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Luiz Antônio Correa se posiciona contrário ao voto impresso e Antonio Furtado a favor

Por Carol Macedo
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SUL FLUMINENSE/BRASÍLIA

Foi realizada  na noite de terça-feira, dia 10, na Câmara dos Deputados, a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propunha o voto impresso em eleições, plebiscitos e referendos. A medida foi arquivada. Dos 513 parlamentares, votaram a favor do voto impresso 229 e 218 contrários. Foram 64 ausentes e uma abstenção. Por se tratar de uma PEC eram necessários no mínimo 308 votos. A região Sul Fluminense está atualmente representada na câmara por dois parlamentares: Luiz Antônio Corrêa que votou contra a medida e Antonio Furtado que se posicionou a favor.

Com a decisão da Câmara, o texto será arquivado, e o formato atual de votação e apuração fica mantido nas eleições de 2022.

A PEC propunha a inclusão de um parágrafo na Constituição Federal para definir a obrigatoriedade da expedição de células físicas conferidas pelo eleitor nos processos de votação das eleições. A impressão do voto depositada na urna eletrônica é defendida pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, que tem feitos ataques ao sistema eleitoral sem provas. E mesmo com o arquivamento da PEC, hoje, 11, o presidente voltou a fazer críticas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), citando que as eleições de 2022 não serão confiáveis. A fala do presidente foi contrária ao que o presidente da Câmara Federal Arthur Lira tinha dito na terça-feira que se a PEC não fosse para frente o presidente tinha se comprometido a encerrar o assunto do voto impresso.

O Estado do Rio de Janeiro tem 46 deputados federais. Vinte e um foram contrários a continuidade da discussão da PEC do voto impresso e o mesmo número foi a favor. Os outros quatro não votaram.

O deputado Luiz Antonio Corrêa (PL) votou contrário. Ele citou ser favorável a qualquer processo que dê mais transparência às eleições, mas não seria esse o caso da impressão do voto. Ressaltou que há questões muito mais urgentes a serem discutida, ponderando a situação da pandemia e onde há cidades que estão com falta de doses de vacinas. Citou ainda a reforma tributária que ainda não entrou em pauta, o fim dos supersalários, por exemplo. “Logo, preferi ficar com a palavra da Polícia Federal e de todos os técnicos que testaram e retestaram o sistema adotado no Brasil. Até agora, ninguém que levanta a possibilidade de fraude nas urnas eletrônicas apresentou provas dessas alegações. O que eu percebo é que o governo tenta colocar em xeque as instituições a todo momento, em vez de fortalecê-las. Quem defende a democracia e o estado democrático de direito não deve ter medo de vaias. Já sofri críticas em outros momentos e a realidade, razão e ciência se impuseram. Foi assim quando defendi o uso de vacinas, foi assim quando defendi o auxílio emergencial. E defenderei sempre o voto universal, individual e secreto”, disse o deputado de Valença.

Antonio Furtado é deputado do PSL, de Volta Redonda. Ele apontou que é um apoiador do voto auditável. “Votei a favor da transparência e da democracia que, acredito, seria ampliada com a possibilidade do eleitor ver a sua escolha impressa em um papel, automaticamente, depositado em uma urna sem qualquer contato manual. O meu voto a favor foi vencido pelo maioria contrária. Infelizmente, não será possível o eleitor ter essa garantia. Todavia, mantenho a cabeça erguida e tenho orgulho do meu voto. Nas eleições de 2022, vamos cobrar medidas cibernéticas de segurança na urna eletrônica e no sistema de totalização dos votos. Fiscalização é a palavra de ordem”, apontou.


VOTARAM NÃO (DEPUTADOS DO RIO)

Alessandro Molon (PSB-RJ), Altineu Côrtes (PL-RJ), Aureo Ribeiro (Solidariede-RJ), Benedita da Silva (PT-RJ), Chico D´Angelo (PDT-RJ), Chiquinho Brazão (Avante-RJ), Christino Aureo (PP-RJ), Daniela Waguinho (MDB-RJ), David Miranda (PSOL-RJ), Dr.Luiz Antonio Jr (PP-RJ), Glauber Braga (PSOL-RJ), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Julio Lopes (PP-RJ), Luiz Antônio Corrêa (PL-RJ), Marcelo Calero (Cidadania-RJ), Marcelo Freixo (PSB-RJ), Paulo Ramos (PDT-RJ), Pedro Augusto (PSD-RJ), Pedro Paulo (DEM-RJ), Rodrigo Maia (S.Part.-RJ), Talíria Petrone (PSOL-RJ).

VOTARAM SIM  (DEPUTADOS DO RIO)

Carlos Jordy (PSL-RJ), Chris Tonietto (PSL-RJ), Clarissa Garotinho (PROS-RJ), Del Antônio Furtado (PSL-RJ), Felício Laterça (PSL-RJ), Gurgel (PSL-RJ), Gutemberg Reis (MDB-RJ), Helio Lopes (PSL-RJ), Hugo Leal (PSD-RJ), Jorge Braz (Republicano-RJ), Lourival Gomes (PSL-RJ), Luiz Lima (PSL-RJ), Major Fabiana (PSL-RJ), Márcio Labre (PSL-RJ), Marcos Soares (DEM-RJ), Otoni de Paula (PSC-RJ), Paulo Ganime (Novo-RJ), Professor Joziel (PSL-RJ), Ricardo da Karol (PSC-RJ), Rosangela Gomes (Republicano-RJ), Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ).

QUEM NÃO VOTOU (DEPUTADOS DO RIO)

Daniel Silveira (PSL-RJ), Flordelis (PSD-RJ), Gelson Azevedo (PL-RJ), Soraya Santos (PL-RJ).

 

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