 25 anos, ainda não sabe que os filhos (de quatro, cinco e sete anos) morreram após um acidente criminoso ocorrido na casa onde moravam, no Ilha das Cobras, na última sexta-feira, dia 24. A afirmação foi feita pelo pai da vítima ao jornal EXTRA, que divulgou nesta segunda-feira, 27, uma entrevista que ele fala sobre o estado de saúde da filha e como a família vai agir durante a recuperação de Dara.
O padrasto das crianças, de 36 anos, que foi preso no mesmo dia, foi encaminhado para a Casa de Custódia de Volta Redonda no sábado, 25, após intenso clamor popular, já que ele é o suspeito do homicídio. Ele foi ouvido pelo juiz, que decretou nesta tarde o pedido de prisão preventiva feita pelo delegado titular da 167ª Delegacia de Polícia (DP), Marcelo Russo.
Ao jornal EXTRA, o pai de Dara, que preferiu não se identificar, disse que esteve com a filha no domingo, dia 26, e que a mesma estava acordada e tossindo muito. Na sexta-feira, ela foi encaminhada para o Hospital da Praia Brava após o incêndio, por ter inalado muita fumaça, sendo seu primeiro laudo médico considerado grave. Seu estado de saúde ainda inspira cuidados, mas ao jornal o pai da jovem disse que a mesma está fora de perigo. “Ela apresentou uma melhora, mas parece ainda não se lembrar do que aconteceu. Ainda não sabemos como e quando vamos dizer que seus três filhos morreram. Talvez quando ela deixar a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), disse o avô das crianças, que foram todas enterradas sábado, 25, no Cemitério Municipal de Paraty, ao jornal EXTRA.
O homem também disse ao jornal que a filha está com ferimentos no rosto e arranhões no braço, como ‘se tivesse apanhado’. Ela foi encontrada dentro de casa.
Marcelo Russo já ouviu sete testemunhas e pediu a prisão preventiva do padrasto, que será definida após uma conversa que terá com o juiz da Casa de Custódia. O delegado explica que quando colheu depoimento dele, o mesmo não chorou e nem mostrou arrependimento. “Ele teria premeditado o crime por ciúme, pois queria ter Dara só pra ele. Tanto que ele a colocou no banheiro da casa”, disse o policial.
Ele deverá responder por triplo homicídio, tentativa de feminícidio e por ter provocado incêndio em local habitado. A pena pode passar de cem anos.