ITATIAIA
A prefeitura, por meio da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, aderiu à “Campanha Sinal Vermelho para a Violência Doméstica”, que busca incentivar que mulheres em situação de violência denunciem, nas farmácias, as agressões durante o período de isolamento social. A proposta é oferecer treinamento aos trabalhadores das farmácias, entre eles, farmacêuticos, e balconistas, para acolhimento das vítimas e tomada de providências.
Representantes de farmácias locais estiveram reunidos, na terça-feira, com a secretária de Políticas Públicas para as Mulheres, Luciana Pimentel Cavallari e a juíza de Direito da Vara Única da Comarca de Itatiaia, Carolina Dubois Fava de Almeida, na sede da secretaria. “O objetivo foi informar e pedir o apoio e adesão para iniciar a Campanha Sinal Vermelho em nossa cidade. Durante o isolamento social, em meio à pandemia da Covid-19, a violência doméstica contra as mulheres aumentou consideravelmente. Muitas vítimas estão com dificuldade de denunciar o agressor ou de buscar ajuda, algumas por estarem o tempo todo em sua companhia”, afirmou Luciana.

A proposta é oferecer treinamento aos trabalhadores das farmácias para acolhimento das vítimas e tomada de providências-Cristiano Braga/PMI
O próximo passo para o início da campanha é um treinamento com os atendentes das farmácias que aderirem e também o preparo de todo material de divulgação. A secretária explica que a participação dos atendentes de farmácia na campanha consiste na comunicação com a polícia e no acolhimento da vítima. “Os atendentes não serão conduzidos a delegacia e nem, necessariamente, serão chamados a testemunharem. A ideia é incentivar a vítima a desenhar um “X” na mão e exibi-lo ao atendente ou farmacêutico. Assim, o balconista acionará as autoridades competentes. Acreditamos que um simples sinal pode salvar a vida de uma mulher vítima de violência doméstica”, disse Luciana.
A campanha é fruto de uma parceria entre a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).