Faixa de Gaza
A Faixa de Gaza viveu na madrugada desta segunda-feira, 13, um dos dias mais marcantes desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em outubro de 2023. Após intensas negociações internacionais, o grupo palestino libertou os últimos 20 reféns israelenses que permaneciam em cativeiro. A entrega foi acompanhada por autoridades do Crescente Vermelho e pela ONU, e simbolizou o início de uma trégua temporária entre as partes.
Em contrapartida, o governo israelense iniciou a libertação gradual de cerca de 2 mil prisioneiros palestinos. O acordo foi mediado por Estados Unidos, Egito e Catar, que atuaram nos bastidores para viabilizar o cessar-fogo e garantir o transporte seguro dos libertados.
As imagens do dia mostraram cenas de emoção em Tel Aviv e em diversas cidades israelenses, onde famílias se reencontraram após quase dois anos de angústia. Do lado palestino, as ruas de Gaza registraram manifestações de alívio, mas também de cansaço e incerteza sobre o futuro.
Apesar da trégua, a situação humanitária na Faixa de Gaza continua dramática. Estima-se que dezenas de milhares de pessoas tenham morrido desde o início dos combates, e os serviços básicos seguem colapsados. Falta energia elétrica, alimentos, medicamentos e água potável em grande parte do território, segundo organizações internacionais.
Enquanto o cessar-fogo oferece uma pausa nos ataques, analistas alertam que o acordo ainda é frágil. Israel exige garantias sobre o desarmamento do Hamas e o fim do lançamento de foguetes, enquanto o grupo palestino reivindica o fim do bloqueio econômico imposto à região.
Líderes internacionais esperam transformar o cessar-fogo em um processo de paz mais amplo. Para isso, estão previstas novas rodadas de negociação nos próximos dias, com foco na reconstrução da Faixa de Gaza e na criação de um mecanismo permanente de monitoramento da trégua.