ESTADO
O Índice de Atividade Econômica Regional do Rio de Janeiro (IBCR-RJ) registrou em julho crescimento de 2,5% em relação a junho, na série livre de efeitos sazonais. Mesmo com o crescimento, a atividade em julho ainda se encontrava 5,6% abaixo da atividade de fevereiro. O IBCR é um indicador divulgado mensalmente pelo Banco Central, ele reúne informações sobre o desempenho da economia nos setores agropecuário, industrial, serviços e comércio, a partir de pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia de Estatísticas (IBGE).
Na comparação anual, houve recuo igual a 3,8%, resultado um pouco pior que o esperado pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec) que era de -2,6%. No Brasil, a produção registrou crescimento igual a 2,1% em julho na comparação mensal e -4,9% na comparação anual (pouco acima da expectativa do IFec, igual a -5,7%). No Brasil, a produção ainda encontra-se 6,5% abaixo da produção em fevereiro.
O resultado sugere que a recuperação da economia não será em V, que representaria no formato das curvas de recuperação econômica uma recuperação rápida e acentuada do indicador, após uma queda brusca. A recuperação do setor de serviços, responsável pela maior parte do que é produzido no país e no estado do Rio de Janeiro, já deu sinais de que será um pouco mais lenta.
Isto se deve a dois fatores: o temor de contaminação do vírus ainda existe, o que freia o consumo de serviços prestados para muitas pessoas ao mesmo tempo (principalmente alojamento e alimentação e transporte aéreo); e as atividades do setor de serviços que apresentaram maior queda são também atividades consumidas pelos mais ricos, que viram sua renda (trabalho, dividendos, juros e aluguel) cair durante a crise.
Segundo avaliação do Ifec, a atividade deverá novamente apresentar resultado positivo em agosto, ainda na esteira do relaxamento das restrições impostas ao funcionamento de algumas atividades do comércio e do setor de serviços. A atividade em setembro deverá perder então um pouco de força já que as principais medidas de abertura da economia já terão produzido efeito e também porque o valor do auxílio emergencial cairá de R$ 600 para R$ 300.