RESENDE
A Indústrias Nucleares do Brasil (INB) iniciou na semana passada a entrega da 16ª recarga de Angra 2. E, com ela, o segundo milésimo elemento combustível produzido pela sua Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), em Resende. O marco foi obtido mesmo nestes últimos dois meses, grande parte do corpo técnico da INB tendo que trabalhar remotamente ou em escalas de revezamento como proteção a atual pandemia da Covid-19.
Em 1982, a empresa fabricou o primeiro elemento combustível, que veio a compor a primeira entrega de Angra 1. Em 2008, 26 anos depois, já atendendo às duas usinas, a marca de mil elementos produzidos foi alcançada. O tempo de produção do segundo milhar foi reduzido pela metade, já que a marca de dois mil chegou apenas 12 anos depois.
De acordo com o diretor de Produção do Combustível Nuclear (DPN), Márcio Adriano Coelho da Silva, a contagem atual leva em consideração 69 unidades já produzidas para atender a primeira entrega para Angra 3. “Nossa expectativa é que, com o início das atividades de mais uma usina, este gap entre comemorações fique ainda menor. É importante sempre lembrar que, em todos esses anos de atividade, a INB jamais atrasou a entrega de uma recarga e que as usinas de Angra são as que apresentam menores índices de falhas de combustível no mundo”, disse.
Para Tércio de Jesus da Silva, operador na Coordenação da Planta Química (CPLAQ.N), a conquista é fruto do trabalho e dedicação das equipes envolvidas. “É uma honra trabalhar diretamente com as recargas, porque acredito na energia nuclear como forma de desenvolvimento para o país. Nesses 19 anos de INB, muitos aprendizados se firmaram e eu pude notar que, para que cada prazo fosse cumprido, foi sempre necessário trabalharmos como uma família, acolhedora, responsável e parceira. Minha ambição é que continuemos crescendo em proporções ainda maiores”, declarou Tércio.
O diretor Márcio Adriano não poupou elogios ao comprometimento de todos os empregados e colaboradores da empresa que, segundo ele, são os responsáveis por mais esta conquista. “É impossível destacar o mérito de um grupo acima de outro, quando se está falando do nosso produto final. Todas as etapas do processo são essenciais, assim como todas as atividades de suporte e logística. Este é um marco para a empresa e, portanto, para cada um que compõe a INB”, finalizou.